Nada assusta mais que a realidade

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— Quer sair pra jantar? - ouvi aquela voz que me fez arrepiar.-

— Então a donzela resolveu dar as caras - falei assim que direcionei o olhar para ele.-

— Eu tinha avisado que teria gravações  essa semana, do final da primeira temporada de riverdale.- deu de ombros.-

—Cole, eu estou super cansada - falei tirando meu avental de trabalho e indo pendurar no lugar onde ficava, em seguida peguei minhas coisas na mochila.-

— Então eu vou para seu apê, você não irá escapar de mim - sorriu cínico me fazendo rir e revirar os olhos ao mesmo tempo -

— Cara, você é chato. Deixando claro que, não vou fazer comida pra você hoje e nem amanhã cedo, meu orgulho é grande demais.

— Não acredito que vc ficou com recentimento porque não comi suas panquecas naquele dia.- ele falava enquanto seguimos para fora da faculdade.-

— Estou sim, você foi um mau educado- joguei minha mochila pra ele segurar, eu estava morta.-

— Quando eu falo que você é folgada,  eu não brinco..

Ouvi ele falar e ri negando entrado em sua Ferrari, o mesmo jogou minha mochila no banco de trás, e foi para seu lugar na frente.

— Vou passar em algum driving de lanches, vai querer algo?

— Não. Prefiro minhas panquecas - fiz drama e ele riu de lado revirando os olhos enquanto prestava atenção no trânsito.-

— Você ainda tá de tpm, ou já nasceu de tpm?

— Você ainda tá com a máscara do Halloween ou já nasceu com ela? - rebati com uma pergunta também.-

— Eu acho que vou aproveitar pra passar em uma farmácia e comprar alguns calmantes, porque hoje você tá cheia de gracinhas.

— Aproveita e compra seu Viagra tbm

— Okay, Mel - senti ele parar o carro-
— Sai do carro.

— O que?

— Sai do carro logo, você tá insuportável.

Olhei pra ele incrédula, sem reação. Estava sendo enxotada de seu carro, ele iria falar algo novamente e o impedi.

— Já entendi - fui rude, e peguei minha mochila no banco de trás.-
— Não estou em um dos meus dias melhores, porém, não precisava me enxotar dessa maneira!

Abri a porta do carro e saí do mesmo batendo a porta com força. Que se dane. Me afastei do carro indo para a calçada e comecei a caminhar em direção ao meu apê, que estava longe pra caralho, já que o dono do mundo decidiu pegar outra rota pra comprar comida.

Odeio pessoas assim, que se acham superior por ter mais condições financeiras. Se bem que eu não estava nos meus dias de bem, estava muito estressada esses dias, provas, trabalhos acumulados, e ainda tinha o trabalho na lanchonete. Aquilo tudo estava me deixando louca.

Depois de uma hora e meia, cheguei no meu apê só o caco, meus pés doíam demais. Suspirei pesado e me joguei no sofá tirando meus sapatos, ouvi meu celular tocar, peguei o mesmo e vi o nome do Cole. Revirei os olhos e desliguei meu celular. Dez minutos depois, ouvi minha campainha ser tocada, eu tinha certeza que era ele. Fui até a porta de ponta de pé, e olhei pelo olho mágico, bingo. É ele.

— Melanie, abre isso, eu sei que você tá aí - ouvi sua voz abafada por trás da porta.

Sabe o que eu fiz? Fui para meu lindo banheiro tomar um banho quente, estava precisando por demais.

Releases •Cole & Dylan Sprouse•Onde histórias criam vida. Descubra agora