Cheia de tantas coisas,
Por vezes me sinto vazia,
Fora de contexto.
E dessa vez, qual será o pretexto?
Minha alma transborda de angústia pelas crianças do Oriente Médio e,
Ao mesmo tempo,
Preocupação pelos adolescentes do Brasil,
Que do crime à educação,
Se perdem no intermédio.
E sobre as disputas, o que devo falar?
Na Mãe África
Guerras são travadas pela falta de água,
Saúde
E de ter o que comer.
Já no meu país,
A maior fome
É a de poder.
Na minha Nação,
Políticos roubam,
Matam
E te negam um pedaço de pão.
Há quem aclame a esquerda,
"O filho da empregada agora é Médico!"
Mas o engravatado que recebe,
Pela conquista, a gratidão,
Como indivíduo votado e muito bem assalariado,
Não fez mais do que a sua obrigação.
Assim como o planeta,
A política também é cíclica.
Direita e esquerda dividem os alienados e,
Por fim,
Dão as mãos entrando em comunhão.
Como um grande tratado,
De panos, vinhos, queijos, empreiteiros e magistrados.
Soa estranho
Alguém com 17 anos sofrer tal tipo de tormento,
Mas se a sociedade pensa assim,
Eu apenas lamento.
Deveria ser normal
Sofrer com a dor do outro
E entender que no fundo
Todo Ser Humano é igual e,
Que apesar das circunstâncias da vida,
Ninguém deveria ser açoitado como animal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Escrevo, logo existo
PoetryA vida me fez poetisa. Enxergo poesia na política, no bar, na vida, na rua. Escrever é definitivamente a minha cura! Vago pela vida tentando entender o sentido de tudo e, depois de me embriagar com tantas sensações, na minha ressaca, vomito palavras.