Acordo com meu celular tocando, era Nicolas, recuso a ligação e vejo que já são 17:00h, dou um pulo da cama e retorno a ligação.
--Eu dormi, desculpa. -Digo sem graça.
--Tudo bem, só que agora não vamos estudar mais, vamos para o cinema né. -ele fala manso.
--Tudo bem, vou me arrumar.
--Chego ai em 20 minutos. -ele desliga.Vou para o banheiro e tomo um banho rápido, faço cachos soltos nas postas do cabelo e passo uma maquiagem leve, procuro uma roupa e não acho nada que me agrade, resolvo por o que estava mais fácil.
Termino de me vestir e a campainha toca, desço apressada e abro a porta.
Nicolas estava muito bonito:--Uau.-Ele diz ao me ver.
--Uau digo eu. -digo rindo.
--Você ta linda. -ele me encara.
-O...obrigada, você também está. -sinto minhas bochechas queimarem.Entramos no carro de Nicolas e seguimos em direção ao cinema, fomos o caminho todo cantando juntos e rindo.
--E toda vez que você sai, o mundo se distrai .-Canto alto.
--Quem ficar, ficou. Quem foi vai vai. -Nicolas canta.Ele estaciona o carro e vem abrir a porta para mim;
--Uau! Que cavalheiro. -digo rindo.
--Não posso nem ser educado que já me zoa. -Ele diz sério.Estávamos na fila para comprar nossas estradas, o telefone de Nicolas tocou e ele se afastou para atendê-lo, permaneci na fila mas de longe vi ele andar de um lado para o outro preocupado, resolvi ir até ele.
Conseguir escutar ele falar nervoso;
--Droga!! Estou indo para ai agora.-ele desligou e me olhou.
--E...desculpa mas você parecia preocupado, achei que algo tinha acontecido -o encaro.
--Aconteceu, minha mãe não está bem, tenho que ir vê-la. -ele abaixa a cabeça.
--Eu vou com você. -coloco a mão em seu ombro.Fomos até o carro e o caminho até a clinica foi silêncioso.
Nicolas estacionou o carro de qualquer maneira e correu para a recepção aonde uma enfermeira alta e cheinha veio atendê-lo.
--Sua mãe está na sala de isolamento recebendo os medicamentos. -A enfermeira disse enquanto nos guiava até uma sala.
--O que exatamente ela teve ?. -Nicolas estava apreensivo.
--Ela não se lembrou aonde estava e ficou gritando por João, depois ela quebrou uma garrafa de vidro e tentou cortar seu pulso. -Ela fala séria e desvia o olhar para mim.Nicolas fica parado por alguns instantes e a enfermeira pigarreia para chamar sua atenção.
--Podemos vê-la?.-pergunto a encarando.
--Sim, mas precisam ter calma, ela pode não se lembrar de vocês. -ela caminha em nossa frente.
Nicolas estava coma cabeça baixa e seguro em sua mão, ele me olha surpreso;
--Vai ficar tudo bem -sussuro para ele.
Ele abaixa novamente a cabeça, só a levanta quando entramos no quarto.O quarto era branco, com uma pequena janela na parede direita, com vista para um jardim que precisava ser regado, Clara estava deitada em uma cama e seus pulsos estavam amarrados e havia ataduras neles.
--Tivemos que prende-lá, pois ela estava se debatendo muito. -a enfermeira disse baixo para Nicolas.Eu estava parada na porta e Nicolas se aproximou de sua mãe, colocou a mão por cima da dela e à olhava preocupado.
--Mãe? -ele chamou baixo.
--Oh meu querido...que bom que veio. -Sua mãe disse abrindo um sorriso.
Nicolas abriu um sorriso gigante e passou a mão nos cabelos da mãe.
--Eu vim mãe, como você está?.
--Estou bem meu amor, e seu irmão aonde está?.-ela pergunta e Nicolas me olha.
--Ele...ele vem depois mãe.-Nicolas diz baixo.
--Oh sim! Ele deve estar com a filha do Márcio, eles vivem grudados, mas você sabe que nem eu e nem seu pai, apoiamos esse relacionamento...mas acredito que seja só fogo de palha. -ela fala para Nicolas.Me viro para sair e deixa-los a sós mas aparentemente eu fiz algum barulho, pois ouço Dona Clara me chamar.
--Ester minha filha, como está sua mãe?. -ela diz e eu me viro.
--Oi Dona Clara, ela está bem...obrigada por perguntar. -digo me virando e caminhando em sua direção.
--Que bom, semana que vem estarei indo visitar ela no hospital, tenho certeza que ela vai sair dessa. -ela me encara e sorri.
--Estaremos esperando a senhora lá, ela vai ficar feliz com sua visitá. -retribuo o sorriso e desvio o olhar para Nicolas.Clara se cala e olha atenta para a janela, derrepente ela começou a se debater na cama.
--Mãe! Enfermeira, enfermeira! -Nicolas gritava.
--Quem é você? Me tira daqui eu preciso ver meu filho.-Clara gritava e se debatia.A enfermeira entrou e injetou algo em suas veias e ela adormeceu.
Nicolas sai apressado do quarto em direção ao jardim, corri atrás dele e ele estava sentado em um banco com as mãos em seu rosto.
Me aproximo dele e me sento, fico em silêncio, não sabia o que falar eu só o abracei e pareceu que era exatamente aquilo o que ele precisava.
--Obrigado por estar comigo. -Nicolas disse com a cabeça baixa.
--Eu sempre vou estar aqui. -Respondi baixo.❤ ● ❤ ● ❤ ● ❤
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Colisão
Novela JuvenilEster definitivamente já passou por muitas coisas. Nicolas definitivamente passa por muita coisa. Duas vidas com muito em comum mas ao mesmo tempo nada em comum. Mas de uma coisa podemos ter certeza, suas vidas irão colidir e tudo isso por causa de...