'ᴍᴏᴛɪᴠᴏs'

Meus pensamentos

Dois dias. Já se passaram mais dois dias sem alerta algum. Por força do habito, Peter verificava seu celular a cada cinco minutos. Tomando café da manhã, na mesa do notebook, escovando os dentes. Nada. Ele bufou, passava o tempo todo pensando o que estava rolando. Era apenas Wade não querendo trabalhar em equipe ou realmente não tinha trabalho para fazer?

Ele estava deitado em sua cama, apenas de calção quando seu telefone tocou. Ele fez um movimento rápido para pegar o celular e atender. Número desconhecido.

"Alô?"

"Hã, oi... Aqui quem fala é Wade Wilson, é você Aranha?" Falou do outro lado da linha.

Ele se sentou na cama.

"É... é sim." 

O outro lado ficou em silêncio por um momento, logo após um suspiro leve.

"Então, eu preciso da sua ajuda. Você poderia passar aqui em casa hoje a noite?" 

Peter limpou a garganta.

"Ah, sim. Posso sim. Mas... para que seria?"

"Sabe o nosso homem bem arrumado com perfume cheiroso?"

"Perfume?" Peter perguntou.

"É, ele mesmo. Ele e seus homens vão fazer outra entrega hoje a noite. Eu preciso da sua ajuda."

Peter passou a mão no rosto e depois no cabelo. Ele queria tanto prender aquele homem, não deixá-lo mais vender armas e contribuir para o crime. Mas ele sabia que não adiantaria, não sabia como ele tinha saído tão cedo da cadeia, e temia que não desse certo mais uma vez. 

"Qual o plano?" Perguntou, por fim.

"Conto quando chegar." 

Horas depois Peter - vestido de Homem-aranha -, estava na janela de Wade. Ele abriu para dá-lhe acesso. Entrou.

"Achei que você não viria mais." Wade disse.

Peter apenas soltou uma risada. Estava com seu casaco por cima do uniforme. Wade apontou um lugar onde ele podia o deixar. 

Wade se sentou na sua cadeira e rodou. Peter o encarou esperando alguma palavra. Porém ele permaneceu em silêncio.

"O que vamos fazer, Wade?" Perguntou.

"Precisamos ter motivos para aquele homem ser preso e não ser solto. Ele não pode vencer desta vez."

Peter chegou a prender a respiração. Ele sabia que Wade mataria aquele homem facilmente, mas teria seus próprios motivos. Ele nunca tinha ouvido Wade falar desta forma. Tão correto.

"Como?" Disse.

"Vamos arrumar provas suficientes. Aquelas armas só podem ser importantes para ele querer tanto, vamos descobrir e assim o entregar."

Peter se perguntou se seria fácil assim. Ele queria tanto terminar com isso.

"Como faremos, então?"

"Temos o endereço dele, vamos atrás de alguns documentos ou coisas do tipo. Não é isso que as pessoas usam para provas?"

Peter concordou com a cabeça. Não era o melhor plano, mas não custava tentar.

Estavam dentro do escritório faziam cinco minutos. Chegaram no endereço há pouco tempo, e conseguiram entrar no prédio por uma janela aberta. Wade procurava em várias pastas algum papel que dizia algo importante, enquanto Peter tentava hackear o computador do escritório.

Wade começou a contarolar uma canção, Peter apenas o olhou. O computador deu acesso.

"Entrei." Falou.