Amor interrompido

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Nota: o que estiver em itálico são lembranças.

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Lembro da nossa última noite juntos, a última noite em que estavamos bem.

--Amor amanhã é o aniversário do seu irmão e você não foi comprar nada.-digo passando as mãos em seus cabelos.
--Eu vou amanhã de tarde, relaxa vida.-ele diz e me agarra.

João me beija e coloca sua mão em minha cintura me fazendo ficar ainda mais perto dele, coloco as mãos em volta do seu pescoço e retribuo o beijo.
--Eu queria que nossos pais aceitassem nosso relacionamento.-eu digo pausando o beijo.
--Essa história de que por ser só 2 anos mais velho não podemos ficar juntos, eu não consigo aceitar.- diz passando a mão pelo meu cabelo.
--É complicado.-abaixo a cabeça.

João coloca a mão em meu queixo fazendo com que eu olhasse para ele.
--Sim é complicado mas vamos mostrar que eles estão errados e vamos ficar juntos pra sempre.- ele me abraça.
--Vamos esfregar na cara de todo mundo.-digo rindo.
--Mas você só pode se esfregar em mim.- ele olha malicioso.
--Você não presta.-dou um tapa em seu braço.

Levantamos do gramado da praça em que estavamos e vamos até o carro, fomos rindo e cantando por todo o caminho, até ele parar 3 casa antes da minha, para que meus pais não visse a gente.

--um último beijo antes de você sair do meu carro.-ele me olha nos olhos.
Não resisto e me inclino para beija-lo.
--Você é de mais garota.-fala colando nossas testas.
--Já você é um tarado, fazendo uma menor de idade se apaixonar por você.-Digo rindo.
--Olha...prefiro nem comentar.-ele ri.

Saio do carro e vou em direção a minha casa, vejo ele sair cantando pneu.
Chego em casa e falo para meu pai que estava com Carol, subo para meu quarto e me jogo na cama com a cara mais apaixonada possível.
Acabo pegando no sono ali mesmo.

Acordei e peguei meu celular, tinha 3 mensagem de João.

■Whats on ■

João: Bom dia laranja.
João: espero que tenha dormido bem e sonhado comigo.
João: estou indo lá no shopping comprar o presente se Nicolas e quem sabe trazer um lanche do BK para você.

■ Whats off ■

Dou um sorriso ao ler as mensagem, tomo um banho e desço para a cozinha.
(...)

O sol já estava se pondo, e nada dele me ligar, da 19h e saio de casa em direção a sua casa, para a festa de Nicolas.

Desço do taxi e Nicolas corre em minha direção chorando.
--Assassina, você matou ele.-ele grita
Olho pra ele sem entender nada até que sua mãe aparece.
--Nicolas não é culpa dela, para, não é culpa de ninguém.-ela começa a chorar.

Continuo sem saber o que está acontecendo, mas ideias começam a passar pela minha cabeça, vou correndo para dentro da casa tentando achar ele.
--Ele morreu Ester, MORREU.-Nicolas grita.- por sua culpa.
--Eu não fiz nada, eu nem estava com ele, o que aconteceu pelo amor de Deus.- falo já chorando.
--Ele saiu daqui dizendo que ia no BK comprar um lanche para você, e na volta bateu com o carro e MORREU.-ele grita e se joga no chão chorando.

Fico paralisada olhando para Nicolas, começo a chorare gritar.
--Não, não...Você não ta falando a verdade.- digo me tremendo.
--Ele não morreu, ele está no hospital em coma, estamos indo pra lá.-O pai dele diz.
--Morrer e estar em coma é quase a mesma coisa.-Nicolas fala.
--Eu vou com vocês.-digo
E antes que Nicolas falasse algo, eu já estava no carro.

Ele estava lá, naquela maca, era ele mas ao mesmo tempo não era, eu não sei explicar.
Foram 3 meses, indo lá e ficando perto dele, cantando as musicas que ele gostava, na esperança que ele acordasse.
Mas na manhã de um domingo...ele veio a falecer.
E apartir dai, minha vida virou um inferno, com todos me chamando de assassina.

Eu não contei a verdade para Nicolas, eu preferi não fazer isso.

* * * *

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