Capítulo Quatro.

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— Tae, hoje quero tentar alguma coisa diferente, será que posso levar-te ao jardim? — Jeongguk pergunta.

— Claro! — respondo à ele.

Jeongguk fica de pé e me puxa pela mão me ajudando a levantar. Ele me levou ao pequeno jardim dali, tem dois bancos de concreto e algumas flores.

— Bem, antes que qualquer coisa eu gostaria de falar que: eu já ouvi seus pensamentos a algum tempo. Desculpe-me pela intromissão, mas eu não conseguia deixar de ouvi-lós. E bem, você sempre pensou coisas tão belas ao meu respeito, mas nunca chegou a falá-las, não até hoje, e toda vez que você pensava em ir até mim, você travava. Ok, entendo seu nervosismo, mas é que eu poderia pintar os livrinhos em outro local, mas não queria porque eu sabia que você estava lá, como sempre esteve nos últimos anos. E bem, ao sentir sua presença eu me sentia bem, e ao ouvir você, eu também me sentia bem, então eu secretamente amava-te, quero dizer ainda amo! E finalmente você tomou coragem para falar, então creio que posso tomar coragem para fazer isso. - Jeongguk segurou meu rosto em suas mãos pequenas e ficou na ponta dos pés e ia se aproximando de mim.

Logo seus lábios rosados estavam selados aos meus lábios avermelhados. Foi uma explosão de sentimentos, hormônios e desejos com o seu simples ato de encostar seus lábios ao meu em um selinho.

Jeongguk termina o contato de nossos lábios com um estalo e sua íris está tão clara. Fico parado mediante dele, então ele se vira e entra quase que correndo na clínica.

"Mova suas pernas moles e vá atrás dele, seu panaca!"

Meu subconsciente esbraveja comigo e acato a ação de me mover.

Quando entro na clínica, apenas vejo Jeongguk sumindo pelo corredor com seus livrinhos debaixo do braço, e a enfermeira o segurando pelo braço.

Jeongguk vira de relance me encarando, e é quando vejo aqueles olhos negros pela última vez no dia.

[...]

Assim que chego na clínica, Jeongguk está lá sentado com as pernas em forma de índio pintando alguma imagem em seu livro como de costume. Desta vez ele veste uma calça azul e um suéter marrom claro. Eu dou uma respirada mais profunda, porque meu coração suspirou ao vê-lo se virando e acenando todo sorridente.

Céus! Acho que nunca irei me acostumar com aqueles olhos negros brilhantes e com o sorriso brilhante dele.

Ando até ele apressadamente e minha intenção é lhe dar um beijo na bochecha, mas ele vira o rosto depositando um beijo no canto de meus lábios. Fico petrificado, meu coração dispara novamente. Céus! Acho que também não irei me acostumar com isso.

— Meu Deus Taehyung, isso foi apenas um selinho. Uma coisa mínima. Imagina quando eu enfiar a minha língua na sua boca e devorar com um beijo. — Jeongguk falou.

— Jeongguk! Cristo! Você tem que, sei lá... ser mais discreto. — falei gesticulando com as mãos.

— Tae, você tem que ver sua cara nessas situações, é a melhor. E ei, eu gosto de sinceridade, ok? Prefiro falar logo o que eu quero, do que ter você desmaiado. E não pense que eu não ouvi alguns de seus pensamentos. — Jeongguk disse enquanto se sentava.

"Oh, merda! Será que ele sabe que eu já pensei em como ele seria na hora do se... Morango, Chocolate, Sorvete de chiclete, Unicórnios fofinhos."

Policiei meus pensamentos, no intuito de não ficar vermelho na frente dele, porque é claro que ele ouviu, céus!

Me sentei junto a ele. Jeongguk já estava quase terminando uma página do livro.

— Como é o nome desses livros? — perguntei à Jeongguk.

— Uh, um é Jardim Secreto e o outro Floresta Encantada. — Jeongguk respondeu.

— Hum, e ele tem algum intuito ou você só tem que pintá-los? — perguntei à ele.

— Bem, aqui diz que ao final do livro você encontrará um tesouro, mas eu acho que encontrei antes mesmo de chegar ao final do livro.

Até então eu estava concentrado na imagem que ele estava a pintar, quando dei por mim ele estava me encarando com aquele sorriso com a língua entre os dentes.

— Aigo, eu acho que vermelho agora é minha cor favorita! Quero dizer, além de ser a cor do teu coração e ser minha por teu coração ser meu, eu simplesmente adoro quando suas bochechas ficam pintadas de vermelho. — ele disse passando o polegar gentilmente pela minha bochecha.

Senti minhas bochechas esquentarem mais ainda, era como se tivesse labaredas nelas.

— Eu sou tímido, ok? Você fica falando todas essas coisas, por isso eu fico assim. — disse completamente tímido.

— Nos seus pensamentos você não aparentava ser tímido, Kim Taehyung. — Jeongguk disse.

— Jeongguk! Céus! Eu já te disse para você parar com toda essa sinceridade? Cristo! — enterrei meu rosto completamente vermelho em minhas mãos.

Jeongguk ria, e eu tinha que admitir que o som de sua gargalhada era a melhor coisa do mundo, que fazia meu coração acelerar.

— Ok, ok. Desculpe-me, tudo bem? — apenas balancei minha cabeça positivamente — Mas a sua cara continua sendo a melhor.

...

Para Colorir [kth + jjk]Onde histórias criam vida. Descubra agora