Sociedade com Fábio

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Voltei para casa pensando surpreso, em como Alice havia mudado, de uma garotinha fechada e mal humorada, para alguém tão alegre, simpática e amigável.

Alguns minutos após chegar em casa, Fábio me liga, perguntando se Alice havia chegado bem à faculdade, se eu tinha tido tempo de pensar na proposta, e para se desculpar sobre o atraso para voltar à loja, confessando que na verdade, ele havia saído para ver uma mulher, e uma coisa levou à outra, e já sabe... Me fazendo prometer não contar nada à Alice.

Fábio é um coroa boa pinta, loiro de olhos verdes, tem dinheiro e faz sucesso com a mulherada. Depois do falecimento de sua esposa, consciente de seu poder com as mulheres, ele tira proveito como pode e sai pegando tudo que se mexe na frente dele, contanto que Alice não esteja presente. Sempre havia sido assim, desde que o conheci, então não me surpreendeu a fugidinha dele.

Desviei a conversa de volta para a proposta dele, com alguns detalhes resolvidos, como a divisão de lucros, e aceito algumas exigências minhas, acabei aceitando a proposta de Fábio.

O acordo que fizemos possibilitava que eu fizesse a maior parte do meu trabalho em casa mesmo, o que incluia o design do logo, estratégias de marketing, entre outras coisas. Porém, sempre que necessário eu iria à loja ajudar, apesar de não ser uma exigência de nosso acordo.

Comecei a trabalhar de casa, e só fui visitar a loja umas duas semanas depois.

Com um material mostrando um pouco da parte visual de meu trabalho, fui à loja e Fábio não se encontrava, Alice disse que ele havia saído há pouco tempo, e que provavelmente iria demorar a voltar, com a desculpa de que havia esquecido meu contrato e que iria aproveitar para comprar mais alguns produtos para a loja. Fábio havia dito que como eu já estava para chegar, poderia ajudar Alice a tomar conta da loja.

Fiquei meio puto, já pulando à conclusão de que ele havia saido para pegar mulher de novo. Alice percebeu minha reação, e falou em tom de brincadeira, me pedindo para fazer companhia à ela. De qualquer maneira, não tinha opções. Alice ficou vendo o material que levei à loja, e se mostrou bastante feliz com os resultados.

Alice e eu estávamos nos dando muito bem, e continuávamos conversando sobre diversos assuntos enquanto ela atendia os clientes que entravam na loja. Já era quase 17hs quando Fábio retornou, se desculpando pela demora, dizendo que não encontrava o contrato em seu escritório, me dando uma leve cotovelada e piscando para mim quando Alice não olhava...

Começamos a falar de negócios, finalmente, e Fábio também ficou feliz com o trabalho que eu fizera em casa, exclamando:

- Ah! Agora a loja vai fazer sucesso!

Conto A inocente filha de um AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora