Capítulo 2

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“Acho que devíamos discutir a nossa situação.” O Luke disse, dando-me uma chávena de chocolate quente, como o que tomámos na noite passada.

Bocejando, abanei com a cabeça. “Sim, provavelmente isso seria inteligente.”

Bebendo um gole da sua própria chávena, o Luke diz “A tua mão deu-te algumas instruções? Disse-te para a contactares? Ou qualquer coisa sim?”

Bati com o meu dedo contra a asa da caneca, pensando. Abanando com a cabeça, respondi “Não. Ela disse para vir para aqui até esclarecer tudo com os Extincts.”

O Luke assentou com a cabeça e parecia estar a pensar em alguma coisa. “Tens alguma maneira de a contactar?”

Abanei com a cabeça. “Não, a mãe não quer que ninguém nos contacte.”

“Então, nenhum telemóvel para o qual possamos ligar?”

Abanei outra vez a cabeça.

O Luke suspira. “Bem, então acho que deves ficar aqui até ela dizer qualquer coisa.”

Assenti. “Desculpe, eu não me queria tornar um fardo.”

O Luke franziu as sobrancelhas. “Eu não queria dizer isso. Tu não és um fardo. A tua mãe teria tomado conta do meu filho, se a situação fosse ao contrário.”

Eu sorri “Obrigada.”

O Luke sorriu. “Se isso fosse o nosso único problema…”

“O quê?”

“Bem, os Extincts sabem sobre ti, certo?” O Luke bebe outro gole do chocolate quente.

Abanei a cabeça. “Sim.”

O Luke passa a mão pelo cabelo em frustração. “ O meu medo é que eles te queiram engravidar. E, se estou certo, ainda não o tentaram…”

Corei, embaraçada. “Não, o homem veio ter comigo para me assustar, não para tentar mais nada…”

Ele assentiu. “Então isso significa que eles vão voltar a tua casa e não ficar contentes por não estares lá.”

“Não achas que eles vão magoar a minha mãe, pois não?” O medo dominou-me. “Ou os meus irmãos?”

“Não, eu sei suficientemente bem a tua mãe para saber que ela tem algum plano. Talvez ela diga que tu fugiste, ou algo assim.”

“Bem, eu fugi.”

“Sim. Mas tenho a certeza que a tua mãe os vai convencer que não teve nada a ver com isso. Ela consegue ser convincente.” O Luke bebe o último gole do seu chocolate quente.

“Então, qual é o problema?”

“Bem, é óbvio, não é? Os Extincts querem-te a ti. Quando é que eles quiseram alguma coisa e não a conseguiram?”

Tomei um gole do meu chocolate quente, mas está frio, agora. “Mas eles não me vão conseguir encontrar- não há nada que me ligue a si. Além do mais, porquê que eles iriam gastar tempo à minha procura? Há montes de raparigas por aí. Mais bonitas.”

“Porque, se as pessoas descobrissem que há uma maneira de dar a volta à lei- que uma rapariga de 16 anos fugiu dos Extincts- isso pô-los-ia mal vistos.”

“Mas mais ninguém sabe que eu existo.”

Enquanto pegava em ambas as chávenas frias e as colocava na banca, ele diz “Bem, isso foi provado que não é verdade.”

Eu suspirei. “Isto é tudo tão confuso.”

“Alguém quer que os Extincts te encontrem, alguém em que não estejamos a pensar. Nomeia todas as pessoas que sabem sobre ti.” O Luke volta a sentar-se à minha frente.

Extinction {H.S} PTOnde histórias criam vida. Descubra agora