As semanas foram passando depressa e pela primeira vez eu havia notado aquela menina, Caroline, minha secretária. Ela era linda ao meus olhos, e tinha um corpo de dar inveja a qualquer menina de sua idade. Aos trinta anos, aquela menina tinha um corpo maravilhoso, corpo esse que eu estava explorando em cima de minha mesa.
Seus gemidos era incontroláveis, seus seios ficavam rígidos aos meus toques. Seu corpo reagia perfeitamente as minhas investidas. Mas algo nela não era reconhecível. Algo nela me fazia ver que ninguém se comparava a minha doce Aurora. Seus beijos doces, seu corpo, seus abraços, seus gemidos. Nada! Nada era como ter Aurora em meus braços. Nada poderia se comparar aos toques de Aurora.
Naquela noite, eu percebi o que havia perdido. Se um dia eu tentei negar que Aurora não fazia parte de mim, naquela noite eu percebi que eu estava errada. Aurora me tinha mais do que qualquer outra pessoa e eu queria senti-la de outra forma. Queria amar aquela garota como jamais amei alguém.
– Pare. – Disse quando Caroline enfiou uma de suas mãos dentro de minha calcinha.
– Fiz algo de errado? – Ela perguntou e eu abaixei minha cabeça.
– Não é você, sou eu. – Eu proferi aquela famosa frase clichê.
– Eu sei. Acho que é muito cedo para isso. – Ela sorriu docemente.
– Desculpe! Acho que não estou pronta.
– Você não tem que se desculpar. Talvez você ainda ame ela. Aquela garota ainda mexe com você.
– Acho que sim. Ninguém esquece de uma pessoa da noite pro dia.
– Não! Óbvio que não, mas no seu caso, já tem semanas. Talvez haja vestígios dela dentro de você. Converse com ela, talvez vocês duas cheguem em um acordo.
– Sim. Obrigada! – Sorri para ela.
– Boa sorte, tia Helena. – Ouvi o "tia Helena" e meu coração acelerou.
– Tia Helena? – Perguntei.
– Tia Helena? – Ela perguntou. – Eu disse: Dona Helena. – Ela corrigiu-me.
– Oh! Sinto muito! Escutei errado. – Digo me recompondo. Aurora não saía de minha cabeça nem se eu quisesse, ela dominava meus pensamentos de uma forma inexplicável. Aquela só seria mais uma noite sem ela, mais uma noite que eu teria que suportar.
Recolhi minhas coisas e fui para casa.
– Mamãe, como foi? – Sophia diz sorridente.
– Não foi... Ela não quis dar o braço a torcer. Já é a segunda vez que corro atrás dela. O pior é que... – A olhei. Não podia contar para minha filha que tentei esquecer sua amiga com minha secretária.
– Eu sei que você a ama. Não é errado você amar ela.
– Eu fiz uma promessa.
– Pare com isso. Mamãe sabe que você a amava, isso não vai mudar em nada.
– Mas e se acharem o corpo dela?
– Nunca irão achar. Talvez achem, mas ela não está aqui. Está morta e você está viva. Permitá-se dar uma chance ao seu coração. Aurora é uma garota maravilhosa e cheia de qualidades. Não perceba tarde demais que a ama. – Ela diz e beija minha testa. Eu suspiro.
Ela estava certa, não poderia perder Aurora, teria de fazer algo para recuperar a confiança dela.
Disquei o número de Míriam, olhei no relógio, marcavam 9h 30min.
– Alô!
Oi, Míriam!
Sim!
Não. Então... Gostaria de saber se você e Aurora gostariam de vir jantar aqui hoje.
Não! Eu sei que minha situação com ela não é uma das melhores, mas gostaria de me redimir, afinal, eu gosto da sua filha.
Eu sei que começamos com o pé esquerdo, e quero que saiba que não a seduzi.
Sim!
Óbvio!
Eu entendo.
Mas você virá?
Obrigada! Muito obrigada!
Até a noite!
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Mother
Misterio / Suspenso#1 Advogados #1 Jessica Lange #9 em Mistério/Suspense (08/04/2018)(30/04/2018) #12 em Mistério/Supense (08/04/2018) #13 em Mistério/Supense (03/04/2018) Início da estória (25/02/2018)