Cristal narrando:
Se eu pudesse, mandaria essa tal de Verônica embora dessa casa num piscar de olhos, garotinha insuportável, tenho pena da mãe dela que ficou 9 meses com esse ser humano na barriga, se é que posso chamar ela de ser humano. Tenho que parar de ficar pensando nessa idiota e pensar em algo mais importante, tipo o meu Jorgito que estava prestes a chegar aqui em casa para jantar comigo e com meus pais. Meus pais entre aspas, mas Marcos é como se fosse meu pai, agradeço a Deus por ter colocado ele na minha vida, porque se não fosse meu padrasto, acho que hoje eu não teria mais uma referência de pai, e com ele eu tenho mais do que isso, eu tenho um grande amigo que eu posso confiar.
Jorgito havia mandado uma mensagem no whatsapp dizendo que tinha chegado aqui em casa, então desci e abri a porta para ele entrar.
Jorgito: Oi minha princesa. - nos beijamos carinhosamente - Que cheirosa que minha namorada está.
Cristal: Eu sou cheirosa meu amor.
Jorgito: Está preparada para a 2ª fase senhorita design de moda?
Cristal: Mais do que preparada, já até pensei nos dois mil e quinhentos desfiles que vou preparar. E você senhor médico?
Jorgito: É a 6ª fase, então tudo vai complicar mais ainda, minha cabeça anda pilhada demais com tudo que estudei e que tenho que estudar. Ainda bem que tenho uma namorada linda que pode me ajudar a ficar melhor.
Cristal: Sou seu remédio, doutor?
Jorgito: Mais do que isso, só meu remédio.
Minha mãe nos chamou para jantar, Jorgito cumprimentou todos, até a queridinha da Verônica. Ficaram com aquele blá blá blá de Los Angeles, do novo filme que a mãe da enteada vai fazer e foi isso a janta toda.
Após acabarmos de comer, eu e Jorgito fomos assistir um filme na sala. Aproveitamos que estava friozinho e ficamos agarradinhos entre o edredom. Senti suas mãos percorrendo minhas pernas até meus seios, gostava daquela sensação, porém estava naqueles dias ruins e não poderia fazer nada daquilo que queria poder fazer.
Cristal: Hoje não dá. - dei um selinho rápido nele - Estou em dias ruins mô.
Jorgito: E eu não posso receber nada?
Cristal: Não, porque aí você vai estar sendo egoísta.
Jorgito: Então está bem, não vou ficar implorando.
Fomos interrompidos pela Verônica que jogou uma camisinha ali da escada até o sofá.
Verônica: Usem camisinha.
Cristal: Muito engraçada você.
Podia-se dizer que eu não iria aguentar essa intrusa na minha casa, as brincadeirinhas que ela fazia já estavam me irritando, até mesmo saber que estou respirando o mesmo ar que a tal Verônica respira, me irrita bastante. Além de ter que aturá-la na mesma casa, eu simplesmente aturaria na mesma sala, nos formaríamos juntas e provavelmente ficaríamos disputando uma vaga no mundo da moda. Para ela talvez fosse mais fácil, já que a sua mamãezinha é atriz, diferente de mim, que sou filha de uma engenheira química. Mas não me importaria nem um pouco de ter que passar por cima da "Vevê" para alcançar meus sonhos, até porque cachorro que late não morde.
Acabei pegando no sono enquanto Jorgito fazia cafuné em mim, acordo com meu padrasto gritando com sua filha nem um pouco interessante.
Marcos (pai de Verônica): Que cigarros são esses garotinha? - falava olhando fixamente em seus olhos e mostrando os três maços de cigarros, dois deles estavam fechados, provavelmente ela deveria ter fumado o que estava aberto - Você sabia que isso faz mal? Desde quando você fuma? Olha bem para a sua idade!!! Você quer acabar com a sua vida, eu acredito que realmente você queira isso. - ele não a deixava explicar e eu estava adorando ver toda aquela cena - Verônica, eu não me conformo, uma garota jovem, bonita, com um futuro imenso pela frente, fica por aí fumando. Não aceito cigarro dentro dessa casa, seu avô faleceu por este motivo, você sabe muito bem.