Capítulo 2

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As quase quatro semanas seguintes foram um completo inferno. Ele tinha uma Harley preta, com detalhes cromados no guidão, correntes adornando as laterais da moto, e fazia questão de lava-la nos horários que eu estava perto de chegar em casa. Se não era a moto, eram os exercícios físicos, sem camisa, que deixava a sua tatuagem no estilo tribal, perto do caminho para felicidade a amostra, sem falar nas do ombro, que eram asas de anjo enormes.
A pior parte era que eu estava começando a sonhar com ele e com muita frequência. Por várias noites, acordava suada com a respiração acelerada. Tudo porque eu tinha sonhado com ele, me beijando, tomando o meu corpo com aqueles braços fortes. No meu sonho ele metia em mim com tanta força, que eu chacoalhava na cama, seguindo o seu ritmo. Eu podia sentir tudo que estava acontecendo naquele sonho, e tive alguns orgasmos depois usando a minha mão para acalmar a cede que começava a brotar de uma forma inexplicável dentro de mim.

— Minha querida... — Murmurou Gregg, olhando através da janela, sem se preocupar se ele o veria ou não. — se ele fosse gay, eu já estaria pedindo o número dele.

— E como você sabe que ele não é gay? — Perguntei com ironia, e ele olhou para mim com descrença.
— Ele é tão gay, quanto eu gosto de mulher. — Gregg deu mais uma olhadela pela janela e suspirou, voltando a sentar no sofá.

Tinha sido um dia difícil para mim, e não tinha outra pessoa com quem eu pudesse conversar sobre os meus problemas. Gregg era o único que estava ali comigo. Sempre ao meu lado.
— Sonhei com ele — Confessei, sentando ao seu lado no sofá, entregando uma xícara de café. — desde o dia que ele chegou, não durmo direito...

— Eu também não dormiria direito, com o gato desses seminu todos os dias bem na frente da minha casa. — Disse ele revirando os olhos e respirando fundo. 

— Eu nunca mais tinha sonhado Gregg. — Respirei fundo, fechando os olhos e tentando esquecer ele. — Não, desde que ele se foi. 

— Lili, não sei você, — Começou — Mas acho que ficar pensando nele, não vai ajudar muito. Já se passaram dois anos e nada dele ligar, mandar uma mensagem de texto ou até mesmo, enviar uma carta. 

— Não que eu tenha esperanças... 

— A quem você quer enganar? — Gregg arqueou a sua sobrancelha grossa e bem desenhada para mim, questionando tudo que estava me acontecendo. — Porque a mim, você não engana. Por que você não tenta falar com o senhor gostosão da frente? 

— E o quê? Ser pisada novamente? — Fechei a cara para Gregg. Ele só podia está de brincadeira comigo. — não obrigada. Já fui pisada o suficiente por ele... para querer outro que seja igual, ou até pior. 

— Besteira. — Suspirou Gregg. — Nem todos os homens são iguais, minha flor... 

— Como não? — Olhei para ele cética. 

— Veja o meu exemplo. — Deu de ombros. — Eu sou gay... — Não segurei o riso, e gargalhei alto. Era obvio que Gregg não era como os outros homens. Se ele gostasse de mulher, e mesma já teria assediado ele. — Então... O que você vai fazer sábado à noite? 

— Não sei... 

— Como assim não sabe? — Disse ele. 

— Acho que vou ficar em casa, curtindo um pouco de The Walking Dead e dormir depois... 

— Não... Você não vai assistir isso — Falou Gregg fazendo cara de nojo. — Tem que ser muito doente para conseguir dormir depois de assistir aquilo... 

— Você que não entende o que é arte, meu querido. — Brinquei. — Não fale mal do meu seriado favorito, e eu não falo dos filmes que você gosta. 

Para Todo O Sempre Serei SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora