Colisão

Consequências

Nicolas estava caido e com um caco de vidro na coxa esquerda, olho para o quarto e vejo uma janela quebrada e uma cadeira jogada no chão.
--Nicolas, acorda.-digo dando tapinhas em seu rosto.
--Eu...fui quebrar a janela.-ele diz e fecha os olhos.
--Tudo bem, tudo bem fica acordado.-digo e me levanto
Ele estava no quarto de Pedro, percebo pelos inúmeros quadros de fotos, vou até o armário e pego 3 blusas dele.
Corro até Nicolas de novo.
--Isso vai doer um pouco mas você vai ter que aguentar.-digo olhando para ele.
Ele apenas assente com a cabeça,
Vou até sua perna, respiro fundo
1...2...3, penso e puxo o caco de vidro de uma vez.
--Porra.-Nicolas grita.
--Calma, calma- digo amarrando uma blusa em sua perna.
Em seguida visto uma blusa e entrego outra para Nicolas, ajudo ele a se levantar e deitar-se na cama.

■Nicolas narrando■

Minha perna estava queimando, como fui burro...
Ester estava sentada ao meu lado, sob a pouca luz até que ela ficava bonita, balanço a cabeça espantando esse pensamento...devo estar delirando de dor.
--Vou ir no outro quarto ver se acho algum telefone, vai que na preça alguem esqueceu aqui.-ela diz se levantando.
--O meu é um Iphone com a capa azul.-digo e recosto a cabeça no travesseiro.

--Achei!!- ela grita e ouço seus passos correndo.
Ela se senta novamente ao meu lado e liga para alguém.
--Ta ligando pra quem?.- pergunto
Mas logo ela responde minha pergunta.
--Alô? Carol? Mano cadê você ?...sei...sei- ela andava pelo quarto-- Eu fiquei presa no quarto com o Nicolas quando a polícia apareceu..você ta com ele? Vem aqui com ele então merda...mas precisamos ir ao hospital, quando você chegar eu te explico.

Ela desliga e olha pra mim
--Carol está vindo com o Bruno, vamos te levar pro hospital.- ela fala em um tom calmo
--Mas e a porta? A polícia coloca uma barra quando acontece isso.-digo me lembrando da última festa em minha casa.
--Eu não sei, eu não consigo raciocinar direito ainda, o álcool ainda corre em minhas veias.-ela diz se sentando novamente.
Ester olha para minha perna e coloca a mão na coxa machucada, sinto uma descarga elétrica em meu corpo e me me afasto.
--Eu sei, minha cabeça ainda gira.-digo
--Nunca mais vou a festas.-ela diz rindo
Retribuo o sorriso e logo escutamos uma buzina e Ester da um pulo.
--Vou descer e arrumar um jeito do Bruno subir, não aguento te levar sozinha.
--Eu consigo andar, vamos.-digo e me levanto.

Minha coxa lateja e sigo apoiado no ombro de Ester, chegamos na escada e minha perna lateja muito.
--Ta tudo bem? -ela pergunta baixo.
--Ta doendo.-digo e me sento no primeiro degrau.
--Fica ai eu vou trazer o Bruno.-ela diz e desce correndo.

Depois de alguns minutos ela volta com o Novato.
--Tinha uma janela aberta na sala.-ela diz
--Vamos cara.-o novato tenta me levantar com a ajuda de Ester.
--Ai perai o celular caiu.-Ester diz me largando.
Caio sentado no chão novamente, e olho para ela.
--Desculpa.- ela sorri.
Ester abaixa seu tronco para pegar o celular, estava com a bunda virada para mim, sua calcinha apareceu e eu me peguei olhando, percebo que não era só eu que estava olhando quando ela levanta e olha para o Novato e eu.
--O que estão olhando?.-ela pensa e coloca a mão na saia.-Ai meu Deus seus tarados.
--Eu não fiz nada.-O novato diz.

Eles me ajudam e chegamos até o carro, Ester vai no banco de trás comigo, eu não sei porque mas eu não conseguia parar de olhar para ela.
Droga!! Eu devo estar maluco.

(...)
Chegamos ao hospital e o novato trás uma cadeira de rodas e eu me sento nela.
--A gente vê que o rolê foi bom, quando ele termina no hospital.-Carol diz rindo.
--O que vão pensar de 4 adolescentes chegando fedendo a álcool e dois deles seminus.-Ester ri.
--Eu peguei sua blusa e seu sapato.-Carol diz e Ester sorri.
--E minhas coisas?.-pergunto
--Ei cara, nos não somos amigos, porque eu pegaria ?.-Carol diz e Ester da um tapinha em seu ombro.
--Faz sentido.-dou de ombros.

Entramos no Hospital e logo um médico vem me atender, Ester entra comigo na sala.
--Sua namorada parece estar preocupada.-o médico diz baixo só para que eu ouvisse.
--Ela não...-Ester me da um pequeno aceno de mão--É minha namorada.