6° Capítulo

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Pensando na vida

Sentada nesse banco da praça procurando achar nas minhas memórias um momento em que estive brincando com meu pai, e vendo pessoas felizes passeando e outras apressadas fazendo suas coisas, faz me ter certeza que eu nunca estive assim com meu pai.

Penso todos os dias o motivo que tenha levado ele a agir dessa forma connosco. Talvez ele tenha tido seus motivo, disso eu não sei. Só sei que deve ter uma resposta para isso. É muito triste conviver com alguém na mesma casa e o sentido muito longe. E a ideia que ele colocou na minha cabeça acaba comigo sempre quando ouço um pai conversando com seu filho.

Meu pai não gosta de mim. Isso está mais que claro. E a minha maior preocupação agora, é tentar saber se no próximo ano ele aceitará me matricular numa universidade ou não. Embora eu não saiba o curso que pretendo cursar, mas isso não impede que eu sonhe em entrar numa faculdade para terminar logo de estudar.

Mas como um dia alguém disse " Não será seu pai que pagará sua faculdade " eu tentei aceitar isso. Sem nenhum problema. Mas cada dia que eu pensava nisso, e via o comportamento dele, tinha mais certeza de que assim será.

Depois da escola, terei que sair de casa e fazer minha vida. Esse é o meu objetivo para esse ano. Terminar de estudar e sair desta casa antes que me mandem embora.

E sobre meu pai não gostar de mim? Sinceramente eu já não me importo com isso. Não me importo mais com o que ele fala, nem quero saber. Apenas rezando e torcendo para que o meu planejado dê certo. Talvez com a minha saída ele mudará de comportamento com os outros e de certa forma deixando outra pessoa feliz. Tenho fé e esperança de que tudo ficará bem.

E terei que batalhar comigo mesma para que tudo dê certo.

Terei que ver do lado positivo todas as possibilidades que me restam, tornarei elas positivas para evitar a tristeza, o descontentamento de eu não ser feliz.

Se meu pai matricular-me numa faculdade no próximo ano, será uma boa oportunidade para puder terminar os meus estudos, e agradeceria eternamente por isso.

E do outro lado, as coisas e o pensamento positivo não ficam atrás. Poderei trabalhar mesmo sendo doméstica, juntaria o dinheiro que for a adquirir durante o trabalho e compraria uma casa pra mim. Depois de uns dois anos, retornaria aos estudos, e terei certeza mesmo do que quero fazer, eu acho.

E assim farei minha vida.

Sandra Banze

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