Saímos todos ao mesmo tempo mas não todos para o mesmo sítio. A Cátia foi de carro ter com o Joaquim para a entrevista de emprego enquanto que eu, os meninos, o Henrique e o Pedro fomos a pé para a escola, estavamos a passar em frente á casa da Helena Ferrreira e ela sai disparada mal nos vê, quase que parecia que estava á nossa espera:- Pedroooo- gritou ela
- Ah, Helena que bom ver-te- disse o Pedro num tom sarcástico
- Vão para a escola não vão? Então olhem a minha Raquel e o meu borjita podem ir com os teus filhos porque até já sabem o caminho e tudo , é que eu preciso de falar contigo- disse a Helena
- Ah, mas é que é o primeiro dia de escola e eu gostava de ir- disse o Pedro
- Pois Pedro mas o que tenho para falar contigo é mais importante! E além disso naquela escola podem ir falar com o diretor quando quiserem. Sim ou não? Raquel, borjita venham cá que vão com os filhos do vizinho para a escola- disse ela gritandoNesse momento a Raquel e o Borja vem ter connosco:
- Bem Pedro entra!- disse a Helena
- Ah está bem. E Carlitos filho se alguém se meter contigo diz à professora e pus a tua bomba de asma na mala caso precises se houver problemas liga. Matilde e Henrique tomem conta dele- disse o Pedro
- Não te preocupes Pedro- disse euEntretanto eles foram para dentro e nós começamos o nosso caminho para a escola:
- Então primeiro dia. Estão preparados?- perguntou a Raquel
- Sim- disse eu
- Olha Henrique se precisares de qualquer coisa eu estou aqui. Ah e tu também Matilde- disse a Raquel atirando-se ao Henrique
- Obrigado- disse o Henrique retribuindo os olhares
- Matilde, podes trazer o meu irmão? É que eu e o Henrique vamos a frente para conversarmos- disse ela
- Sim, claro. Nós podemos ir a frente, não te incomodes- disse euEu os meninos e o borja fomos andando enquanto o Henrique e a Raquel ficaram para trás a falar. Eu estava a notar que durante o caminho a Maria veio sempre a olhar para mim provavelmente porque percebeu que eu fiquei incomodada por a Raquel ter ficado com o Henrique. Fui leva-los a sala e já estava a virar costas quando a Maria volta atrás e vem para ao pé de mim. Eu baixo-me para ficar à altura dela:
- Porque é que estás zangada?- perguntou ela lendo-me a mente
- Maria, não podes fazer isso- disse eu
- Desculpa- disse ela pondo os fones
- Mas é por causa do Henrique? - perguntou ela
- Não, não tem nada a ver com ele. Está descansada- disse eu sorrindo para ela
- Está bem, só não quero que estejas chatiada- disse ela
- E não estou- disse euQuando me despedi da Maria fui ver onde era a minha sala e felizmente ainda não tinham entrado. Entretanto encosto-me na parede ao pé da sala e começo a mexer no telemóvel, passado não mais de 3 minutos a Raquel e o Henrique chegam ao pé da sala aos sorrisinhos e vão os dois para o lado oposto onde eu estava. Não gostei muito dessa atitude do Henrique, nós afastamo-nos, depois aconteceu isto tudo e quando senti que estavamos a reaproximarmo-nos dou por mim no meu primeiro dia de aulas onde não conheço ninguém enquanto ele só fala com a Raquel. Talvez estive-se a exagerar, talvez o Henrique não senti-se nada pela Raquel e eu estava a fazer filmes na minha cabeça. Mas o que importa se ele namora nós somos só amigos. Aaaa que confusão.
Sou interrompida nesta espiral de pensamentos pela campainha da escola que estava a tocar para entrar e logo nesse momento o professor chega, abre a porta e todos entramos para a primeira aula do dia: MATEMÁTICA!( a sério tirem-me daqui). Antes de nos sentar-mos o professor disse que tinhamos de nos sentar por ordem e começou a fazer a chamada. Estava a demorar séculos porque a nossa turma não é nada pequena e é então que chega a vez do Henrique e o professor manda-o sentar e logo a seguir chama-me a mim e diz para me sentar ao pé dele. Estaria a mentir se disse-se que não fiquei desconfortável com a presença dele. Mal eu me sento ele lança aquele sorrisinho e diz:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pequena Vida, Grande História
Fiksi RemajaEsta História relata a vida de uma rapariga com poderes que se junta a uma família de pessoas que não são do mesmo sangue e que vive um amor impossível com o seu amigo.