CAP 4

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Comecei a trabalhar, está tudo perfeito. Minha equipe é maravilhosa.
Em meio a loucura do trabalho, de vez em quando me pego pensando em Pedro. Não o vejo nem converso com ele a 2 dias, mas prometi pra mim que não iria ligar.

Ouço 2 toques na porta:
-Olá?

-Sim, pode entrar.

Era Luiz o médico que trabalha no consultório ao lado do meu.

-A senhorita quer almoçar comigo?

-Sim... Obrigado pelo convite. -respondi com as bochechas vermelhas.

Não tinha como eu recusar o convite, soaria mal, aceitei por educação e pela gentilez do rapaz.
E que rapaz hein? Ele parecia um anjo, cabelos loiros, rosto e corpo maravilhoso.

Estou aqui almoçando e olhando para esse Deus grego e querendo a companhia de Pedro.

-E então Laura, de onde você é?

-Sou de Florianópolis... na verdade nasci aqui, mas me mudei pra lá, fui adotada com 2 dias de vida.

-Nossa que história. E seus pais biológicos você não conhece?

-Não.

-Mas não tem vontade?

-Nunca pensei nisso, até mesmo porquê meus pais adotivos são maravilhosos.

Tratei de mudar de assunto rapidamente, não gosto de entrar em detalhes.

Na volta ao hospital recebi uma mensagem de Pedro. Não abri a mensagem perto de Luiz, deixei para ler sozinha.

"Oi Lalinha! Sonhei com você essa noite."

Meu coração acelerou. Meu Deus,estou parecendo uma adolescente. Meu celular começou a tocar e eu mal podia conter minha ansiedade.

-Alô.

-Recebeu minha mensagem, Lalinha?

-Sim, recebi... Eu já ia responder. E aí com o que você sonhou? -Disse rabiscando um papel sem parar.

-Te conto hoje pessoalmente. Posso ir em seu apartamento hoje? Eu levo o jantar.

-Claro que pode...

-Então combinado, levo o jantar e 2 garrafas de vinho caso você queira me agarrar hoje novamente. -Ele disse rindo.

Terminei meu plantão e no caminho de casa falei com meus pais, eles ligam todos os dias. Que saudade que eu estou deles.
Meu coração chega a doer,queria tanto um abraço da minha mãe, ter o colo do meu pai e a companhia de Julia.

A campainha toca, eu me levanto arrumo meu vestido e vou em direção a porta.

Quando eu abro me deparo com Pedro segurando um buquê de rosas vermelhas lindas e uma sacola que provavelmente seria nosso jantar.

Ele me entregou as rosas e eu o abracei sem jeito.

Jantamos e eu contei meu dia todo para ele (menos que fui almoçar com Luiz), sinto falta de conversar com alguém.

-E então, me conta seu sonho. -O encarei tomando um gole de vinho.

-Sonhei que eu estava aqui com você e eu estava muito feliz, como estou agora. -Ele disse sério olhando em meus olhos.

-Você é feliz aqui comigo? Mas você mal me conhece.

-Não importa se eu te conheço, você me faz bem.

Meu sorriso escapou inconsequentemente, resolvi disfarçar minha timidez diante aquelas palavras fazendo uma pergunta.

-Qual sua profissão, Pedro?

-Trabalho com meus pais, eles são empresários, temos 2 restaurantes aqui na cidade.

-Que bacana. Qualquer dia vamos jantar lá.

-Sim claro! Pode ser essa semana.

-Por mim tudo bem.

-Eu trouxe um filme para assistirmos, você topa?

Claro que eu iria topar. Fui pegar uma coberta pois o tempo estava frio.
Deitei em seu ombro e começamos a assistir, era uma comédia muito boa
No meio do filme ele começou a fazer carinho em minha mão e beijar minha cabeça.

É claro que eu não iria me conter olhei para ele e senti meu coração acelerar. Nos beijamos, foram longos minutos de carinho. E mais uma vez ele quis ir embora.

-Eu vou indo, Lalinha.

-Já? Fique mais um pouco.

-Não, já deu minha hora.

Ele se levantou pegou suas coisas e o acompanhei até a porta.
Demos um longo abraço e nos beijamos novamente.
Encostei minha testa na dele e fiquei com os olhos fechados.

-Lalinha, você é especial. -ele disse bem baixinho.

-Você também. -falei o abraçando forte.

Deitei em minha cama e tentei dormir mas foi em vão. Não consegui parar de pensar em Pedro. Nunca senti algo assim.
Que MERDA, estou apaixonada.

Meu SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora