Marry Me?

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– Eu só não sabia como entrar nesse assunto, mãe. Você sabe... ela é a primeira.- Meredith corou e sua mãe sorriu. Os Grey, sempre souberam sobre a sexualidade de Meredith e nunca tiveram problemas. Também nunca conheceram nenhuma namorada de Meredith, mas para tudo existe uma primeira vez e eles estavam empolgados.

As malas já estavam prontas e a espera de Meredith, que voltaria para casa naquela tarde, a ansiedade estava tomando conta dela, por vários motivos. O fato de ela e Addison formarem o casal mais imprevisível do mundo estava a assustando. Poderia chegar em casa e ter sua namorada a esperando de braços abertos ou ter uma Addison furiosa pelos seus atos nos meses que passaram.

– Eu poderia ter pego um táxi.- ela disse revirando os olhos para o pai, que sorria.

– E eu perderia a chance de conhecer a mulher que roubou o coração da minha filhinha?

– Isso foi tão brega!- eles riram e Meredith se sentia feliz, feliz já nem era uma palavra perto do que ela se sentia. Não poderia explicar, era como um sonho.

O caminho até a casa de Addison foi silencioso e confortável, as músicas conversavam com Meredith que mal podia esperar para mergulhar nos braços de Addison. Para pedir perdão. Para acertar os pontos entre elas novamente. Era tudo o que ela queria agora. Que elas ficassem bem.

– É aqui.- o carro estacionou e ela encarou a porta. A mesma que esteve presente nos seus pesadelos semanas atrás, aquilo fez o coração dela apertar.

– É grande! Você não disse que era uma mansão.

– Não é uma mansão, pai. É só uma casa grande.

– É uma mansão!- ele insistiu fazendo Meredith sorrir. Ela abriu a porta do carro e desceu,  em direção a porta, que abriu de repente.

– Meredith!- Addison se surpreendeu ao vê-la e Meredith não disse nada, apenas correu e se jogou nos braços da namorada. Era como se não se vissem a anos, tudo o que elas queriam era ficar naquele abraço todo o tempo do mundo, mas logo em seguida a buzina do carro chamou a atenção delas, fazendo Addison largar Meredith no chão rapidamente.

– Que bela primeira impressão seu pai terá de mim.- ela sorriu depositando um selinho demorado na menor.– Você está linda.

– Você é linda! Você quer... Conhecê-lo?- ela encarou Addison que pareceu ficar confusa com a pergunta.

– E...eu... Acho.. Você pode convidar ele para entrar. Vou chamar alguém pra ajudar com as malas.

Meredith's POV

Tudo estava exatamente do mesmo jeito, exceto o telefone da sala e algumas marcas na parede. Seis meses e eu ainda me sentia em casa. O tempo é importante e eu percebo isso melhor agora. Esse tempo em que passamos longe me ajudou a repensar meus sentimentos e as coisas que eu quero pra minha vida. Tudo entre nós ocorreu rápido demais, pulamos etapas que agora teremos uma segunda chance para recuperar.

– Addison.. Certo?- ela assentiu.– É um prazer conhecer você. Minha filha esqueceu de mencionar o quão linda você é.- ela corou.

– Obrigada, Sr. Grey. O prazer é meu. Agora sei de quem Meredith puxou o lado gentil.- eles sorriram.

– Exato, por que a beleza ela herdou toda da mãe!

Minha mãe ficaria muito brava por saber que não foi a primeira a conhecer Addison, mas também teríamos tempo para isso. Eu tinha uma família, e queria dar a ela uma família, a minha e mais tarde, poderíamos construir a nossa. Um menino, duas meninas e talvez um cachorro. Imagino eles brincando no enorme jardim, onde construiremos balanços e casas na árvore para que eles tenham uma infância feliz.

A minha vida dos sonhos estava sendo planejada para viver ao lado dela e agora ninguém mais, nem eu mesma, que estava sendo minha pior inimiga, tiraria isso de mim.

– Acho que temos que conversar agora.- falei assim que meu pai arrancou com o carro.

– Eu acho... que nós temos que matar a saudade.- ela disse segurando minha cintura e me prensando contra a parede.– Eu senti tanto sua falta. Tanta falta de beijar você...- ela disse beijando meu pescoço e a minha vontade de conversar foi embora.


Antes de conhecer Addison, confesso que não acreditava nessa história de amor, de alma gêmea. Não era pra mim. Não mesmo. Não até o dia em que a vi naquele estacionamento. Nunca mais parei de pensar nela, no começo acreditei que era raiva. Mas sempre foi amor. E sempre vai ser.

– Casa comigo?- meu coração pulou, de nervoso e alegria. Dessa vez teve um pedido.

– Doeu pedir?- eu sorri.

– Casa comigo Meredith? Vamos ter filhos. Mudar de casa, não quero mais morar aqui.- eu sentei direito no tapete da sala e ela me acompanhou e continuou falando.– Podemos mudar para uma casa menor. Mas com um jardim grande, as crianças vão poder brincar lá, fazer bonecos de neve. O que você acha?- ela disse pegando uma caixinha com duas alianças de dentro da bolsa.

– Oh... Eu acho... Perfeito.- me aproximei sentando de frente para ela.– Eu aceito casar com você. E nós vamos ter uma família, e um jardim enorme para as crianças desde que elas fiquem longe das minhas flores.- ela gargalhou.

– Você é uma completa idiota e eu não te amaria tanto se você fosse diferente.- nos beijamos e trocamos as alianças.






Mais seis meses e estaríamos casadas, de novo. Dessa vez sem prazo de validade. Sem dúvidas sobre que decisão tomar. Dessa vez seria tudo novo e uma parte de mim estava começando a surtar.

– Meredith! Relaxa, é um casamento, não o fim do mundo. Eu casei e estou feliz. Você consegue.- Cristina sempre sabia o que dizer pra me deixar calma.

– Sim, você é minha inspiração e minha madrinha de casamento.

– Claro que eu sou sua madrinha de casamento. Sou sua pessoa, oras. E você sabe que vou ficar extremamente gostosa em qualquer vestido.- ela disse piscando o olho pra mim.

– Você vai sim. E eu vou desmaiar assim que a ver vestida de noiva.

– Se você desmaiar eu me divorcio do Burke e caso com ela por você, não seria um sacrifício.- ela riu e eu joguei uma almofada nela.

– Olha que eu posso mudar de ideia sobre você ser minha madrinha.- fingi uma cara de brava e ela jogou a almofada de volta.

– Estou feliz que vocês finalmente vão se acertar. Quero afilhados.

– Bom, eu também queria e você não me deu.

– E nem vou dar, querida. A fábrica aqui nem abriu mas já fechou.- ela riu e eu não pude evitar uma gargalhada.

Meu celular tocou e eu me surpreendi quando li o nome na tela.

– Izzie?

– Eu ouvi dizer que alguém vai casar?- ela mal terminou de falar e começou a gritar do outro lado da linha.

– Meu Deus! Por onde você andou? Você sumiu.

– Longa história, Mer. O importante é que você vai casar e é claro que não vou deixar essa festa nas mãos da Cristina. E eu sei que ela está me ouvindo.

– É claro que você não vai. Mas onde você está agora? Ou melhor, quando você vem?

– Amanhã estou desembarcando aí. E já tenho várias idéias para a festa de vocês. Estou com saudades. Amo vocês. Até amanhã.

Izzie sumiu do nada, em um dia Cristina acordou e ela não estava mais lá assim como suas coisas também não. Ela tinha mesmo fama de quem não esquentava muito tempo nos lugares, mas achávamos que era mentira, até que ela sumiu e nem nossas ligações atendia mais. Seria bom tê-la de volta, mesmo que fosse por algumas semanas.

Amor Por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora