Eu sempre acreditei que todas as coisas estão fadadas ao fim, não necessariamente ao fracasso, mas tudo, absolutamente tudo, está sujeito a acabar no momento em que passa a existir.
Eu soube disso no instante em que ouvi alguém se referindo à eu e você como nós. Algo tinha começado, e a única questão era decidir o que seria feito no intervalo até esse algo acabar.
Eu sempre acreditei que é nossa função aproveitar as coisas da melhor maneira possível, aproveitá-las pelo tempo que durarem, para tirar uma lição de tudo no final. Pra ter válido à pena.
Eu descobri, recentemente, que tudo que é bom é sofrimento, e que a grande questão é a gente decidir pelo quê estamos dispostos a sofrer.
Eu tenho visto que ninguém está disposto a sofrer, ultimamente. Eu também não estava.
Eu sempre acreditei que entendia essas coisas. Obviamente, eu estava errada. Como todos sempre estamos.
Mas numa coisa eu tinha razão, o fim sempre chega. Eu não queria que ele chegasse, acho que pela primeira vez na vida eu queria mesmo estar errada (logo eu que sempre quis ter razão de tudo, veja bem), mas não.
Eu decidi sofrer pelo que aprendi com você. Levantar a cabeça e tentar não pensar a respeito.
Meu coração não está quebrado. Essa é só uma pequena nova rachadura com a qual aprenderei a viver. Com a qual aprenderei tudo que você me ensinou.
Eu espero ter que ensinado alguma coisa. Espero ter te ajudado ao menos um pouquinho com as suas rachaduras.
Desejo de todo o coração o melhor pra você. Acho que eu não era esse melhor, mas acho que fui parte de uns momentos legais né?
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tenho questões
NonfiksiO objetivo deste livro é conversar com você, trocar uma ideia. Falar uns troços soltos aí, uns pensamentos aqui e umas teorias de vez em quando e ver onde isso leva. Porque como já dizia Hamlet, ser ou não ser é só a nossa primeira crise, mas a gent...
