Capítulo 7

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"Venha para mim. Confie em seus sonhos. Venha e me resgate."

Muse – Madness

Gabriel se desculpou por sobre como agiu no dia anterior. Quando perguntei se ele realmente teve um imprevisto e riu e respondeu que sim, EU era seu imprevisto. Senti-me mal por ele ter perdido o passeio em família, porém ele mesmo disse que não ficaria bem sabendo que me deixou chateada. Uma parte de mim ficou feliz. Nunca alguém havia feito um grande gesto por mim.

Há algo extremamente mágico em um homem que sabe cozinhar. Fiquei sentada em uma das banquetas da cozinha observando Gabriel se mover com agilidade entre os utensílios. Entre um gole e outro de vinho ele me contava coisas fascinantes sobre uma viagem pela Europa e sobre como aprendeu a falar um italiano quase bom após uma semana na Toscana. Ele serviu a mesa e o jantar estava de longe melhor do que qualquer coisa que eu pudesse cozinhar ao logo dos meus 18 anos.

Ele colocou uma playlist incrível no som da casa e acendeu a lareira, não sei se foi o vinho, a música ou a figura daquele homem à meia luz, mas até o ar que saía de seus pulmões me causava uma onda de calor. Minha respiração ficou mais ofegante e ele pediu que eu me despisse. Minha vergonha ameaçou se apresentar, e como se lesse meus pensamentos ele me disse: "Você é incrivelmente linda. Não fique constrangida. Apenas se entregue.".

Aqui eu abro uns pequenos parênteses para homenagear as mulheres que sabem ser sexy. Não sei se algum dia eu vou conseguir a segurança necessária para me despir com elegância, sem parecer no mínimo uma pessoa com epilepsia.

Fechei meus olhos e fiz como ele me pediu. Tirei a roupa tentando me equilibrar e não ser patética. Mas quando abri os olhos ele estava sentado em uma das poltronas se tocando. Quanto mais eu continuava, mais excitado ele ficava. E vê-lo se dando prazer ao me observar foi um tremendo interruptor pra minha libido. Independente de como eu me sentisse, ele estava me achando sexy e isso é muito excitante.

Quando terminei de me despir fui até ele e sentei em seu colo, nos encaixando em um abraço quente e úmido. Ele enterrou o rosto em meus seios enquanto eu cavalgava em seu colo, cada vez mais intensamente. As mãos dele seguravam minha bunda, e faziam eu mexer o quadril de forma mais ritmada até que cheguei ao êxtase. Depois beijando-o na boca continuei me movendo até que ele pudesse chegar ao orgasmo. Fiquei deitada em seu colo, com nossos corpos unidos até que ele levantasse e se deitasse comigo no sofá para começar tudo novamente.

Eu voltei pra casa no frio aquele dia, perto do horário que meu pai chegaria do trabalho. Gabe queria me levar, mas tive medo da sra. Bynes me ver chegando com ele. No caminho fui pensando no que poderia dizer ao meu pai para sair todos os dias. Apesar de não ser a pessoa mais aberta do mundo, não gostava de mentir. No dia seguinte inventei pra ele um trabalho voluntário na biblioteca, onde francamente meu pai nunca ia, e passei todas as tarde meio bêbada de vinho e transando enlouquecidamente com Gabriel. Às vezes era difícil tirar o cheiro de suas cigarrilhas da minha roupa. Ficávamos nus, geralmente deitados na sala vendo filmes antigos, ouvindo música e conversando.

Contei a ele, após muita insistência, sobre Daniel e Maggie e ele me contou sobre suas diversas namoradas. Inclusive a italiana da Toscana, que o ensinou a falar um italiano péssimo (e não 'quase bom'). O sorriso de Gabriel me encantava e cada dia com ele era uma nova e deliciosa experiência.

No dia 31 de dezembro meu pai m disse que Gabriel falou com ele, como conseguira resolver todos os seus "imprevistos" ia conseguir passar o Ano Novo com sua família em Nova Iorque, e pediu para me levar para ficar com Amelia. Ele achou uma ótima ideia e perguntou se eu queria ir. Pulei da cama dando-lhe um abraço. "Arrume-se logo. Ele prometeu te deixar na faculdade depois.". "Pai, o senhor é o máximo.".

Gabe desceu do carro e carregou minhas malas pro carro. Tive que esperar nos afastarmos um pouco do meu pai sorridente e acenante no alpendre da casa para poder dar um beijo agradecido em Gabriel. Ele me deu seu melhor sorriso e partimos para as quase 4 horas da viagem mais longa e excitante da minha vida até então.

VioletOnde histórias criam vida. Descubra agora