He's my angel

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{Dean Pov's}

Sendo honesto, eu estava inseguro.

Eu realmente pensei que receberia um "não" seguido de um copo d'água bem na minha cara, depois ouviria alguns "tu fumou? Cheirou cola?" e logo, perderia meu moreno de vez.

Mas, ele me surpreendeu. Mais uma vez o meu - oficialmente falando - moreno me surpreendeu da forma mais prazeirosa possível.

Eu havia ficado preocupado, ele de fato havia paralisado, contudo, ele logo abriu aquele sorriso e as dobrinhas das quais ele sempre teve, se dobraram ao redor de seus olhos enquanto seus lábios se alargavam num enorme sorriso que demonstrava uma eminente alegria. Seu corpo me abraçou e foi tão incrível quando ele começou a dizer diversos "sim", me aquecendo de uma forma que apenas ele conseguia fazer. Me deixando feliz como nunca antes. Sendo tão espontâneo, mostrando e revelando tanto de si que, por um instante me perguntei por onde havia andado aquele Cas sempre feliz, que encantava a todos com seu bom humor.

E, em vista disto, cheguei a conclusão que este Cas sempre esteve aqui. Bem diante dos meu olhos, sendo espontâneo e atrevido de uma forma que tentava me empurrar para longe, mas que, ao mesmo tempo, sempre me puxava para dentro. Ele conseguia ser tudo, mesmo quando eu agia como se ele não fosse nada.

Todo o ódio que ele cuspia em mim, era na verdade, uma cola que me enroscava a ele. Que me amarrava àqueles olhos azuis, àquela voz mandona, àquela sorriso que ele abriu para mim hoje.

"Dean, eu realmente te amo muito."

Foi o que ele disse, e, eu chorei. Porque eu também o amo muito. E foi tão doce sentir seus lábios, foi diferente das outras vezes. Foi como se estivéssemos a recomeçar e, dessa vez, de uma forma mais límpida e honesta um para com o outro. É como se um sonho de criança estivesse se realizando.

E ele estava.

O sonho que tive no dia que beijei Cas pela primeira vez, um beijo tão inocente, mas que traçava e alinhava nossos futuros; foi um sonho em que eu nos via como um curta-metragem, onde passava de maneira víntage e antiga, nossas vidas. Era basicamente eu de mãos dadas a ele, enquanto caminhávamos e a paisagem ia cada vez mudando, assim como nós dois, ambos de nós íamos crescendo, envelhecendo. Mas nossas mãos continuavam juntas e nossos sorrisos nunca mudavam. Eram sempre radiantes, exalando uma pura alegria.

"Você vai realmente querer namorar comigo?"

Eu perguntei, porque Cassie me fazia sentir dessa forma. Inseguro, nervoso; minha confiança e pose de galã, iam por água abaixo quando perto dele. E isso era tão bom, por que ele me trazia de volta, revivia meu verdadeiro lado. O lado em que deixei para trás quando ele também havia me deixado. Ambos de nós deixamos muita coisa. Mas ambos de nós também revivíamos muita coisa quando um com o outro. E eu gosto disso. 

"Esteve sempre implícito nos meus atos, mas tudo o que eu sempre quis, foi ser seu, assim como você é meu"

Ele respondeu. E eu o beijei de novo.

Eu pude sentir seu gosto doce. Pude tocar e puxar seus cabelos negros. Pude despi-lo e contemplar aquilo do qual sempre amei, que era a arte mais pura e terna de tocá-lo, de olhar, de mesclar e fundir meu corpo ao seu. Eu pude ouvir e deliciar-me com seus gemidos sôfregos, sempre pedindo por mais enquanto eu o preparava para novamente, me ligar a ele. Eu pude ter auto-controle de não apertá-lo demais, ou ir forte demais, porque no fim, não estávamos fodendo, estávamos fazendo amor. Entregando nossos corpos como dois amantes, como dois namorados. E eu senti na minha barriga seu orgasmo que veio quente e forte, sem eu nem precisar tocá-lo. E por fim, senti minha barriga revirar, um frio no meu baixo ventre e um gemido entupir minha traquéia ao vê-lo contorcendo-se de prazer em meus braços, fechando seus belos olhos azuis, fazendo com que eu preenchesse seu interior de forma quente e forte, praticamente rugindo um "eu te amo, Cas, eu te amo pra caralho".

Dormindo agarradinho ao meu namorado, ao meu anjo de olhos azuis.

Kiss Me • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora