Caindo na armadilha

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Nicolas narrando

Corro em direção ao portão e consigo ver Ester parada, provavelmente esperando sua amiga, me aproximo dela que me vê e finge que não vê.
--Não adianta fingir que não me viu.-digo parando ao seu lado.
--Infelizmente dessa vez não deu certo.-ela diz me ignorando.

Ela me irrita de verdade,

--Olha Ester, vim em missão de paz.-levanto minhas mãos em rendição
--Eu acho que você está querendo algo.-ela me olha desconfiava.

Eu to mesmo,

--Não to, na verdade sim...mas eu preciso muito da sua ajuda.-digo já impaciente.
--Fala logo.-ela diz
--Olha, você é muito boa em química, realmente não sei como consegue fazer isso, mas...eu preciso de ajuda em química se não vou ser cortado do time.-digo sendo até sincero.
--Tem muito mais pessoas inteligentes nessa escola, vá atrás de outro.-ela sai andando.

Eu realmente estou me segurando para não explodir com ela, que garota irritante,
Mas corro atrás dela.

--Ester, por favor, você foi a única que tirou 10 em química, me ajuda.-olho para ela.
--Tudo bem, mas vai ser do meu jeito, todo dia na minha casa as 15h.-ela diz e sai andando.
--Tudo bem, te vejo mais tarde então, obrigado!!.-digo alto já que ela estava andando.

Tudo bem, vai ser moleza...vou ganhar uma aposta e ainda ganhar nota boa, só preciso saber como conquistar essa garota.

Vou caminhando em direção ao meu carro e vejo que Amanda está encostada nele
--Vai arranhar a lataria.-digo me aproximando
Amanda me olha furiosa
--Eu quero mais é que arranhe mesmo seu filho da puta.-ela estava com raiva
--Calma -digo em tom de deboche-- Achei que já tinhamos conversado sobre tudo.
--Não, aquilo não foi uma conversa, só você falou Nicolas, como você joga fora seis meses de nossas vidas e não me da explicações?.-ela estava com lagrimas nos olhos.
--Amanda, você lembra quando começamos a namorar? Você mesma me disse que queria namorar comigo só para ser popular.-disse olhando em seus olhos.
--Mas isso mudou Nicolas, vai me dizer que em todo esse tempo, você nunca sentiu nada por mim ?.-ela me olhava

Passou 2 minutos e eu não respondi nada, então ela saiu batendo o pé.

Entro no carro e vou até minha casa, entro e vejo minha mãe senta no sofá olhando para o nada, vou até ela e a abraço.
--Oi mãe, como a senhora está hoje ?.-pergunto
Ela continua inerte e Maria a enfermeira aparece.
--Oi Nicolas.-ela diz
--Oi Maria, como ela esta hoje?.-pergunto ainda sentado ao lado da minha mãe.
--Do mesmo jeito de sempre Nicolas, você sabe que o melhor para ela é uma clinica de reabilitação.-ela me diz calma
--Não, o melhor para ela é ficar aqui na casa dela.-digo e vou em direção ao meu quarto.

Entro no quarto e começo a socar meu travesseiro, sempre faço isso quando estou com raiva, tenho que arrumar um jeito da minha mãe ficar melhor.

Des de que meu irmão morreu e meu pai foi embora, minha mãe começou a beber, bebeu tanto que ocasionou uma série de problemas, ela teve um derrame e ficou com sequelas, ela não fala, ainda...porque sei que ela vai ficar melhor.

Tomo um banho e me arrumo, desço para almoçar, dou um beijo em minha mãe e saio, entro no carro e sigo sem rumo, na verdade eu tinha um rumo certo, o banco da praça de frente para o lago, era aonde meu irmão costumava a vir aqui comigo.
Estaciono o carro  e vou até o banco me sento e coloco meus fones de ouvido, fico ali sozinho com meus pensamentos.

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