Capítulo 7

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Ao abrir os olhos senti um agonia e um mal estar terrível, a máquina apitava e minha cabeça parecia querer explodir, tento me levantar mas todas as dores apareceram no meu corpo então apenas volto a deitar esperando algum enfermeiro.

Fico alguns segundos escutando a máquina contando os batimentos cardíacos e vendo o soro pingando, minha mãe aparece na porta com um olhar preocupado e vem até mim apressadamente.

- Minha bebê, como você se sente? - pergunta me analisando.

- Sinto que dez mil agulhas foram enfiadas dentro de mim, fora isso acho que estou bem. - a tranquilizo.

- Eu fiquei tão preocupado quando seu irmão ligou para nós, avisando do ocorrido. Como você está minha princesa? - meu pai pergunta adentrando o quarto.

- Vou ficar bem, não se preocupem! - respiro fundo e me aconchego mais no colchão.

Logan havia chegado um tempo depois e me perguntado se eu estava bem, e mesmo sabendo que todos estavam preocupados com minha saúde já não aguentava mais todos falando sobre a mesma coisa, eu não estava bem e provavelmente nunca ficaria, mas a última coisa que eu queria era envolver meus pais nessa situação novamente.

Depois de me situar das coisas com meu irmão, ele me contou que a Sunny ficou muitas horas aqui comigo mas meus pais obrigaram ela a ir descansar pois ela tinha que voltar para casa amanhã. Também me disse que as meninas se sentiram muito culpadas quando descobriram mas tiveram que ficar na casa para arrumar as nossas malas, não liguei muito e não podia reclamar afinal eu era um fardo na vida de todos. Se não fosse pela medicina não teria nenhum outro objetivo na vida, nada parecia fazer sentido e não tinha mais vontade de querer algo pra mim. Toda a minha família e pequena lista de amigos tinham objetivos, sonhos e várias coisas a fazer, mas eu parecia a mesma ao longo de todos os anos.

O médico apareceu no quarto e nos avisou que eu estava liberada para ir pra casa, passou uma receita com alguns remédios, não olhei a receita mas pelo olhar tenso da minha já imaginava o que iria acontecer.


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Ainda na noite anterior

Alguns carros paravam na frente do luxuoso hotel que os Parker gerenciavam, se tinha uma família que ajudava na economia do país era sem dúvida os Parker. Possuíam ações em todos os ramos, desde hotéis, lojas, empresas de grande porte de administração e por aí vai. Robert sai do seu carro abrindo a porta para sua esposa que logo segura sua mão. Anne como sempre está impecável e digna de tapete vermelho, a mulher mesmo com na casa dos cinquenta era tão graciosa que sua idade era facilmente confundida.

Os dois logo passaram pelo hall da entrada e são atendidos pela gerente que os recebeu com uma reverência sendo seguida pelos outros funcionários. Os Parker seguiram indo para o o último andar onde encontrariam seus amigos de longa data no quarto alugado, quarto esse que mais parecia uma casa de tal grande que era.

Umas três vezes no mês o grupo de amigos se encontrava. Falavam sobre como era antigamente e as idiotices que cometiam naquela década, a primeira geração dos Killers havia construído um império gigantesco e começaram sem um mísero dinheiro no bolso, afinal suas famílias não tinham grana e se sustentavam com o básico. Já hoje podiam dar tudo do melhor para seus progenitores, uma simples gangue se tornou um vasto império.


Alguns dos casais de amigos já estavam esperando e bebendo alguns drinks oferecidos pelo hotel, se cumprimentaram com abraços e apertos de mãos logo sentando em uma mesa grande na sala.

- A reunião de hoje é para tratar assuntos importantes que iriam interferir o futuro do grupo TK, já sabemos as condições mas precisamos das opiniões de vocês para saber se todos concordam com isso! - o Jones mais velho fala atraindo o olhar de todos.

— Ainda não concordo com o fato de termos que casar nossa filha com Jason! - Robert reclama atraindo olhares em sua direção.

— Querido, o acordo já foi feito! A Lina é maior de idade e além do mais não é qualquer pessoa é o nosso garoto, o Jason sempre foi muito paciente todo esse tempo e protegeu a Lina diversas vezes. Vai ser difícil quando ela descobrir que mentimos para ela, mas precisamos fazer isso.- a mulher o tranquiliza.

Jason e Lina

Eles eram os próximos herdeiros do grupo TK, possuíam uma fortuna incontável que era capaz de alimentar um país inteiro, cresceram juntos até a Lina fazer 6 anos quando a garota foi embora de sua vida. A mesma sempre perguntava por seu amigo, afinal foi embora da mansão de seus tios de consideração deixando de lado seu melhor amigo, com o tempo ela parou de perguntar sobre o garoto e acabou esquecendo.

Já Jason que era três anos mais velho que a jovem, assumiu muitas responsabilidades e começou a ter várias aulas e ser treinado para ser o próximo líder do grupo.

Os dois se afastaram e todos sabiam o quanto Jason sentia falta dela, eles eram muito apegados e por ser mais velho sentia a obrigação de cuidar dela. Estariam frente a frente em breve e por mais que o garoto sentisse saudade, sabia o quão assustador e confuso seria a partir dali, mas se tinha uma coisa certa é que ele cuidaria de Lina quantas vezes precisasse, ela era alguém muito especial na vida dele.


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Definitivamente eu odeio todos esses remédios que os médicos passam, eram sempre os mesmos e nunca surtiu o efeito diferente, só serviam para me deixar enjoada e fraca. Quando chegamos em Los Angeles minha mãe fez questão de me seguir para onde eu fosse, ela sempre age assim quando acontece algum surto. Eu odiava esses momentos.

A avisei que queria descansar no meu quarto, viagens sempre me deixavam cansada e também queria ter umas horas sozinhas onde ninguém me visse como uma pessoa frágil e fraca.

Deito na cama e coloco uma música no meu celular baixinha para que eu consiga dormir. E assim eu tento pregar os olhos rezando para ter o privilégio de conseguir se livrar dos pensamentos que me assustavam.

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