Capítulo 5

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MELISSA

Andrei é tão sólido, firme, e me agarro nele como se disso dependesse minha vida, soltando o ar preso nos meus pulmões. Eu apenas sinto o desejo, ávida, a paixão impetuosa, tudo misturado se intensificando no meu corpo. Abro os lábios, e a boca de Andrei cai sobre a minha, esfomeada, e eu retribuo, querendo, pela primeira vez, fazer algo louco com esse desconhecido, aqui, nessa praia, onde nada poderia nos tocar. Eu tremo toda quando a mão dele agarra meu cabelo na nuca e força mais a união dos nossos lábios. Nosso gosto se misturando e transformamos a água ao nosso redor, como se fossem labaredas de fogo consumindo a nós dois. Meus braços se cruzam no seu pescoço, nossos corpos sedentos estão grudados. O beijo parece infinito, e nossos gemidos se perdem no barulho das ondas quebrando na praia ao longe. Nos afastamos para tomar ar e ficamos nos olhando, ofegantes, sem conseguir afastar nossos olhos um do outro.

— Quero você, Melissa — ele diz, rouco.

Eu apenas olho para ele, sem conseguir articular palavras. Eu teria coragem de fazer isso, aqui?

— Venha, suba — ele aponta a jangada — Vamos sair da água. — Ele me ergue com facilidade.

Achei que voltaríamos para o chalé, mas ele tem outra ideia e rema para a pequena ilha mais além. Quando estamos em terra firme, ele me ajuda com a roupa e fico apenas com o biquíni que coloquei mais cedo. Sinto os olhos azuis gelo me devorando, e meu baixo ventre tem essa dorzinha deliciosa, como se antecipasse algo bom. Ele também tira a roupa, e agora é minha vez de admirar sua forma esculpida e dura. Ele tem uma tatuagem toda em tinta preta no peito esquerdo, de uma rosa, dela sai ramos espinhosos se entrelaçando com uma âncora, talvez. Olhando mais abaixo, no joelho direto, vejo uma estrela. Não entendo nada de tatuagem, mas as dele só intensificam esse jeitão bad boy.

Quero correr minha língua por todo o peito talhado e barriga sarada. Lambo meus lábios secos, e ondas de tesão me invadem quando penso em cair de joelhos e tirar aquele calção de banho e descobrir o tamanho do pau de Andrei, tomá-lo em minha boca em plena luz do dia, com ele me assistindo lambê-lo inteiro. Meus olhos não sabem onde se fixar, ele é simplesmente delicioso. Quando subo meus olhos para o rosto dele, encontro um sorriso malicioso de Andrei. Fico vermelha e recebo uma piscada sexy de reconhecimento. Ele não comenta nada, mas o fogo nos olhos claros é uma indicação que ele tem pensamentos muito semelhantes ao meu. Ele dá a volta, vai até a água e empurra a jangada para mais próximo da areia, e volta para onde estou esperando. Ele traz uma cesta e uma toalha, e agora os olhos dele estão cobertos por óculos aviador. Jesus, ele é um deus do sexo, sexy e gostoso.

— Nosso almoço. — diz, e limpo a garganta quando imagens dele sendo o meu almoço invadem minha mente.

Controle-se, Lissa, você nem deveria estar tendo esses pensamentos. Recrimino-me interiormente, mas o estrago está feito: eu estou tremendo de desejo por um desconhecido.

Caminhamos em direção à sombra escassa de um dos pés de coqueiro. O trecho de areia que forma a pequena ilha é estreito, e segundo o guia turístico de Pedra Azul, quando a maré enche fica quase toda submersa.

— Será que a maré não vai encher? — pergunto, preocupada, quando sigo Andrei.

— Ainda não está no horário. — Garante, enquanto arrumamos na toalha o conteúdo da cesta — Tive logo pela manhã uma "palestra" sobre o perigo de mergulhar e fazer piquenique na ilha, e de qualquer forma, temos nossa jangada.

Sua voz sai irônica, e dou um sorriso indulgente.

A cesta tem de tudo um pouco: desde uma garrafa de vinho, a pequenos sanduíches integrais. Uma salada tropical com pepino, rúcula, alface, manga e tantos outros ingredientes que fazem minha barriga roncar, e recebo um olhar divertido de Andrei.

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