Fase I - Prólogo

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Noite de Natal

Isabella Swan Black encontrava-se entre o pai e o marido, recebendo os cumprimentos dos convidados durante a recepção. Cada vez que fitava a aliança de brilhantes na mão esquerda, sentia o coração disparar.

Agora era uma senhora casada.

— Olá, Sra. Miller — Bella cumprimentou a convidada seguinte. — Fico feliz que tenha podido vir.

E estava mesmo. Afinal, era o dia de seu casamento, um evento que, segundo o editor do jornal Houston Chronicle, marcaria aquele século.

Contudo, experimentava certo nervosismo. Por quê? Não podia ser a expectativa da noite de núpcias. Bella e Jacob haviam feito amor naquele mesmo dia. Aliás, Jacob era um amante excepcional.

— Por que está tão séria Bella? — perguntou o convidado seguinte, um antigo amigo de seu pai.

— Estou séria, Sr. Cleawetter? Sinceramente, não sei o motivo.

— Sem dúvida, não vê a hora de dançar com seu marido. — O Sr. Cleawetter beijou-lhe o rosto. — Felicidades, minha cara.

Talvez o nervosismo se devesse à viagem. Na manhã seguinte, Bella e Jacob partiriam para o Rio de Janeiro. A lua de mel no Brasil fora ideia de Jacob. Ela sugerira Paris, mas ele alegara que ambos já conheciam a capital da França.

Na realidade, Jacob queria que passassem os primeiros dias de casados num lugar que ambos não conhecessem.

Assim, dissera, as lembranças da lua de mel seriam inéditas e genuínas.

Bella fitou o marido. Tinha tanta sorte de tê-lo encontrado! Era bonito, inteligente, honrado e rico o bastante para evitar as desconfianças de seu pai. Charlie Swan só aprovara Jacob Black depois de receber um relatório completo das finanças de Jacob. Charlie sempre fizera tudo para proteger Bella de caça-dotes e golpistas.

— Quantas pessoas ainda teremos de cumprimentar, querida? — Jacob indagou. — Quero dançar com minha mulher.

— Creio que logo estaremos livres. Não fui esperta ao reduzir o número de convidados? Se eu tivesse deixado você e papai cuidarem da lista, não haveria lugar para todos na igreja.

—Muito esperta. Charlie e eu erramos ao considerar o casamento uma oportunidade para tratar de negócios.

— Exato. — O nervosismo de Bella começou a diminuir. — É bom saber que você admite seus enganos.

Jacob apertou-lhe a mão.

— Gostou mesmo do presente? — Ele dera a Bella uma tela a óleo de um artista quase desconhecido.

— Adorei.

Era mentira, mas Bella apreciara o gesto. Já que se especializara em arte e trabalhara na Objet d'Art, o noivo na certa imaginara que uma pintura dessa galeria seria o mimo perfeito. Além disso, não podia condená-lo pela indiscrição de seu ex-patrão ao empurrar para Jacob um dos quadros mais deprimentes de Diego Alejandro.

— Não o reconheço senhor. Foi convidado? — Charlie falou em voz alta.

Bella notou um homem de terno aproximar-se de seu pai, seguido de dois policiais uniformizados.

— Não, Sr. Swan. No entanto, tenho o direito de estar aqui. — O homem parou diante de Jacob e mostrou-lhe o distintivo.

— Detetive Ateara, do Departamento de Polícia de Houston. Jacob Black, você está preso. Tem o direito de permanecer em silêncio...

Boa Noite Cinderela Fase I e IIOnde histórias criam vida. Descubra agora