Tom tinha feito uma xícara de chá inglês em uma xícara de porcelana floral adequada e eu bebi na cama, o noticiário da BBC zumbindo ao fundo enquanto ele falava comigo. Normalidade em um ambiente surreal.
Tom estava vestido com uma bermuda cinza-escuro, do tipo com o elástico na cintura e os botões que sempre deixavam suas tatuagens aparecendo entre a abertura de material de algodão. Ele sentou-se debruçado sobre a cama, com as ondulações da barriga aparente no cós da bermuda e os cabelos desgrenhados, ainda úmido do chuveiro, entretido em uma revista.- E eles nunca, nunca te perguntam o que realmente foi dito para você responder dessa forma. Eles enganam todo o seu público para pensar que eu tenho uma resposta confusa de uma questão. Fazendo-me sair como um desajeitado. - Ele terminou, jogando a revista no chão com um sonoro estalo. - E eu odeio o fato de você estar vestindo roupas novamente. - Acrescentou, e eu esperei que ele risse, mas ele não riu.
Eu respirei fundo. Ele era tão intenso que me assustava repetidamente. Ele era tudo que eu esperava que ele fosse, sendo também tudo que eu não esperava. Um caos de contradições encantadoras.
- Eu posso ver porque você não quer falar com eles, manipulando tudo o que você diz para retratar outra história. Eu trabalho com publicidade. - Eu expliquei. - Sou uma profissional em enganar para vender um produto.
Ele levantou uma sobrancelha e seu bigode se contraiu.
- Como você me venderia? - Ele perguntou baixinho, vindo devagar para ficar ao meu lado na cama, olhando para o telefone que não parava de piscar desde que saiu do banheiro uma hora antes. Ele continuava a ignorá-lo.
- Vamos! O que você vê? Eu quero saber o que eu sou para você. Se eu fosse o seu produto, como você iria me tirar da prateleira?
Eu ri disso. Eu estava casada há muito tempo e meu marido nunca me fizera esse tipo de pergunta imaginativa. O cérebro de Tom não conhecia limites e era brincalhão, interessante e estimulante de mil maneiras diferentes. Ele era uma lufada de ar fresco e eu estava me apaixonando por ele. Não com sua personalidade de celebridade. Não com seus personagens. Não com o pau dele.
Apenas Tom. A pessoa louca, hipnotizante, protetora, lasciva e sonhadora que ele não doava a qualquer um, eu sabia muito bem disso.
Eu poderia ir em frente?Seus olhos enrugaram das linhas de idade enquanto ele sorria calorosamente para mim, estendendo a mão para massagear meus dedos.
- Vá em frente mulher, eu estou esperando. - Ele disse.
Colocando o meu chá na mesa ao lado da cama, eu virei meu corpo para encará-lo.
- Está bem. - E eu parei sem saber como abordar isso.- Seria um ovo.
E ele desatou a rir, cuspindo chá sob o bigode e descendo pela frente exposta. Seu dente proeminente desnudou-se em toda a sua glória enquanto seu sorriso se alargava.
- Fale novamente? - Ele perguntou esfregando a barba, coçando-a com os dedos, e mantendo o sorriso questionador, mas presunçoso, emplastrado em seu rosto, seus olhos nos meus pendurados em cada palavra minha.
- Como eu disse, você é um ovo. Porque você se senta em uma tigela de loucura, em água fervente com bolhas ao seu redor e você tem essa superfície aparentemente impenetrável, dura como pedra, uma concha, um tanto como uma tartaruga ou um caracol ou uma ostra encontrada na praia...
E o riso dele ecoou novamente.Minhas metáforas não foram perdidas para ele e o fato de que eu acabei de me dar tão bem, fez meu coração pular batidas e minha felicidade irradiando da reação dele. Eu continuei enquanto ele se aproximava de mim e começou a brincar com a bainha da minha camisola de seda que eu estava usando.
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HARD
RandomOutras celebridades não tem o mesmo impacto em mim. Mas este. Este homem. Ele impactou minha vida como um meteorito que caiu do espaço. Ele é Tom Hardy. E eu realmente não deveria sentir o que ele me faz sentir. • Conteúdo adulto • Fanfiction Tom H...