I never told you what I do for a living

Heaven Help Us

Seria esse o destino dos dois?
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Já era final de semana quando a escola decidiu que faria uma excursão com algumas séries e quem fosse ganharia pontos. Iero precisava de uns 16 pontos para passar de ano, enquanto Toro precisava de 12 e Bryar de 7. Pelo jeito, eles tinham maus cérebro que o menor.
Bert se encontrava frequentemente com Mikey, e esses resultam em sexo a noite inteira. Gerard e Iero não tinham tanto tempo para isso. Era escola, casa, ás vezes umas "rapidinhas" ou nada. Era bem raro quando transavam por mais de meia hora, mesmo assim, tentavam fazer o possível para que ficassem juntos. Iero acordou bem cedo e enfiou em sua bolsa comida, camisinha (Gerard poderia não ter AIDS, mas se acontecesse alguma coisa bem loucona, na verdade só levou no caso de alguém precisar - pra falar a verdade verdadeira, ele levou por vários motivos), roupas e tudo o mais. Principalmente repelente. Pernilongos. Eca. Eca. Eca, pensou. Quando acabou tudo, ligou para seus amigos e perguntou se estavam prontos, disseram que sim e decidiram se encontrar lá pelas 9:00 da manhã.
Frank bateu punheta três vezes por causa de Way. Era tudo por ele. Sua puta number one. Gerard Way. Way era sua droga que aos poucos ia se viciando. A primeira tragada nunca é esquecida. Apenas olhar nos olhos dele o levava à outra dimensão, longe dali. Estavam apaixonados. Felizes e simplesmente satisfeitos. Dormiu depois das punhetas e acordou com sua mãe tentando encontrar uma razão para que a mão dele estivesse lambuzada.
- O que é isso?
- Hmmm... É... Eu espirrei!
- Espirrou? Que estranho, nunca vi um espirro tão branco... Acho que vou te levar ao médico depois da excursão.
- Não precisa, mãe! Estou bem.
- Okay, se você diz, quem sou para contrariar?
- Tá, tá, tá. Você pode me levar para a escola?
- Mas é pertinho daqui!
- E daí? Não quero caminhar hoje.
- Dez minutos, lá embaixo, não mais nem menos.
- Está bem, te amo, mãe.
- Owwnt, você vem dizendo mais "eu te amo" ultimamente. É ele, não é? Uh?! - perguntou animadinha.
- Meu. Pai. Amado. Mãe, e daí se for? Affu, agora tô ficando mau-humorado, saco...
- Ai, desculpa, baby. Não tenho culpa se sou mãe de uma linda filhinha!
- "Filhinha", amodorooo!
Começaram a rir e Linda desceu as escadas, pegou  uns biscoitos e entrou no carro, esperando pelo menor. Seguiram para a escola, sua mãe foi trabalhar e ele ficou com seus amiguinhos. Jamia e Lindsey os cumprimentaram, Iero percebeu que o olhar delas estavam maliciosamente perversos. Deixou pra lá r voltou a conversar. O sinal bateu e subiram para a sala. Frank pelo menos prestou atenção enquanto o lindo casalzinho do seu lado trocava carícias e beijinhos. Contavas os minutos para que as aulas acabassem logo para ver Gerard.
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Depois que as aulas acabaram foi atrás de Way. Desceu as escadas, atravessou uns corredores, pensou se o maior ficaria feliz em vê-lo ou estaria ocupado demais para o mesmo. Parou em frente à porta, refletiu e decidiu voltar com seus amigos. Quando estava se virando olhou para o lado e percebeu que Lindsey e Jamia estavam o olhando. Saiu correndo e se trancou no banheiro. E se acontecesse a mesma coisa com e novamente com Way? Como ele se sentiria passando por isso de novo? Ele já aguentou uma vez, quem disse que ele pode aguentar um segunda? Era demais para si. Não queria pensar sobre o fim de seu relacionamento, nem sobre o passado de seu namorado, nem... Parou com os devaneios e começou a chorar. Como uma criança que perde seu animal de estimação; chora, chora e chora. Encostou a cabeça na parede já com a choradeira controlada e dormiu ali mesmo.
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- Smurf, acorda! - Bob chacoalhava o menor, tentando acordá-lo - seu lápis está borrado, você andou chorando, né? - perguntou preocupado.
- Hmmm... Sim, não é nada sério, não precisa se preocupar - esfregou os olhos piorando ainda mais a situação de seus olhos e se levantou, ficando de frente ao espelho e de costas para Bryar - que horas são?
- Valeu por perguntar pelo Ray, ele foi embora porque estava passando mal, e já são quase 19:00, sua mãe estava preocupada com você porque não tinha chegado em casa ainda, ligou para Toro e pra mim, vim te procurar sozinho e te achei. Agora limpa logo esse olho e vamos embora.
- Eu... Deseje melhoras para Ray por mim.
- Não precisa, vamos dormir na sua casa.
- Até parece que minha mã... Ela deixou? Nossa, vocês não vão transar, vão?
- Depende, não sei, pode ser que sim pode ser que não.
- Não quero ninguém gemendo nos meus ouvidos.
- Por falar em gemidos, Gerard te procurou também, estava muito preocupado, toma - entregou seu celular - ligue pra ele.
- Obrigado, vou ligar. - discou o número do maior e esperou.
- Alô?
- Gerd?
- Frankie, onde você estava, fiquei preocupado, está bem?
- Hey, calma, acabei dormindo no banheiro...
- Banheiro? Quem dorme no banheiro, Iero? Pelo amor, né! Tem que ser você.
Pelo tom de Way, Frank percebeu que ele estava nervoso e se não tivesse ligado, o mesmo estaria morto de preocupação.
- Bob me encontrou e vamos pra casa, ele e Ray vão dormir lá e... Bem... Um cineminha qualquer dia?
- Sou eu quem deveria convidar, brincadeira, mas, sim. Sexta que vem, oito horas em ponto.
- Okay, acho melhor irmos se não  mamãe vai se preocupar ainda mais, te amo, Ger.
- Te amo, Fronks e tome cuidado.
- Vou tomar, bye.
Entregou o aparelho à Bryar e deixaram o banheiro, seguindo para sua casa. Chegaram, jantaram, jogaram vídeo game, tomaram banho - Bob e Ray se banharam juntos -, e foram dormir. Iero tentou dormir, mas com duas pessoas se beijando e se comendo do seu lado é meio difícil, mesmo assim, minutos depois, adormeceu.  Linda deixou que faltassem da escola para se divertirem um pouco. Foram pegar um cineminha depois das seis e cada qual seguiu para a própria casa depois, pois o tempo estava se formando pra chuva.
Iero voltou pra casa, assistiu alguns desenhos e foi desenhar e tentar compor um pouco. Acabou que seu desenho foi um frustrado Gerard Way com o rosto torto e suas músicas eram meio suicidas. Ligou o notebook e se trancou no quarto. O endereço era sempre o mesmo: RedTube, XXXVídeos, Brazzers e tudo o mais, não bateu punheta porque não estava com vontade, fechou a página e se deitou. Recebeu uma mensagem:
" Sabemos o que você e o diretor Way fizeram, sabemos de tudo. E temos como provar.
By: I'll fuck you "
Leu a mensagem com os olhos sobressaltados e mandou para Gerard. Este respondeu de imediato.
" Mas... Como? É possível? "
" - É? Você acha? Estamos fodidos! "
" - Vamos ter que dar um jeito de descobrir o mais rápido possível o autor desta merda! "
" - Espero que encontremos mesmo, e se encontrarmos não sei do que sou capaz de fazer."
" - Tomaremos cuidado até que a hora de contar para todos venha, agora vá dormir, Baby."
" - Vá você também, Branca de Neve."
Jogou o telefone na mesa, enfiou seu rosto no travesseiro, pensou nas chances de algo dar errado na excursão e pegou no sono.
Mal esperava pelo que aconteceria amanhã e enquanto dormia recebeu mais uma mensagem, não de Way, mas sim do anônimo.
" Você está preocupado? Termine com ele até a meia noite de hoje ou terá uma surpresa amanhã. Mande-nos uma mensagem!"
" Já são meia noite, e aí? Terminaram? Pelo jeito não, você quis assim, sofra as consequências de suas escolhas, sua puta."
A mensagem acabou ali. Um vídeo chegou depois disso. Era seu vídeo com Way nas redes socias e em sites pornôs, as garotas trataram de colocar em todos os lugares para que as pessoas vissem e sentissem repulsa deles. Seus amigos tentaram o avisar sobre este assunto.
" Frank, não vá à escola amanhã, pelamour cara, não vá! Vamos limpar sua barra, não se preocupe, você vai ficar bem."
By: Et albino.
" Frankie, eu e Bob vamos te ajudar, mas não vá para a escola, não vá, por favor, por tudo que é mais sagrado. Gerard não está atendendo o celular, vamos ter que dar um jeito de falar com ele. Não veja o vídeo, não faça loucuras, o mais principal é QUE NÃO VEJA O VÍDEO E NÃO VÁ PRA ESCOLA, por favor."
By: Palmeira ambulante.
A bateria do telefone estava fraca e o celular desligou, assim como o notebook.
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- Amor, hora de ir pra escola! Vamos, levante! - Linda acordava Iero passando as mãos em seus cabelos.
Este gemeu em resposta e se levantou e foi ao banheiro. Demorou no banho e se trocou. Passou seu lápis naturalmente, pegou seu aparelho, mas estava descarregado, assim como seu computador e pôs os dois para carregar. Deixou o quarto antes destes ligarem.
- Bom dia - entrou na cozinha, abocanhou uma maçã e se sentou.
- Bom dia, não se atrase pra excursão, já vou! - beijou-lhe a testa e deu-lhe um abraço, deixando a sala em seguida. Iero fez o mesmo e teve que ir andando sem escutar música.
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Parou em frente à escola e todos se voltaram para si, com os celulares nas mãos. Bob e Ray saíram correndo em sua direção, chorando, disseram:
- O que faz aqui? - Bryar perguntou.
- Não recebeu as mensagens? Te avisamos, Iero, nós te avisamos! - Ray deu um abraço nele, soluçando ainda mais.
- Por que estão chorando? Porque estão olhando pra mim? Porque... - sua voz falhou se lembrando da mensagem anônima "Sabemos o que você e o diretor Way fizeram, sabemos de tudo. E temos como provar. " Não fizeram isso, pelo amor de Zeus, não, pensou. Tomou o celular de Toro e leu as mensagens que o mesmo enviara, as leu com um aperto no coração e na garganta, chorando e soluçando, vendo seus sonhos com Way indo por água abaixo. Havia um vídeo recebido. Abriu o arquivo.
Frank gelou. O chão sobre seus pés havia cedido e estava caindo na completa escuridão, sem nenhum ponto de luz qualquer. Nada. Era apenas escuro. Começou a chorar como um bebê, o vídeo havia começado e nele estavam Gerard e ele, transando no sofá da diretoria, após terem acabado, viu que Way se masturbou o chamando, e o vídeo terminou. O celular caiu de suas mãos, tampou a boca e caiu de joelhos, aumentando o choro. Todos riam e o xingavam de todos os nomes possíveis. Gerard, não venha, eu sofro por você, mas não venha! Não agora!, gritava mentalmente. E Gerard não chegou.
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Bert, assim que recebeu o vídeo, foi correndo em direção à casa de Way. Tocou a campainha muitas vezes, percebendo que este não se encontrava em casa, achou que o mesmo se encontraria no Starbucks, perto dali. E estava.
- Gee - disse ofegante - porra, estava te procurando! - se sentou - precisamos conversar à respeito disso - tirou o celular do bolso, deu play no vídeo e continuou - desculpe não ter feito algo para parar quem fez isso.
Way pegou o celular, assim que ele e o menor apareceram, se levantou bruscamente, branco como neve, perguntando à McCracken.
- Cadê o Frank? Quem fez isso? Meu Deus!
- Calma, se é que é possível. Bryar disse que ele foi pra escola agora há pouco. Sinto muitíssimo por vocês.
Gerard começou a chorar, pagou a conta, saiu do estabelecimento junto de Bert. Sentou-se no degrau da escada e gritou. Voltou a chorar ainda mais e a berrar. Se jogou no chão, tentando esquecer o que tinha visto, bateu os pés no mesmo como se fosse adiantar. Porque com eles? Sempre com ele? Seria uma maldição?
-Way, vamos levanta! E Frank, não quer ver como ele está passando por isso?
- FRANK!
Entrou no carro, quase deixando McCracken para trás e foram pra escola. Chegando lá, suas lágrimas só aumentaram, viu de loge Iero chorando em posição fetal no chão, soluçando, com uma mão apertando a blusa bem no coração, e seus dois únicos melhores amigos, ajoelhados e chorando ao seu lado, tentando acalmá-lo, o que seria impossível. Tudo o que fez foi afastar a multidão e gritar:
-Frank!
Este olhou em sua direção, pálido, com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Gritando de volta.
- Gerard!
O maior correu em sua direção e pegou o menor em seus braços, acariciando seu rosto. Este chorou ainda mais, parecia que haviam tirado o que mais lhe fazia sentido na vida. Se assustou quando este disse, entre soluços e ganidos.
- Way, faça eles pararem! Faça apagarem isso! Faça parar de doer!
"Doer". O que estava doendo? Se lembrou da mão do pequeno apertando a própria blusa, bem em cima do coração. Ele estava doendo. O menor estava sofrendo. Era ele que estava sofrendo mais que si. Way aguentara a morte de seu professor, Frank aguentara a morte do pai - que descobriu no hospital -, mas será que aguentaria o final do relacionamento? Way sabia que, desde o primeiro beijo, a primeira troca de olhares, o menor era frágil, por dentro e por fora, como uma boneca de porcelana, que ao cair no chão, se despedaça. E agora estava ali, juntando os pedaços de Iero.