Capítulo Um

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28 de maio de 2003.

A manhã já era percebida pela grande claridade que vinha do pequeno quartinho dos meninos.

Jungkook foi o primeiro alfa a despertar e sem hesitar correu em direção à cama de seu pequeno amigo Jimin.

— Jimin-ah, acorde seu preguiçoso — diz enquanto pula na cama do ômega.

— Jimin não quer acordar, quer dormir! — O menor dizia manhoso enquanto levava as mãozinhas ao rosto.

— Nada disso, daqui a pouco as assistentes chegam. — Tirou a coberta do pequeno que se encolheu de frio mesmo com o sol através das janelas. — Vamos, se te acharem deitado você vai levar muitas palmadas.

— Tá muito frio e o Jimin não quer  palmadas! — Park reclamava enquanto se levantava ainda com os olhinhos inchados devido a claridade.

Jeon conhece Jimin desde o primeiro dia que o menor chegara ao orfanato. O alfa com oito anos tratava o ômega de seis anos como um irmão mais novo. Uma linda amizade.

— Vamos acordar pra' cuspir garotos? — Uma mulher adentra o local fazendo todos do dormitório levantarem. — Já está na hora de acordar…

— Hyuna Nona! — exclamou o ômega enquanto corria na direção da mulher.

— Meu pequeno. — A mais velha lhe enchia de beijos e o abraçava. — Dormiu bem?

— Uhum — assentiu o mais novo.

Como de costume, Hyuna se dirigia ao dormitório dos mais novos todas as manhãs para acordá-los e levá-los ao refeitório para a primeira refeição do dia.
Os pequenos órfãos consideravam a jovem ômega uma verdadeira mãe, pois era ela que sempre se preocupava em cuidar dos meninos.

Sem a sua presença os meninos conseguiam se virar, mas não era a mesma coisa, tirando Jungkook, que como dito no início, cuidava de Park como um irmão mais novo.

Após o banho, todos os meninos foram ao refeitório tomar o café da manhã, e em seguida iriam para a aula.

— Já estão de barriga cheia e agora vão ouvir atentamente a Nona, certo? — Hyuna dava aulas sobre a espécie lupina durante a manhã para os menores, apenas para informá-los.

— Sim, Nona! — concordavam.

— Hoje vamos falar sobre a diferença que existe em cada um de vocês — A ômega falava calmamente para seus pequenos alunos. —, como vocês sabem, mesmo muito pequenos, vocês não são iguais. E aqui há em sua maioria alfas, betas e por último, ômegas. Para os alfas, vocês devem saber que, quando acharem um ômega legal, o trate com respeito e carinho, mesmo que o ômega seja o contrário, pois lembre-se: eles são mais frágeis que vocês. Então, quando vocês ficarem mais velhos, saibam que nunca devem usar sua voz lupina perto de um ômega, tudo bem?

— Sim, Nona. — Os pequenos alfas assentiam.

— Não batam em um ômega, pois isso é covardia. — Hyuna explicava seriamente. — A força de vocês é muito maior comparada a de um ômega.

— E para os ômegas: se respeitem e se preservem.

E a manhã foi assim, com Hyuna tirando dúvidas dos pequenos enquanto não dava a hora do almoço para cada um ir para sua aula depois.

Como Jeon era mais velho, depois do almoço ele costumava separar-se de Park, pois o mesmo já sabia ler e escrever, ao contrário do ômega.

— Isso não é justo — gritava o pequeno —, Jimin quer ficar na mesma sala que o Jungkookie!

— Jimin-ah, você tem apenas seis anos — Interrompeu o mais novo. — ao contrário de você, eu já sei ler e escrever, por isso preciso estar em uma sala mais avançada.

— Mas Jimin já sabe ler e escrever. — Insistiu o menor.

— Então escreve pra' mim: "Eu amo o Jeon Jungkook". — apontou para o papel.

O ômega o encarou confuso e em seguida começou a escrever seu nome inteiro na folha.

— Tá vendo? Jimin sabe. — disse o ômega sorridente, formando risquinho em seus olhinhos enquanto dava uma risada gostosa.

[…]

O sol já se pôs, e nisso, os menores foram para dentro, pois em exatos trinta minutos o jantar seria servido.

— Jiminnie, como você está sujo. — O alfa dizia com firmeza. — Vá agora se limpar!

— Eu não estou  — disse o loirinho enquanto limpava a mão de areia em sua roupinha.

— Não sei como vocês conseguem ter uma aula de lição e outra de brincadeira — disse o moreno enquanto separava roupas limpas para o ômega —, isso não faz parte de aprender!

— Claro que sim, Jimin aprendeu que a areia pode ser usada para fazer arte — argumentou o pequeno convicto.

— Mas é claro que sim — Riu da fofura do ômega. —, seu danadinho, pare de me enrolar e vá se limpar.

— Aish hyung, já vou. — O pequeno andou em direção ao banheiro com um bico nos lábios. Uma fofura.

Após Jimin se limpar, eles correram para o refeitório, pois já estavam atrasados para o jantar.

— Vamos Jimin!— O alfa pedia enquanto segurava a mão do loiro. — Desça mais depressa, já estamos atrasados.

— Jimin está tentando — fala o ômega. Por mais que ele tentasse, continuava correndo lentamente devido ao tamanho de suas perninhas.

Depois de longas escadas, eles finalmente chegam no refeitório.

— Atrasados novamente? — Uma voz feminina foi ouvida no andar debaixo.

[...]

— Vamos, recolhendo os pratos — dizia uma das assistentes —, isso é por chegarem atrasados.

No orfanato, as crianças e adolescentes que chegavam atrasados, como castigo deveriam ajudar na limpeza do local. E lá estavam Jimin e Jeon, apesar de atrapalhados, estavam ajudando na limpeza do local.

— Vai logo, Chim. — O alfa insistia, impaciente. — Pare de brincar na pia e lave logo a louça!

— Eu sou um marinheiro — disse o ômega batendo as mãozinhas na água da pia.

— Seu porquinho. — O mais velho fala enquanto ri do pequeno.

[…]

Depois de quase uma hora para limpar tudo (com a ajuda das cozinheiras, claro) eles finalmente foram dispensados para seus aposentos. Quando os amigos voltam, todos do dormitório já estavam na cama, e isso significava uma única coisa: poderiam ficar na banheira quanto tempo quisessem, sem nenhum tipo de intervenção.

— Vamos navegar Jungkookie! — exclamava o menor enquanto tirava suas vestes.

— É hyung, Jiminie — corrigiu o alfa — E o único que vai navegar aqui é você, em seus sonhos.

— Por favor, hyung — insistia o ômega que já estava sem roupa.

— Tá bom, me convenci. — Logo, o alfa começou a despir-se e em seguida entrou na banheira.

Ficaram brincando na banheira por longos minutos. Apesar da triste realidade de serem órfãos, os meninos não a deixavam tirar sua infância e inocência, sejam em gestos ou brincadeiras.

Eles eram felizes, muito felizes.


Bom gente, não muito diferente do prólogo, o primeiro episódio foi curto mesmo,tipo uma parte extra.
Mas de verdade, vou tentar trazer o segundo episódio o mais rápido possível, com uma quantidade de palavras aceitáveis, ok? Rsrsrs
Se vocês observarem algum erro ortográfico por favor me avisem!!

Até o próximo capítulo.

O Chimchim Cresceu - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora