Sentei o corpo fatigado na cama e não pensei em mais nadaTodas as roupas estavam jogadas no chão, eram 16:30 e eu morria de sono.
Eu não escrevo nada decente à mais de uma semana, não há mais nada para se falar, posso escrever um poema agora chamado "eu sou um cara deprimido e cercado de idiotas", seria um plágio de um pobre poema ruim que só estava tentando fazer seu trabalho direito.
Eu estou enlouquecendo. Aquele antigo poema me tornou são e feliz por um tempo, as vacinas são feitas a partir de vírus enfraquecido, eu enfraqueci a vida até poder colocá-la em uma folha de papel, para conseguir suportá-la por mais um tempo. Graças aquele poema eu voltei a tomar banho todos os dias.
Me levantei, fiz a barba, me exercitei um pouco e no chuveiro pensei na D. Morte.
Fui dormir e quando acordei me dei conta do sonho ruim que tive, eu apanhava numa briga e morria na calçada, a morte veio a cavalo pra mim nesse sonho, a morte só é bela quando a vida não cumpre seu papel, em outros casos ela é completamente ridícula.
Mas Quão bela é D. Morte, ela pinta o cabelo de uma cor diferente todo mês, só usa preto e vermelho, corta o cabelo estilo Chanel e sua pele branca a faz parecer que toma banho com os deuses.
Olhei pra fora e o sol brilhava de maneira cretina, com aquela sua aparência de 8 da manhã, fechei a janela, me virei e voltei a dormir no meio da bagunça.
Sim, eu prefiro mil vezes a morte.
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Um homem patético
Poetry"Um homem patético " é um livro que explora toda a insegurança que sinto como um homem e também a minha visão pessimista do nosso mundo.Com um teor ácido e metafórico,às vezes fantasioso,esse livro é um passeio de montanha russa por entre as nuances...