Meu Segredo

CAP 7

O dia tão esperado por mim chegou. Hoje meus pais chegam.
Acordei mas não me levantei, estou olhando para Pedro dormindo e pensando que sorte a minha por ter esse homem ao meu lado.

A campainha toca. Quem poderia ser? Combinei de encontrar meus pais na praça central. Olhei para Pedro e ele nem se moveu, está com o sono pesado.
Me enrolei em meu roupão e fui até a porta, quando abri, uma surpresa.
Um rapaz com um buquê de rosas e uma cesta de café da manhã. Fiquei confusa, foi quando senti o abraço de Pedro pela minhas costas.

-Feliz aniversário, meu amor.

-Para você também. -peguei as rosas e o abracei.

Entreguei o presente que eu comprei de última hora para ele no dia anterior. Um relógio que pela cara que ele fez acho que ele gostou.
Tomamos café na cama, achando tudo aquilo Ilário.

-Lalinha, ontem quando passei em casa pegar roupa para vir aqui, ouvi minha mãe conversando ao telefone e tenho quase certeza que era com Suzana, estão armando uma festa surpresa para mim, e sinceramente, não quero ir. Não aguento mais isso, não aguento mais agir com gentileza a coisas que não me agradam.

-Então fique aqui comigo e meus pais. Vamos a algum restaurante almoçar e depois levamos eles passear em algum lugar. Eles são fantásticos, pessoas maravilhosas.

-Se não for incomodar eu fico.

Tomamos nosso banho juntos, arrumamos nossa bagunça e partimos a espera de meus amados. Meu pai quis vir de carro, sim, ele é teimoso e quis vir dirigindo mais de 500 km.

Eles me ligaram dizendo que estavam perto. Parecia que Pedro iria ter um "treco", as mãos suavam, ele arrumava a camisa, a calça, o cabelo, e eu ria muito pois meus pais nunca iriam reparar em roupas e penteados.

Enfim chegaram, não pude conter as lagrimas, era um misto de felicidade e saudade. Abracei minha mãe primeiro pois ela saiu correndo do carro chorando (ela sempre foi exagerada), depois agarrei meu pai, meu pai sempre me deu colo, ele é muito amado, e por último, Júlia, a minha metade, a pessoa que faz uma falta gigantesca em minha vida.

Depois de uns longos minutos lembrei de Pedro. E quando o apresentei todos o receberam muito bem, fomos direto a um restaurante.

Pedro se inturmou mais rápido que eu imaginava, no meio do almoço ele pediu para falar uma "coisa", todos ficamos quietos e ele se levantou tirando uma caixinha do bolso.

-Eu quero dizer aos pais da Laura que ela é uma mulher especial, inteligente, incrível, que a minha intenção é a melhor possível para com ela. Por isso quero pedir a mão dela em namoro. E deixar vocês com a certeza de que ela estará em boas mãos.

Ele me levantou colocou a aliança em meu dedo e beijou minha mão.

Ah... depois dessa meus pais se derreteram por Pedro. E quando souberam que ele também era aniversariante eu fiquei em segundo plano.

Eu podia ver felicidade no olhar da minha família. Estou tão Feliz que nada pode estragar essa nova fase da minha vida.

Essa noite Pedro não dormirá em minha casa. Meu apartamento não é tão espaçoso e minha família vai passar a noite lá comigo.

Acomodei meus pais no quarto de hóspedes e Júlia dormirá comigo, precisamos do nosso tempo para por a conversa em dia.

A campainha toca sem parar, não pode ser Pedro ele não iria fazer isso.

-Já vai, já vai!!!

-Oi dona Laura, não esqueci o seu aniversário, vim dar os parabéns.

Meus pais assustaram e se levantaram. Como Luiz não tem vergonha na cara ele entrou abraçou minha mãe meu pai.

Eu expliquei que ele era meu parceiro de trabalho e apresentei meus pais e Julia para ele.

-Vim te trazer um presente, florzinha. -ele disse tirando um embrulho pequeno do bolso de dentro de seu blazer.

-Obrigado, Luiz. -O abracei.

Era um conjunto lindo de jóias, com pedras discretas, cor rosa clara, que vai combinar perfeitamente com meu jaleco.

Pude ver os olhos de Júlia brilharem ao ver aquele homem. Ele era muito charmoso e um pouco convencido também, mas sua companhia era amável.

Como Luiz não é bobo, percebeu o jeito nada discreto que Julia o olhava.

-Vamos sair para comemorar.

-Não, estou cansada vou ficar em casa.

-Vamos Julia beber alguma coisa então? -Disse Luiz a Julia.

Julia olhou para mim não sabendo o que responder.
Como eu sei que ela queria dizer sim, ja dei logo um empurrãozinho.

-Pode ir Julia, você vai estar em boas mãos.

E eles foram. Julia safadinha, trocou nossa noite de conversa por uma noite com um bonitão.

Me deitei e liguei para Pedro.

-Oi amor.

-Oi Pedro ja estava dormindo?

-Não, Lalinha. Meu pai não passou muito bem estou fazendo companhia para ele aqui na varanda de casa.

-Melhoras a ele.

Já são 4 da manhã, eu estou fazendo um chá, pois não consigo dormir e o pouco que peguei no sono tinha pesadelos com o pai de Pedro.
Uma preocupação imensa tomou conta do meu coração, não sei o motivo, mas eu estou sentindo algo estranho que não sei explicar. E eu nunca vi o pai dele.

Julia chega com os sapatos nas mãos, estava um pouco alterada, mas não muito.
Chegou me abraçou rindo e disse estar apaixonada. Olhei bem para ela fingindo não acreditar, e caimos na gargalhada.

Ela se deitou ao meu lado, eu a abracei como sempre fazíamos, e pegamos no sono. Perto de Júlia me sinto segura ela e a irmã que eu não tive.