um

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[um] "pede um desejo"


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Pov. Theo

Brandon

Brandon: RÁPIDO SÃO 22:22

brandon: PEDE UM DESEJO

Suspiro, olhando o meu celular, e encolho os ombros, acabando por fechar os olhos.

Eu só o quero de volta.

Sim, ele, pessoa que concede os desejos. Você sabe bem de quem eu estou falando.

Não me faça dizer o nome dele, por favor.

Okay, sim, o Liam. Eu só quero ele de volta. Eu já não consigo me aguentar mais sem ele.

Eu: já fiz


Eu: o que pediu?

Nolan: é claro que eu não pedi que se casasse comigo ou algo do género...

Nolan: o que pediu?

Eu: o que acha que eu pedi? não é óbvio?

Nolan: porque não vai ter com ele?

Eu: ele disse que precisava de tempo

Eu: quando ele achar que já tem esse tempo, eu vou ter com ele

Nolan: é pecado querer que o namorado do meu melhor amigo me coma?

Eu: sim, nolan

Nolan: eu já vou para o inferno, de qualquer maneira

Nolan: já falou com ele hoje?

Eu: ele não me respondeu à última mensagem.

brandon: oh certo, ele tinha me falado que ia ao bar com um tal de kyle

Eu: CO O KYLE????

Eu: COM*

Eu: O QUE É QUE ELE FOI FAZER AO BAR COM O KYLE

Eu: ????????

Nolan: : ele disse que ele andava sempre a machuca-la para sair com ele e aceitou para ele se calar.

Eu: aquele estúpido de merda.

Assim que me preparo para perguntar ao Nolan se devo aparecer no bar, uma imagem minha e do Liam fazendo caretas aparece no meu ecrã, seguida do seu nome. Apresso-me a atender e pressiono o celular contra a minha orelha.

"Liam." Murmuro, soltando um suspiro.

"Theo," Ele começa, do outro lado da linha. Oh céus, tinha tantas saudades de ouvir o meu nome ser pronunciado por ele. "Eu tenho... Tantas saudades tuas."

As suas palavras atrapalhadas, com uma música alta de fundo, fazem-me perceber o porquê de ele me ter ligado.

"Está bêbado, Liam?"

"Talvez." O meu homem gargalha. Oh meu Deus, sentia tanto a falta de ouvir ele gargalhar!

"Está sozinho?" Questiono, preocupado.

Se ele está me ligando, aposto que o estúpido que foi com ele já a deixou para ir para a cama com um idiota qualquer lá do bar.

"Não... Está aqui muita gente."

A música fica mais baixa, de repente, e ouço o barulho de um carro passando.

"LIAM, VOLTA PARA DENTRO! AINDA VAI SE MACHUCAR!" Resmungo, me levantando do sofá e começando a caminhar para fora da sala.

"Não! Você não é meu pai!" Consigo imaginá-la a fazer beicinho e, assim que me preparo para falar, ele desliga a chamada.

Gemo, deslizando o celular para o bolso de trás das calças, e agarro as chaves de casa.

*

*

*

"MAS TU É ESTÚPIDO OU SE FAZ?!" Exclamo, assim que avisto o meu homem. O seu cabelo tem, novamente, a sua cor natural e o seu terno é bem familiar. Foi o mesmo que ele usou no dia do nosso casamento.

"Não grite comigo." Ele murmura, encolhendo-se.

Suspiro, fechando os olhos. "Desculpa. É estúpido ou se faz?" Resmungo. "Melhor?"

Do nada, os seus braços rodeiam o meu tronco e a sua cabeça deixa-se descansar no meu peito. Acabo por ceder, envolvendo-a nos meus braços.

"Eu tenho tantas saudades suas, Theo." O seu eu bêbado murmura, apertando-me mais contra ela. "Quero voltar para casa e fazer a nossa Emily."

"Liam, você está podre de bêbado." Tento chamá-la à razão, ainda que não consiga ignorar as borboletas na minha barriga. "Está dizendo isso da boca para fora."

"Eu te amo e..." O seu corpo afasta-se um pouco do meu, para ele me conseguir encarar. "Estou com frio."

"Vamos para o meu carro." Afirmo, puxando-o debaixo do meu braço.

O meu homem se agarra a mim, tremendo de frio. A noite estava muito mais fria que o normal e isso não estava ajudando em nada. Abano negativamente a cabeça e afasto-o um pouco de mim; deslizo a meu casaco para fora do meu corpo.

"Veste isso." Liam resmunga. "Vai morrer de frio!"

Nego, de novo, com a cabeça e deslizo meu casaco pelo os ombros dele, apesar dos seus protestos, tentando aquecer, pelo menos, os seus ombros.

Volto a puxar o seu corpo para o meu, esfregando o seu braço, enquanto caminhamos para o meu carro.

"Está mais lindo que o normal ou é impressão minha?" A sua voz de bêbado soa, fazendo-me abanar a cabeça em divertimento.

Assim que chegamos ao meu carro, me apresso a abrir as portas de trás. Peço o Liam para se sentar lá e ele assim o faz, acabando por me puxar para p seu lado.

"Liam," Chamo. "Eu tenho que te levar para a casa."

"Sabe..." A sua mão caminha até ao meu peito nu. "Nunca fizemos amor no seu carro..."

"Nem tente..." Aviso, quando ele de aproxima de mim. "Não, nem pensar, Liam. Eu não vou fazer isso contigo, quando não está consciente do que está fazendo."

O pequeno rapaz desliza para o meu colo, pousando as suas pernas de cada lado das minhas. Os seus lábios vão de encontro até ao meu pescoço e, por muito que eu a queira afastar, eu não consigo.

"Is- ISSO É CONSIDERADO VIOLAÇÃO!" Exclamo, atrapalhadamente.

"Não é violação se você o quiser..." Ele murmura, subindo os seus lábios até ao meu queixo.

As suas ancas se pressionam contra as minhas e eu acabo por deixar um pequeno gemido escapar. "Foda-se." Murmuro, assim que sinto o espaço nos meus boxers tornar-se mais pequeno.

Liam gargalha, deslizando os seus lábios um pouco mais para cima, e eles acabam por se juntar com os meus. Gemo para mim mesmo, por ser tão fraco, e acabo por subir as minhas mãos até ao seu pescoço. As borboletas no meu estômago multiplicam-se milhões e milhões de vezes.

Não, eu não me vou deixar levar. Não agora. Não com ele assim. Não depois do que aconteceu.

Seguro as suas costas, cuidadosamente, e sento-a à meu lado. Ainda que me custe muito, acabo por separar os nossos lábios e agarro, rapidamente, no cinto de segurança e coloco-o no seu devido local.

Isso vai ser suficiente para mantê-la quieto. Ele nem deve conseguir distinguir o botão de abrir o cinto.

marry you 2 • Thiam version • (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora