Capítulo 04 (Parte II)

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Seu quente fôlego roçou seu pênis. Não esperou a ser convidada. Antes que Alfonso tivesse tempo de reagir, tirou a língua e, como uma serpente que rasteja sobre a terra, descreveu um atalho ziguezagueante ao longo de seu sexo. Alfonso sentiu que se perdia nas sensações, no calor que desprendia daquela boca.

Afrouxaram-lhe as pernas e por pouco não perdeu o equilíbrio. Segurou seu rosto entre as mãos e seguiu o ritmo de seus movimentos. Ela fechou a boca ao redor de sua ereção e a sepultou nas profundezas de sua garganta.

Com uma mão procurou entre o matagal de pelo escuro dentre suas pernas até que finalmente encontrou os testículos. Sopesou-os na palma da mão e logo apertou brandamente. O suave roçar dos longos cachos loiros de Anahí sobre a delicada pele das coxas o fez oscilar a beira do precipício.

Alfonso deixou cair a cabeça para trás e gemeu.

-- Deus! -- exclamou, sabendo que não poderia aguentar mais.

Um estremecimento percorreu-lhe o corpo, enquanto na frente brilhavam mil pérolas de suor. Grunhiu levado pela luxúria, lutando com todas suas forças por aguentar. Queria levá-la à cama e lhe fazer amor lenta e apaixonadamente, durante toda a noite, mas sabia que já tinha ultrapassado o ponto de retorno.

Sentir o suave tato de sua língua sobre a dobra que rodeava a ponta de seu pênis era mais que suficiente para levá-lo ao topo. Entretanto, foi o sensual miado de prazer que ela emitia o que foi muito para ele. Sentiu a pressão do orgasmo que se aproximava e afundou os dedos na cabeleira de Anahí.

-- Vou gozar.

Tratou de lhe retirar a cabeça antes que fosse muito tarde, mas ela se negou a mover-se. Continuou com a boca fechada ao redor dele, chupando com todas suas forças. De repente Alfonso ficou sem fôlego e seu corpo se paralisou com o prazer cegador do orgasmo.

A sensação foi tão forte, tão intensa, que durante uns segundos sua vista nublou. Necessitou um momento para recuperar o fôlego e a compostura. Baixou o olhar e dedicou um sorriso àquela incrível mulher que estava ajoelhada a seus pés.

Repentinamente sentiu como algo florescia em seu interior. Entrelaçou os dedos com os dela e a atraiu para seu corpo, para sua boca. Jamais teria imaginado que estar com ela fisicamente pudesse despertar tantas emoções nele. Anahí o fazia sentir coisas que nem sequer sabia que existiam. E o certo era que não estava preparado para isso. De alguma forma, durante o tempo que tinha durado esse encontro íntimo, tinha notado algo distinto dentro dele, converteu-se em alguém necessitado e faminto.

Que demônio estava acontecendo?

Acaso não era outro Herrera "de frio coração"?

Um homem que só pensava com o membro e que era incapaz de ter sentimentos ou de vincular-se emocionalmente com uma mulher?

Anahí emitiu um suave murmúrio e atraiu de novo sua atenção. Alfonso acariciou sua bochecha.

-- Preciosa, é incrível. -- Sequer tentou que sua voz não parecesse afetada pela emoção.

Ela se aconchegou contra seu corpo e passou a língua pelos lábios.

-- Você tampouco está mal.

Alfonso sorriu e a apertou ainda mais entre seus braços. Durante uns minutos, nenhum dos dois disse nada. Ficaram ali de pé, abraçando-se, escutando o suave tic-tac de um relógio que soava na distância. 

Prazer Sob Controle (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora