four.

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Senti todo o meu corpo recuar quando o grito de Justin, meu instrutor de krav maga, livrou-me de meu transe.

— Ella, desembucha, o que houve? – O rapaz cruzou os braços me fazendo balançar a cabeça.

— Eu estou paranóica demais. Acho que tem alguma coisa errada, ainda não sei o que é. – Murmurei baixo e o rapaz me abraçou.

Justin e eu somos amigos de infância, mas não tão próximos quanto Sophie e Joe. Nós tivemos um pequeno caso no ensino médio mas acabou quando eu conheci Troye. Talvez se eu tivesse insistido um pouco em Justin não ficaria tão traumatizada.

— Então você precisa centralizar essa sua paranóia e liberar toda ela com seus movimentos. – Concordei, passando as mãos pelo meu rosto. — Mas me diz uma coisa, é verdade que você e aquela banda, 5 seconds of summer, são amigos?

— Não diria amigos. Luke mora no final da minha rua e Calum é o meu vizinho. – Dei de ombros, me sentando no tatame. — Eu só fui em uma festa que eles me convidaram, não diria que somos necessariamente amigos.

— Vocês são amigos e ninguém pode me convencer ao contrário. – Ele riu, se levantando quando uma movimentação estranha foi percebida na entrada.

Passado alguns minutos ele voltou acompanhado de quatro rapazes que eu pude reconhecer de longe. Assim, ele me lançou um olhar repleto de graça, então revirei meus olhos e me levantei.

— Bom, essa é a minha academia. Vocês vão sofrer um pouco comigo. – Justin colocou as mãos na cintura.

— É melhor vocês correrem enquanto podem. – Sorri, os cumprimentando e vestindo meu agasalho. — Eu só estou brincando, ele é uma boa pessoa. Mas é melhor vocês começarem a se acostumar com os gritos dele, as vezes me assustam.

Eles riram e então recebi um leve empurrão de Justin, então, rapidamente fiz um dos movimentos dos quais ele havia me ensinado.

— Me lembra de nunca brincar com ela. – Luke riu, se apoiando em Michael que mantinha seus pensamentos longe dali.

— Bom ver vocês, rapazes. Até por aí. – Acenei, caminhando para fora do recinto.

Senti como se estivesse sendo observada e um receio se formou em meu peito. Na maioria das vezes os meus instintos sempre estavam certos. Então, caminhei de volta para dentro, me aproximando de Justin.

— Você se importa se eu ficar até você fechar? – Ele concordou e me chamou para demonstrar as coisas para uma primeiras aula de krav maga.

No final do treino meu corpo estava exausto demais para fazer qualquer coisa que não fosse ir para casa, tomar um banho e dormir.

[…]

Afundei meu corpo na banheira, gemendo baixo com a sensação da água quente atingindo o meu corpo.

Quando recebi uma ligação de meu pai, suspirei baixo, atendendo em seguida.

— Oi papai. – Murmurei baixo, mas o suficiente para que ele pudesse ouvir.

— Oi querida. Você está em casa? – Grunhi concordando. — Eu vou passar aí daqui uns quinze minutos.

Arregalei meus olhos concordando e desligando o telefone, me banhando rapidamente.

Assim que sai vesti meu pijama mais confortável e esperei meu pai. Quando o homem esbelto se aproximou me envolveu em seus braços em um abraço caloroso.

— Eu trouxe sushi pra você. – Caminhamos para dentro e nos direcionamos a cozinha.

— O que aconteceu? Você nunca falta nas viagens de família. – Coloquei duas taças de vinho sobre a bancada e me sentei.

Next Door. (calum hood)Onde histórias criam vida. Descubra agora