three.

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Logo ao anoitecer, o barulho da música alta pôde ser ouvido por toda a rua e algumas perguntas começaram a vir a tona em minha cabeça.

Eu deveria mesmo ir? O que diabos eu estou fazendo? Talvez eu nem seja bem vinda, pensei, encarando meus pés que estavam fora da banheira.

Tudo que conseguia imaginar era Sophie gritando comigo e me obrigando ir a essa festa, dizendo o quão organizada eu sou para ir em uma festa sexta à noite quando poderia estar pesquisando algumas coisas e terminando de escrever matérias que os outros não fizeram.

Suspirei baixo, afundando meu corpo na banheira como se fossem meus pensamentos em minha cabeça um pouco perturbada. Depois do falecimento da vovó, eu tenho estado um pouco avoada sobre algumas coisas e talvez um pouco mais sensível em relação ao meu redor.

Após o meu banho, me enrolei em meu robe fofinho e caminhei até o closet, procurando algo para vestir. Passei as mãos pelo meu rosto, pensando no que usar sem parecer uma pessoa muito certa e nem muito errada. Deus, eu estava mesmo parecendo uma adolescente que nunca sai de casa.

Escolhi uma de minhas saias de camurça preta e uma camisa branca com alguns retalhos transparentes, colocando um casaco por cima e meu tênis de sempre.

Balancei a cabeça me reprovando pela roupa que usara naquela situação. Me olhei no espelho mais algumas vezes antes de sair pela porta da frente. Haviam algumas pessoas caminhando animadamente até a casa no final da rua.

— Pensando bem, é muito melhor eu ficar em casa e escrever alguns artigos. – Assim que me virei, senti meu corpo colidir com uma pessoa. — Meu Deus, me desculpa.

— Tudo bem. Você está bem? – No instante que levantei a cabeça percebi que era Calum, se não estava enganada.

— Sim, obrigado. – Sorri fracamente, passando minhas mãos pelo meu cabelo.

— Então, você vai pra festa? – Ele perguntou cruzando seus braços. Sua jaqueta de couro marcava exatamente o seu braço e sua calça preta exatamente suas pernas bem definidas. Que homem, gritei internamente.

— Eu não sei, eu não conheço ninguém, quero dizer, a ponto de conseguir me enturmar. – Cruzei os braços e o rapaz passou seus braços em meus ombros, caminhando.

— Você é repórter, conversar não deveria ser o seu ponto forte? – Neguei enquanto deixava um riso fraco escapar. — De qualquer maneira, eu posso te apresentar para as pessoas e tenho certeza que todo mundo ali te conhece da televisão. Você vai mesmo embora?

— Talvez eu possa ficar um pouco. – Balancei a cabeça, logo, parando em frente a casa do outro rapaz. — Você pode ir, não precisa ficar me esperando.

— Só estou certificando que não vai fugir. – Ele deu de ombros, cumprimentando algumas pessoas.

— Não tem muitos lugares pra onde eu possa correr. – Subi as escadas da varanda, olhando para rostos conhecidos de revistas. — Aquela ali é a Halsey?

— Yeah. – Calum riu, balançando a cabeça.

Ele sumiu depois de um tempinho quando algumas pessoas vieram conversar comigo. Era divertidos saber que me conheciam da televisão e perguntavam como as coisas eram.

Next Door. (calum hood)Onde histórias criam vida. Descubra agora