O dia do casamento amanheceu ainda mais frio, porém claro. Mirelle estava radiante, o vestido de cetim azul claro e branco com fios de pérolas brancas e fios brilhantes. A grinalda foi substituída por uma tiara de brilhantes, acentuando ainda mais os olhos cinzentos da moça.
Os cabelos foram presos em um coque tendo tido deixados alguns fios aqui e ali.
Como observou Mirelle, Alan estava belo. Usava preto, com as roupas árabes eu ele havia trazido, era a imagem de homem que ela aprendera a apreciar uma vez que nascera e fora criada a maior parte dos anos na cultura árabe.
A cerimônia foi simples e suntuosa a uma só vez, com os convidados surpresos e encantados levados aos antigos contos de mil e uma noites. Mirelle fez votos, ganhou um anel e um beijo leve e romântico ao final. Então eles foram para as festas na casa de Alan, todos os convidados de honra presentes e encantados por então conhecer a casa do jovem e apaixonado casal. Mirelle ficou pensando se eles soubessem a realidade o que fariam.
Ao final, Mirelle estava tão cansada de ouvir parabéns que quase começou a acreditar que aquilo de fato era verdade. Até que ouviu a inconfundível voz de Sofia logo atrás de si, falando com o homem que agora era seu marido.
- Uma pena você ter se casado, Alan. Iriamos nos divertir tanto nessa Espanha... – ela disse com não disfarçada sedução na voz.
- Pois é, senhora Sofia... – Alan concordou quase frio pelo que Mirelle pode ouvir – Eu não lamento... – ele disse com sua taça e champanhe nas mãos – Agora o que quero é ficar com minha esposa.
- Claro que sim. Lua de mel. Bom... – e ela disse novamente deixando Mirelle ainda mais irritada – Mas quero que saiba que quando quiser, pode aparecer para que conversemos e tomemos um licor.
Foi dessa forma e aos poucos todos os convidados foram indo embora.
* * *
Mirelle despediu-se do último convidado com a maior fúria que pôde deixar de transparecer. Apesar de ser somente um casamento temporário e de aparências para chamar atenção de alguns bandidos, ela sentia ódio de Sofia. Como a mulher podia ser tão fútil e atrevida com um homem que estava se casando naquele dia? Ela era, sem dúvida, uma das mulheres mais baixa que ela já havia conhecido em toda a sua vida. Na terra dela, não teria serventia nenhuma além de ser arrastada pela cidade levando ao chão o nome de toda a sua família.
Estava tonta quando subiu para o quarto cambaleando de cansaço ou das taças de champanhe que ela fora obrigada a tomar para comemorar aquele momento.
Seu casamento!
E ela sentia-se tonta quando depois de despedir-se da criada subiu as escadas. Não entendia por que tudo estava mexendo daquele jeito... que ela sabia na Espanha não tinha movimento de terras...
* * *
Alan estava deitado em sua cama, no meio da escuridão pensando naquele peso que ele tinha em seu dedo naquele momento. A noite podia ser bem a que ele podia estar fazendo... não! Não podia ficar pensando nisso. Aquele casamento era somente de aparências. Para pegar alguém que se deixava ele sabia bem quem era.
Seus pensamentos foram interrompidos por um baixo rugido de Jeby seguido de sua respiração e as orelhas que se ergueram em ataque.
- Shii... – ele fez para a pantera colocando o dedo na boca em pedido de silêncio – Fique aí. – então ele ergueu-se da cama e parou quando a porta abriu e Mirelle entrou usando uma fina camisola de seda branca e um penhoar por baixo.
De súbito, ao vê-la, seminua daquele modo, Alan sentiu-se terrivelmente excitado e irritado por não conseguir se conter.
- O que houve , Mirelle? – indagou ainda deitado.
- Ora... hoje é a minha noite de núpcias não é... por que você me deixo sozinha, meu marido? – ela perguntou com a voz visivelmente engrolada numa terrível mistura de árabe e espanhol se aproximando da cama.
Alan sentiu-se desesperado quando Mirelle ajoelhou-se na cama e foi até ele lentamente. E ainda mais quando ela aproximou-se dele e beijou-o nos lábios. Alan sentiu-o terno e inexperiente. Sabia que tudo o que Mirelle fazia era ele que a ensinara beijando-a. estava lutando com sua autocontrole quando sentiu os seios dela roçando seu tórax, acabou por perder a cabeça.
Mirelle entreabriu os lábios e Alan sentiu a língua quente e exigente explorando-lhe a boca sensualmente, puxando a língua dele com a sua. Ainda não sabia como fora deixar Alan entrar em seu quarto. Tudo estava muito confuso e incrivelmente excitante, despertando-lhe sensações jamais conhecidas enquanto sentia as mãos quentes e experiente dele por seu corpo, fazendo queimar onde tocava enquanto sentia uma sensação no centro de sua feminilidade que a fazia gemer de prazer.
Alan ergueu Mirelle na cama e passando a mão por debaixo da camisola levantou a mão por debaixo depois tirou-a pela cabeça deixando Mirelle somente de calcinha.
Aquilo não... não podia acontecer!
- Mirelle... – murmurou Alan, a voz rouca de desejo levantando-se a muito custo conseguindo tirar a boca do corpo de Mirelle e segurando firme suas mãos, pois sabia que ela estava fora de si – Mirelle... é... melhor você ir para o seu quarto! – disse levantando-se.
- Mas... você não quer? – indagou Mirelle, a voz ainda enrolada pela bebida.
- Eu te quero, sim e você não imagina o quanto, querida. - disse Alan – No entanto não podemos fazer isso... não agora...você não está sabendo o que quer de verdade...
- Mas Alan eu... – Mirelle ia começar a dizer algo quando sentiu as pálpebras pesarem e assim caiu no sono, adormecida.
Assim foi a muito custo que Alan vestiu-a e a levou para o quarto logo ali ao lado. Depois de coloca-la na cama e cobri-la, voltou para seu quarto, onde perturbado pegou no solo.
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Uma Conspiração do Destino
RomanceHá três anos anos Mirelle foi abandonada no altar por seu prometido, Alan Karbala. Agora eles se reencontram e ela descobre que jamais estivera de frente com ele.