Lembro-me de quando criança, bem nova, ainda com os ouvidos virgens quanto à ouvir palavras consideravelmente tristes e cheias de mágoas sobre mim e para mim. É bem recente pra mim algumas lembranças que me fizeram chorar e me faziam pensar em quê eu, uma criança, errava tanto.
Me recordo de minha mãe dizendo o quão nova me teve e que eu fui uma criança que não parava de chorar noite ou dia, e que isso deixava-a maluca. E então eu penso em quantas vezes a minha mãe pode não ter me querido e pensado em desistir de mim, mas ela nunca o fez. E refletindo, eu lembro de todas as coisas que já fiz e aprontei, mentiras que contei e vivi só para que eu fosse uma amiga legal para pessoas que não eram meus amigos de verdade, e me tornei uma filha desgostosa de se ter. Mas eu ainda estou aqui, minha mãe está do meu lado, assim como várias outras pessoas que poderiam ter tido seus motivos pra me esquecer, mas ainda estão aqui.
Concluo que nós causamos um impacto na vida de outrem muito maior do que podemos imaginar, e que provavelmente as pessoas que mais machuquei são as que ainda estão caminhando comigo, porque o amor tudo vê, e assim, tudo suporta.
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Do Caos floresceu o Infinito
PoesíaMinha boca, já seca, dificulta dizer tais verdades não absolutas. Verdades essas do dia a dia, dos que amamos, desprezamos, admiramos, desconfiamos, e de todos os sentimentos que sou e já fui capaz de sentir. Sensação incessante essa de Arte, querê...
