#1- following the dream (1/2)

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°Seguindo o Sonho (primeira parte)°
Por: Yaoki_Yu

-Ande logo! Vamos perder o vôo -Jacob me gritava da entrada do apartamento.

-ja estou indo... - falo puxando duas malas pesadas -Talvez de você me ajudasse seria mais fácil -falo fazendo cara feia para o maior.

Ele corre ate mim, pegando uma de minhas malas um pouco estressado, e as carregando. Entramos no táxi que ja nos esperava na porta, e durante todo caminho, evitamos conversa.

Jacob era meu namorado, ele tinha um porte físico bem estruturado, e seus cabelos eram castanhos. Ele usava roupas simples, porém bem arrumadas, de forma elegante e confortável. E eu? Eu sou Rebecca, sou aluna de direito, e moro em Nova York, e nesse exato momento, estou breve a pegar um vôo e passar o natal mais meus pais. Jacob e eu nos conhecemos a 3 anos, e seguimos essa rotina toda vespera de natal a dois anos, quando começamos a namorar. Era tradição ir passar o natal na pequena cidade de Santa Barbara, aonde eu passei parte de minha adolescência.

Encaro Jacob nervosa, ja que as notícias que contaria nessa ceia de natal não era a das mas agradáveis a ele. Me movimento no banco traseiro do táxi, ficando mais proximo dele e me envolvendo em seus braços. Porém como sempre, ele corta minha aproximação.

-Rebecca, por favor -ele fala tirando seu braço de volta de meu pescoço e me olhando com cara feia -eu ja disse que não gosto de muito grude na frente dos outros.

-o unico aqui e o taxista -falo revoltada apontando para o moço que dirigia, e me virando de lado logo em seguida. Enquanto encarava a paisagem da floresta de prédios, fico pensando o quanto meu namorado era um completo idiota.

"Se por acaso ele soubesse que ficara longe de mim durante duas semanas, aposto que não ligaria para os outros" penso enquanto olhava pela janela, um casal de mãos dadas. O resto do caminho para o aeroporto foi um completo silêncio. E as coisas não mudaram muito até a hora de embarque, aonde ele colocou seu fone e se sentou em uma poltrona. Quem visse de fora, nunca diria que somos namorados.

Quando finalmente estávamos desembarcado, Jacob pegou em minha mão, voltando a agir como deveria ser. Talvez fosse pelo fato de meus pais estarem esperando do lado de fora, mas não ligava para isso, só queria aproveitar o momento. De longe, vi uma mulher já de idade, segurando nas mãos de um homem maior que ela. Não tinha duvidas, meus pais estavam nos esperando no salão de desembarque.

-MAE, PAI- falo me soltando das mãos de Jacob, e correndo ao encontro no meus pais, que me receberam de braços aberto. Como era de se esperar, mamãe chorava sobre meu ombro enquanto me dava seu abraço mais apertado, dizendo "Como minha filha cresceu".

-Bom ver você por aqui Jacob -meu pai fala batendo no ombro de meu namorado, enquanto o mesmo sorria -Vamos logo, tenho varias coisas de homem para fazer mais o Jacob -papai dizia a mim e minha mãe, pegando em minhas costas e me dirigindo ate a sala de bagagens, ele e Jacob vão até a esteira pegando toda a bagagem, que logo foi colocada no porta malas.

Logo, com todos dentro do carro, partimos rumo a minha antiga casa. Enquanto passávamos de carro pela pequena cidade, sinto uma nostalgia me invadir. Passei que minha vida toda ali, e nunca tive planos de sair, mas como sempre, nada na vida e como queremos. A vida em Nova York conseguia ser agitada e sem sentido as vezes, e por mas que tivesse Jacob, me sentia solitária. Gostaria de voltar no tempo, e nunca ter saído daqui.

Meus pensamentos é interrompidos pela nossa chegada em minha antiga casa. De dentro do carro podia ver a casa de dois andares, com paredes claras. Respiro fundo e abro a porta do carro e olhando e volta, quanto respirava o cheiro do mar fresco. Antes que pudesse fazer qualquer coisa seguinte, escuto gritos em meu nome.

-REBECCAAA -vejo um pequeno projeto de ser humano atravessando o gramado da antiga casa -VOVÓ, A REBECCA CHEGOU!! -ela anuncia para a casa antes que chegasse ate mim.

Quando vejo a pequena chegando perto, abro meus braços para receber seu abraço apertado. Assim que a mais jovem me abraça fortemente, me levanto, levando ela para o alto.

-Senti sua falta maninha -ela me fala, se afastando para que pudesse ver meu rosto, e logo em seguida olha para a porta da casa, que agora tinha uma senhora de idade avançada se apoiando em uma bengala -Vovó tambem sentiu sua falta.

Sem dizer mais nada, atravesso o gramado com a pequena ainda em meu colo, e vou ate a idosa que ostentava um sorriso gentil.

-vovó- falo abraçando ainda com a minha irma em meu colo, transformando aquilo, em um abraço em grupo.

-minha neta querida -ela fala em meu ouvido, de forma que somente os presentes no abraço em grupo pudesse ouvir- Ainda está naquela faculdade sem sentido que seu pai obrigou a fazer? -apenas afirmo com a cabeça, enquanto sorria de seu jeito de se expressar.

Todos achavam que vovó havia ficado meia louca, mas o que ninguém entendia era que ela era uma das mais inteligentes ali. Ela fazia parte do grupo de três pessoas que apoiavam meu sonho na carreira de maquiagem. Mas isso e história para depois, penso, voltando a realidade.

Entramos, e minha irmãzinha, Viollet nos direcionou até meu quarto antigo. Papai e Jacob me seguiam, carregando as malas pesadas.  Ao chegar no quarto, a pequena abre a porta, revelando meu quarto do mesmo jeito que deixei.

Minha cama de casal, estava coberta com meus lençóis favoritos de minha adolescência. Minha parede, coberta com fotos de momentos antigos, com minhas antigas amigas. Meu armário aberto, mostrava meus sapatos e roupas que não me serviam mais, junto a algumas caixas. Tudo do mesma forma que deixei a três anos atrás.

-minha parte favorita de vim aqui -falo entrando no quarto, e prestando atenção em casa detalhe- e ver meu quarto da mesma forma de minha adolescência, e como se voltasse no tempo -sinto meus olhos encherem de lagrimas, mas seguro fortemente.

-então essa felicidade não e de finalmente ver seus pais? Mesmo depois de um ano longe? -mamãe fala fazendo drama.

- Mãe, por favor -falo sem a encarar- se me quisessem mesmo por perto, não me obrigaria a morar em Nova York - percebo que havia dito algo errado, e coloco a mão na boca, finalmente me virando e encarando todos ali.

-Tem razão, não amamos você, odiamos tanto você que pagamos faculdade e moradia para você ter quem sabe, um futuro -mamãe fala ficando brava e todos ficam em silêncio, mas papai resolve se pronúncia.

-Querida... -ele fala pegando em seu ombro, mas em um gesto rapido, ela tira as mãos e sai batendo o pé estressada.

Aos poucos, todos saem, deixando somente eu e Jacob no quarto. Olho no celular e vejo que ainda são meio dia, e sem dizer nada a Jacob, sai por ai sem destino.

Ando pela as ruas, e todos me comprometam. A cidade estava animada, pessoas andavam para la e para cá, ansiosos para a ceia de natal. "Feliz natal Rebecca, bom ver você aqui novamente" uma mulher, que era dona de um restaurante me diz, e eu respondo, sorrindo para seu filho que brincava mais seus amigos do lado de fora. O vento frio do inverno bate em meu rosto, e meu corpo todo se estremece de frio. Resolvo então voltar a minha casa.

{Continua...}

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