O Acidente

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O tempo estava gélido e chuvoso, em passos apressados Bakugou corria pelas ruas ensopadas de água, se xingava mentalmente por não ter ido de carro pro trabalho.

Parou ofegante em frente a faixa de pedestres, já que o sinal estava vermelho. Contudo uma pessoa passou por ele correndo muito rápido, acabou que não teve tempo de avisar que não podia atravessar, no que resultou na pior cena que poderia presenciar.

Um carro a jogou longe, o impacto foi tão forte que a pessoa pareceu voar. O carro freou, mas era tarde de mais, o corpo da pessoa estava caído no chão completamente apagado. Katsuki pensou que o dono do carro a socorreria, porém o carro deu meia volta e acelerou.

O loiro ficou com puto e incrédulo com a coragem do motorista de deixá-la ali, desgraçado, ele correu até a pessoa preocupado, chegando até o corpo, percebeu ser de uma mulher de longos cabelos castanhos, ela usava uma camisola totalmente suja e que por causa do acidente, estava em pedaços. Ligou para ambulância e ficou ao lado da moça até a ambulância chegar, e logo após a sua chegada, sentiu que precisava acompanhá-la para ter certeza que ficaria bem.

Ao chegar no hospital se responsabilizou de cuidar dos exames da moça, até porquê, ela não tinha identidade, nem dinheiro.


[....]

Ficou no hospital mais ou menos por três horas e meia, a moça havia acordado, um pouco conturbada. Depois de um tempo, quando ela finalmente começou a se acalmar, eles falaram que Bakugou poderia conversar com ela.

Ele andava pelos corredores até o quarto da moça, pensando em como fazer as perguntas sem parecer rude. Sabia muito bem não era uma pessoa muito sociável, ainda mais com estranhos.

Abriu a porta e viu a mulher que havia salvado deitada na cama, estava olhando um canto fixamente, até ouvir o rangido da porta. Rapidamente olhou em sua direção.

-... Olá. - Acenou ficando em frente a ela.

A mesma parecia assustada ao ponto de não respondê-lo, ele entendeu, não se sabe o que ela passou para estar tão assustada.

- Você foi atropelada, acho que os médicos já falaram isso, como eu vi o acidente chamei ajuda e vim com você para o hospital... - Dizia suavemente, queria saber se ela tinha algum parente para poder chamar.

A mulher novamente ficou em silêncio total.

- Posso saber seu...nome? - Perguntou começando a ficar envergonhado e irritado com o silêncio vindo da garota.

- Ochako...- Falou tão baixo que foi um milagre Bakugou ter escutado.

- Ochako, você tem algum parente que possa chamar em emergências? - Quando terminou a frase sentiu ter sido direto demais.

A mulher ficou calada e meio pálida,  ficou preocupado e muitas coisas começaram a passar pela sua cabeça sobre a moça.

- T-tudo bem, se você não tiver... Eu já cuidei de tudo do hospital...

- N-não...família. - Disse um pouco mais alto para o maior ouvir.

- Então você mora sozinha? Onde você mora? - As perguntas do homem deixavam a moça confusa, tinha leves imagens de onde vinha, "casa" essa palavra a deixa completamente desconfortável, de uma coisa ela tinha certeza, não voltaria nunca para sua "casa".

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