Capítulo 13

136 11 1
                                    

Fallon

Não faço a menor ideia de como chegamos ao elevador, só sei que o vigia certamente está vendo um belo show pelas câmeras de segurança. As portas se abrem em nosso andar e saímos sem nem olhar por onde passamos ou o que está pelo caminho, nossos lábios permanecem grudados. Escuto o barulho de algo se espatifando, e penso que provavelmente foi o vaso de flores que a sra. Mornigan insiste em deixar no corredor para, segundo ela, embelezar e trazer harmonia ao nosso andar, porém não existe harmonia quando todo mundo esbarra no maldito vaso. Ben me pressiona contra a porta de nosso apartamento e começa a mordiscar e lamber meu pescoço, enquanto tateia o bolso atrás da chave. Que tortura! Que loucura! Estamos ofegantes, mas Ben parece ainda pior que eu. Ele abre a porta e me ergue em seus braços, e que braços.

-Você tá malhando? - não resisto e pergunto. Minhas palavras saem entrecortadas enquanto tento respirar.

- Preciso me distrair de alguma forma sem você aqui - justifica e volta a me beijar ferozmente. Entramos e ele chuta a porta que fecha com um baita estrondo. Enrosco minhas pernas em volta da cintura dele e agarro seus cabelos. Ben parece estar ainda mais cansado, e começa a ofegar de forma estranha.

- Você está bem? - pergunto preocupada pois ele está resfolegando.

- Só um pouco cansado. Nada demais, nada que nos atrapalhe - ele me coloca na cama e tira minha blusa. Em seguida, tira a sua e vejo o quanto ele tem se distraído sem mim. Nossa!

Meu olhar segue desde seu abdômen, passando por seu peitoral e logo encontro seus olhos, mas o que vejo faz meu coração encolher, seu rosto está abatido devido às muitas horas que passou acordado, louco de preocupação.

- Ben - falo enquanto ele vai tirar meu tênis - Quantas horas você está sem dormir?

- Cochilei no hospital e no carro - ele responde iniciando uma trilha de beijos no meu pé subindo em direção a minha coxa, me fazendo esquecer qualquer questionamento.

Ben volta a beijar minha boca, me deita na cama, mas está tão cansado que mal sustenta o peso do próprio corpo.

-Ai! - resmungo - Ta me esmagando.

Ele rola pro lado e fica me olhando de um jeito que incendiaria um lago de gelo.

-Vamos dormir um pouco - proponho e vejo que ele está prestes a recusar - Eu também estou morta de cansada, podemos dormir um pouco e depois, mais relaxados, poderemos fazer amor até a hora que eu for pro aeroporto.

- Não quero dormir.

Ele faz beicinho e quase desisto da ideia de descansarmos um pouco, pois a vontade que tenho é atacá-lo, mas me contenho.

-Ben - digo forçando um bocejo.

- Ok! - ele acaba concordando ao bocejar junto comigo - Você tem razão.

Ele se ajeita e me aconchego em seus braços.

-Uma hora é mais que suficiente - ele declara e ajusta o alarme do meu celular.

- Sinto falta de dormir assim com você - eu digo e escuto um ronco como resposta. Sorrio e depois de lhe dar um suave beijo nos lábios, me entrego ao sono.

Acordo um pouco atordoada, mas logo me situo ao sentir a mão possessiva de Ben na minha barriga. Me remexo sonolenta e olho para fora. Está escuro. ESTÁ ESCURO?

MERDA!

Pego meu celular e vejo que já são quase uma da manhã, meu coração dispara por alguns segundos antes que eu perceba que meu celular está no fuso de Nova York, quando deveria ter mudado automaticamente para o horário de Los Angeles. Porém não tenho tempo para pensar no que aconteceu.

Depois de NovembroOnde histórias criam vida. Descubra agora