Wonder Woman • knj

0.1

Byun Dara

Mais uma vez, acordei atrasada.

-Puta que pari..

- Ê cacete - Ele já tinha levantado, e o som da panela caindo comprovou que ele estava tentando cozinhar/queimar a casa.

- Dá pra cozinhar em silêncio ou tem realmente que atrapalhar meu sono? - Eu disse saindo do quarto e indo até a cozinha.

- A culpa não é minha se a princesa acorda atrasada e de mal humor. - Diz dando ênfase no fato do meu atraso de 30 minutos, fudeu legal.

- Princesa não, Baekhyun, rainha! - e ele gargalhou.

- Vai escovar o dente, caramba! - Revirei os olhos e voltei ao quarto.

Tomei meu banho, escovei os dente e terminei de me arrumar. A calça preta rasgada, o cropped listrado, a jaqueta jeans e o tênis branco ficaram ótimos com o meu cabelo solto. Os cachos se soltaram depois dos meus catorze anos, e desde então tenho que aturar as pessoas querendo mandar no meu cabelo. Tomei meu café com leite rápido e vi que Baekhyun continuava de pijamas.

- Não vai hoje? - Perguntei com uma das sobrancelhas franzida.

- Eu tô gripado. - Ele respondeu fazendo biquinho com cara de bebê inconsolado.

- Já tô indo, não toma nada gelado, se hidrata e..

- Tá bom doutora Dara, eu já sei de tudo isso. - Ele disse sorrindo. Já estava acostumado a receber meus diagnósticos, o nono período de doze iria começar em uma hora e se eu não saísse em dez minutos eu perderia o ônibus.

  Assim que cheguei na universidade, fui à secretaria, precisava de meus horários e graças á meu atraso, esta estava lotada, um fila enorme estava formada do lado de fora da sala da sra. Yaen, uma mulher jovem, bonita, pálida, parcialmente alta e extremamente educada e crush de metade dos alunos -de ambos sexos.
 

Estava tudo bem até que Sorah Chan aparecesse, mas que merda. Se você procurar Sorah Chan no meu dicionário, você encontrará "já deveria estar sete palmos abaixo da terra". Logicamente nunca disse isso a ninguém, se soubessem que a estranha -eu- já desejará ver Sorah morta, está -eu, de novo- seria chamada de psicopata, assassina, stalker é qualquer adjetivo negativo sem qualquer ligação com a situação. Eu não me acostumada com aquilo, desde o ensino fundamental até na Universidade, mas já tinha desistido de combatê-los, bem, em partes.

-Olhem, a macaca ainda estuda aqui! O que veio fazer aqui?- Rica, loira, pálida, alta, um quase ícone da perfeição, aos olhos alheios, se não fosse extremamente arrogante, burra, estúpida e preconceituosa.

-Bem, eu vim estudar, sabe, eu não transo com professores para conseguir nota.- Disse olhando-a com desdém  como se não o assunto não fosse nem um pouco importa te para mim, e não era mesmo.

- Olha aqui, se você acha que vai ter tratamento especial porque veio de um país com uma renda baixíssima ou porque tem essas palhas queimadas na cabeça, VOCÊ ESTÁ ENGANADA, ENTENDEU, VOCÊ É SÓ UMA PUTINHA [n.a.:ui] SEM VALOR ALGUM! VOCÊ ACHA QUE ALGUÉM NESSA MERDA ACHA VOCÊ ATRAENTE OU COISA DO TIPO? NÃO, NINGUÉM ACHA! SUA CARA ESTRANHA, SUA PELE SUJA, SEU CABELO SEBOSO. TUDO EM VOCÊ ME ENOJA!- Todos olhavam para nós duas, e logicamente, aguardavam a minha resposta. Acho que acharam que eu ia gritar com ela e xingá-la, assim como ela fez comigo.

-A gente começa por: Eu sou de Seul, nascida e criada aqui, e outra, o fato do meu cabelo ser enrolado, da minha pele não ser tão clara ou do meu rosto não ter traço delicados não me fazem melhor ou pior que você e é ridícula a forma que você tenta chamar atenção me humilhando, mas adivinha, sua mente preconceituosa não me abala. Passar bem Sorah Chan.- Apertei a bolsa contra meu corpo e saí em direção ao pátio central, que era quase um bosque de tão grande e pela quantidade de plantas, mas era fechado, como uma estufa, e separava os blocos A e B, andava como se estivesse em uma passarela, não, era como de eu estrelasse um comercial de amaciante, a auto-confiança transbordava de meu rosto, ou era que eu mostrava.
     Foda-se a primeira aula, foda-se o professor, foda-se quem assistia aquela discussão ridícula, foda-se Sorah Chan.
    Assim que cheguei no pátio central, vi vários bancos, mas vi um ipê rosa, alto e distante, xablau, fui pra lá, sentir-se em baixo do ipê rosa e quando ia tirar o celular da bolsa...

-Ei!- Levantei a cabeça para ver quem era e quase me engasguei com minha saliva quando o vi.

-Sim?

-É seu?- Ele estendeu a pulseira de prata para mim, sim, era minha.

-Ah, é sim.- Peguei a mesma de sua mão. -Obrigada.- Fiz uma reverência rápida.

-Oh, meu nome é JongIn, Kim JongIn.

🌺

Acabei caralhoooo
Eu tô muito feliz em terminar esse primeiro cap e vou postar beeeem mais frequentemente aqui.

Não esqueçam de favoritar evotar na fic, valeuuu