18. Revendo o passado

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Changkyun avistou Hyunwoo em uma mesa afastada, sorriu para a atendente e andou até o moreno. Sentou-se à sua frente e ficaram um momento em silêncio.

— Eu só queria que você soubesse que eu estou comprometido com outra pessoa, Chang — Hyunwoo disse e corou — Minhyuk é um amor de pessoa, e me ama pelo o que eu sou.

— Minhyuk? O garoto que estudava com a gente?

Hyunwoo assentiu animado.

— Pensei que ele namorasse Jooheon — Changkyun balbuciou.

— O quê? — Hyunwoo arqueou uma das sobrancelhas — não! Eles eram meio-irmãos.

Changkyun estava boquiaberto. Então era por isso que andavam sempre grudados.

— Mas por quê queria me encontrar?

— Queria te chamar para ir ao casamento. Que tal?

Lim assentiu, com um sorriso. Então Hyunwoo estava bem, com alguém que amava. E ainda, se casaria.

— Tem alguém para levar? — Son indagou.

O sino da cafeteria soou, e da porta surgiu um Yoo Kihyun totalmente produzido: calça justa escura, blusa branca, tênis também escuro e um sobretudo preto. Ele se sentou ao lado de Changkyun e sorriu para Hyunwoo.

— Já te falaram que você tem cara de bolinho de arroz? — Kihyun disse após bebericar um pouco do café do Lim.

Changkyun deu um leve aperto na perna de Kihyun, que o olhou.

— Hyunwoo nos chamou para irmos ao casamento dele e de Minhyuk.

— Ah, que ótimo. Quando vai ser?

— Daqui um tempo ainda. Estamos vendo todas as possibilidades — respondeu Hyunwoo, com um sorriso mínimo.

— Agora você parece uma foca — Kihyun disse e recebeu outro beliscão — o quê?

Hyunwoo riu.

— Não precisa ter ciúmes, eu e Changkyun somos só amigos.

Kihyun murmurou um "certo" e voltou a beber o café de Changkyun.

[...]

— Por quê você apareceu lá? — indagou Changkyun ao jogar a blusa de frio no sofá.

— Porque eu não podia deixar meu homem à deriva — Kihyun respondeu simplista ao o abraçar por trás — e também porque eu queria mostrar meu sobretudo novo.

Changkyun gargalhou.

— Gostou do meu sobretudo?

— Prefiro você sem ele — Changkyun se virou para Kihyun e retirou o tecido grosso de seus ombros, o jogando para o lado. Assim que o sobretudo caiu no chão, um pequeno papel apareceu de um dos bolsos. Changkyun agachou-se para pegá-lo, e Yoo observou atentamente aquela cena.

Pela feição de Changkyun, o de fios rosados soube que não havia só belas palavras escritas.

— "Eu comprei para você, quando fui à Indonésia. Espero que goste, Kiki. Com amor, Jaebum." — Changkyun leu.

Kihyun abaixou o olhar e tornou a encarar o tapete.

— Eu nunca fui seu único, não é? Você ainda estava vendo outros caras.

O mais velho abriu a boca para dizer algo, porém não foi lhe dado tempo: Changkyun pegou a blusa de frio e deixou o apartamento.

CALL ME WHEN YOU NEED ME 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora