Alice filha do Fábio

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Olá, me chamo Hideki.

Irei contar uma história que me aconteceu há alguns anos atrás. Por ser uma história real, estarei omitindo alguns detalhes para preservar a privacidade dos envolvidos.

Tudo se inicia com minha amizade com Fábio, um grande amigo meu, que, apesar de ser muito mais velho do que eu, compartilhávamos muitas coisas em comum, e acabamos fazendo uma boa amizade.

Fábio tinha uma filha, chamada Alice. Na época em que nos conhecemos, Alice tinha apenas 15 anos, eu raramente a via. Alice tinha um comportamento bastante fechado, e nas raras ocasiões em que a via, geralmente à caminho da escola, no máximo trocávamos um singelo "oi". Conforme minha amizade com Fábio foi se afastando, eu mal lembrava da existência de Alice.

O tempo passou, e Fábio e eu apenas trocávamos algumas mensagens de vez em quando, geralmente, quando precisava de alguma ajuda minha (Cara de pau), passamos anos sem nos vermos. Um dia, recebi uma ligação de Fábio, requisitando minha ajuda profissional em uma nova loja de roupas que ele tinha montado. No dia seguinte fui visitar a loja de Fábio, que se encontrava dentro de um pequeno shopping no centro, para conversarmos detalhes sobre a ajuda que Fábio necessitava de mim. Lá encontrava-se apenas Fábio, e sua filha, Alice.

Alice tinha acabado de completar 19 anos, havia se tornado uma garota super simpática, atendendo muito bem os clientes da loja, sempre com um sorriso no rosto, e seu jeitinho serelepe mal fazia parecer que já havia completado 19 anos de idade.

Ela era baixinha, tinha por volta de 1.60m, loirinha com cabelos longos, olhos claros, magrinha, seios e bumbum pequenos. Fisicamente, Alice não havia mudado muito do tempo que tinha 15 anos, além de sua personalidade, a única diferença visível é que agora ela não vestia mais uniforme de escola.

Fábio e eu conversávamos sobre negócios enquanto Alice atendia os clientes que chegavam na loja. Pelos meus conhecimentos em áreas desconhecidas por ele, e minhas experiências empreendendo, Fábio me fez uma proposta interessante, em que me faria sócio da loja, fiquei de pensar na proposta e daria a resposta posteriormente.

Continuamos a conversar, entre negócios e conversas furadas. Alice pulava pra dentro de nossa conversa quando falávamos de coisas menos sérias, e saltava fora quando voltávamos a falar de negócios.

Eu estava lá batendo papo havia umas três horas, quando anunciei que iria embora e ligaria para Fábio dando minha resposta à proposta dele em breve, mas antes de eu ir, Fábio me pediu que ficasse por mais uns minutos ajudando Alice a tomar conta da loja enquanto ele voltava para casa, para buscar mais uns materiais para a loja. Aceitei relutante.

Assim que o pai dela saiu, Alice começou a puxar papo comigo, essa foi a primeira vez que realmente conversava com Alice, apesar de conhecê-la a quase cinco anos. Ela até mesmo apontou este fato, brincando, como se me culpando por nunca ter dado atenção à ela.

- Você nem olhava pra minha cara antes, apenas dizia "oi" pra mim com uma voz mais grossa que a minha! – Respondi brincando.

Alice deu risada e concordou, pedindo desculpas.

- Verdade, desculpa. Eu era uma adolescente rebelde, não era uma época boa pra mim, tinha meus problemas...

- Problemas? Que problemas?

Alice começou a se abrir pra mim, contando um pouquinho de sua vida, falando do bullying que sofria na escola, como o falecimento da mãe dela a afetou, e a eventual depressão que isso tudo causou à ela, deixando-a mais fechada, o que acabou afastando algumas das poucas amigas que tinha, etc.

Com certeza Alice mudou bastante de lá pra cá, ficamos conversando por um bom tempo, até eu perceber que os "pouco minutos" de Fábio já havia se tornado quase uma hora... Continuamos nosso papo esperando o pai dela chegar, Já era quase 18:00 quando Fábio finalmente chega na loja, mais de uma hora e meia depois de ter saído.

Fui me despedindo novamente, e Alice perguntou se eu podia levá-la até a faculdade, como não era muito longe, aceitei, apesar do trânsito que teria de enfrentar.

Fomos batendo papo, e ao chegar lá, me despedi brincando:

- Comporte-se!

Alice deu risada e respondeu:

- Você não é meu pai!

Me deu um beijinho no rosto e saiu do carro agradecendo a carona.

Conto A inocente filha de um AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora