Introdução

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Quando não posso falar, só me resta escrever.

E eu escrevo.

Escrevo tudo que sou. A parte de mim que nunca revelo. O que me dói não ter feito diferente, ou chega a me enjoar de tanto arrependimento. Aquilo que quero deixar de pertencer e ao mesmo tempo quero manter vivo em palavras.

Escrevo tudo que não sou. Algo que vejo em alguém, ou que gostaria de ver no espelho. O que me faz suspirar. Aquilo que não sei se poderei tornar real algum dia, mas que registro em palavras para não perder a chance.

Escrevo com a mesma intensidade que falo: sem parar e quando paro me sinto sem graça por estar sem assunto. Mas quando escrevo liberto tudo aquilo que não teria coragem de dizer em voz alta. Quando não posso falar: escrevo.

Quando não posso falarOnde histórias criam vida. Descubra agora