XIX:Imerecido,Amor.

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Amei outrora com amor bem santo.

Casimiro de Abreu


Amei outrora com amor bem santo,
Se santo ou se digno, imerecido a ti,
Pois se de todo teu era,
de ninguém e nada se tornou.

Já não bastasse os ventos,
Que além de frio trouxe dor,
As lembranças e o tempo trouxeram desamor.

A vivacidade fugaz do ser pleno,
Intocável pelo amor,
Intocável pela dor,
Intocável...intocado.

Quem sabe nossas lutas,
senão nós mesmos que as lutamos,
Se vencemos ou perdemos,
O mais importante é que de pé nos mantemos.

Viver os dias não é tão ruim,
Esperar que chegue alguém afim,
De tudo um pouco,
De gritar por mais amor já estou louco.

Pois que fizestes de mim brinquedo,
Me moldastes a sua vontade,
E era sobre mim,
Nem mesmo um pedaço da tua bondade.

Se pena era o que precisava,
Aos poucos eu a alcançava,
Pelo tempo que a passar,
E aos poucos me libertar,dos teus braços me tirava.

O viver absorto é bom,
O olhar e não ver,
O ouvir e não escutar,
O estar e não estar,
O tentar e miseravelmente,falhar.

Era o pouco o que te dei,
Aos seus olhos,não aos meus,
Pois em mim a certeza eu tinha, de que por completo eu me doei.

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Boa Lua ou Bom Sol🌻

Decadência(Gemidos Da Alma)Onde histórias criam vida. Descubra agora