Entrando no ginásio, eles ainda continuaram lutando contra vários Darkless. Até que eles sentem o chão tremer.
- Ele está aqui! – Loggan diz para Meyer.
- Você quer dizer que ele está aqui por perto, não? – Meyer pergunta.
- Errado! Ele realmente tá aqui! – Assim que Loggan diz isso, uma energia negra começa a aparecer e se materializa em forma de um Darkless enorme. – Null! Tome cuidado, esses bichos são bem mais fortes que os darkless. Não se engane por apenas ser grande.
Enquanto o Null tentava atacar os dois, eles ficavam esquivando cada um para um lado, Meyer batia nele com um bastão de ferro que tinha achado por ali.Enquanto deixa a parte mais eficiente com Loggan por ter a tal espada que poderia acabar com esse bicho.
Os dois estavam fazendo os mesmo movimentos. Pois o monstro não era capaz de perceber que essa técnica estava sendo usada repetidas vezes. Mas por algum motivo ele conseguiu e atacou com um soco de esquerda em direção a Loggan.
- Loggan! – Meyer grita correndo em sua direção. Percebendo o que o monstro iria fazer. No mesmo instante, Meyer empurra Loggan e é acertado pelo Null no lugar dele.
- Meyer! – Loggan grita após vê-lo inconsciente no chão. A raiva o consome, fazendo uma aura negra ficar em sua volta. Meyer rapidamente volta e vê Loggan atacando Null com toda sua força e raiva. O Null logo demonstra estar ficando fraco e logo cai ao chão fazendo o chão tremer novamente. Loggan faz um feixe de luz e atravessa o monstro. Fazendo perder totalmente os seus poderes. Ele vai se desfazendo, sua matéria vai se desfazendo no ar até se totalmente apagado.
- Loggan! – Meyer grita para chamar sua atenção ao invés de ficar olhando para direção que o monstro fora morto. – Obrigado por tudo. – Loggan ainda estava com uma cara horrenda, parecendo que ainda tinha mais alguém para matar.
Ele se vira por completo para a direção de Meyer sem dizer uma palavra e sem mudar a expressão. Ele então, se posiciona em forma de ataque e corre em direção a Meyer querendo- o cortar com a sua espada.
Meyer solta um palavrão para Loggan enquanto desvia de um ataque de frente.
Loggan faz ataques consecutivos enquanto Meyer tenta desviar de alguns. Mas é acertados por outros. Ele pega o bastão que estava no chão e começa a defender os ataques. Meyer decide tentar atacar, ele dá um giro em volta de si mesmo e acerta em cheio, na cara de Loggan. Ele vira a cara por causa da força do impacto que tivera com o bastão, mas isso só o faz ficar inconsciente por alguns segundos. Assim que volta, vira sua espada para acertar o peito de Meyer, mas ele desvia e só consegue cortar uma parte de seu braço.
Meyer fica desesperado tentando dizer coisas para o acalma-lo, mas tudo isso é em vão. Ele então tenta atacar novamente. Dessa vez prestando atenção em seus movimentos para conseguir esquivar de seus ataques e acerta-lo durante as pausas..
Loggan fica cada vez mais irritado e joga uma onda negra em Meyer que o faz ser jogado para trás e Loggan corre em direção a ele novamente. Meyer sem saber o que pensar seguiu o seu instinto e começou a sentir um poder estranho dentro de si. Uma aura branca o cobrira e por intuição fez um gesto com o braço fazendo criar outra aura em sua mão e o lançara em Loggan. A aura o acertou em cheio e Loggan foi jogado batendo as costas no chão e capotando logo em seguida.
Loggan fica desmaiado mas não poderia ficar por muito tempo. Meyer volta ao normal sentindo uma sensação estranha. Isso nunca aconteceu em sua vida, não tinha muito tempo para pensar nisso novamente. Barulhos das sirenes dos carros da polícia estavam se aproximando, com certeza era para capturá-los. Meyer não tinha escolha, pegou o Loggan desmaiado em suas costas e tentou sair do jeito mais sorrateiro possível.
***
Quando Loggan acorda em um tronco de madeira cortado ao meio, a outra metade estava do outro lado da fogueira. Ele estava em um acampamento feito por Meyer no meio de um bosque que encontrara por perto. A fogueira encontrava-se ao seu lado.
- Ainda bem que você acordou! – Meyer o chama atenção falando um pouco alto para poder escutá-lo de uma distância consideravelmente longe. – Estava preocupado se ficaria em coma.
- Por que eu ficaria hein?... Arh! – A cada vez que se mexia sentia uma dor terrível e gemia de dor. – Por que eu estou tão dolorido?
- Você não se lembra? – Meyer pergunta retoricamente “É claro que ele não se lembra, por isso que está perguntando” – Você atacou o Null igual uma fera e depois tentou me matar por algum motivo. – Meyer percebeu que Loggan olhava para os seus ferimentos com desapontamento por si mesmo. Seus ferimentos estavam com curativos e dava para ver claramente cada machucado e corte que tinha em seu corpo. Meyer estava com uma camisa rasgada nas partes em que fora cortado pela espada de Loggan e arrancou as mangas para tapar alguns rasgos pequenos. Era fácil perceber pela costura feita de última hora e com uma linha de cor diferente da camisa.
Meyer pensou em uma pergunta sem ter uma esperança de Loggan saber responder– Você sabe qual foi o motivo por tentar me matar? – Loggan mexe com a cabeça em sinal de negação. Meyer já esperava por essa resposta e por isso não ficara tão impressionado com ela.
- Como chegamos aqui? – pergunta Loggan com a mão na cabeça por causa da dor que estava sentindo.
- Quando você desmaiou, a polícia estava chegando perto de nós. Então te carreguei nas costas e o trouxe até aqui. O deixei por algumas horas encostado em uma árvore enquanto fui “pegar emprestado” algumas coisas(como um machado para cortar o tronco da arvore, alguns curativos, uma barraca que está aqui perto e...) – Ele coloca as mãos no bolso e tira algumas barras de cereal. – Comida! – Loggan o olha com uma cara estranha achando que Meyer estava pregando uma peça ao chamar uma barra de cereal de comida.
Meyer dá um leve sorriso. – É claro! Isso não é a comida de verdade! É só para você comer algo enquanto preparo algo para comermos. Espere aqui que vou pega-la.- Meyer se levanta e vai se distanciando.
Loggan morto de fome, come a barra de cereal em menos de dois segundos, pensando que era a melhor barra que já tinha comido na vida por causa do efeito que a fome fazia em seu corpo.
Meyer então volta com um caldeirão pequeno e uma vara de ferro que continha um pouco de sangue nela. Loggan percebeu que era a mesma vara que ele tinha usado para bater nos Darkless enquanto estavam no ginásio.
Meyer coloca a vara entre a alça do caldeirão e encaixa em duas madeiras que estavam em cada lado da fogueira. Loggan percebe que ele também estava com uma caixa de papelão estilizado em sua outra mão. Meyer despeja o que aparentava ser um macarrão tipo Yakisoba que estava dentro dessa caixa de papelão.
Meyer então se afasta da fogueira e vai em direção a Loggan que estava deitado na metade do tronco de árvore. Ele lança um olhar para Loggan como se quisesse se sentar ao seu lado. Loggan fica desconfortável, ele percebe e por isso decide sentar no chão. Afinal estava menos dolorido do que Loggan.
- A propósito, o que é que você está esquentando ali? – Loggan pergunta esperando uma resposta diferente do que imaginava.
- É um Yakisoba que encontrei no limite da cidade. Era um dos únicos lugares que não tinha se espalhado a notícia de que somos procurados recentemente. – Loggan não prestou muita atenção no resto, ficou mais preocupado por ser Yakisoba. Não era seu favorito e nunca pensou em ser mas era a única coisa que tivera, melhor do que nada.
Meyer esperou trinta minutos para poder tirar o macarrão do caldeirão com cuidado para não se queimar. Mesmo que uma dessas tentativas tenha sido falhas, pois já era possível ver em suas mãos e dedos, algumas marcas de queimadura. Ele pegou um prato descartável junto com os talheres de plástico e colocou o macarrão para servi-lo e também servir a Loggan.
Loggan tenta se sentar mesmo com todas as dores que sentia e consegue com sucesso. Então pega o prato de Meyer que só o estava esperando para começar a jantar junto com ele senta no chão, em direção onde estava o pé de Loggan.
Loggan nunca foi fã de massas, principalmente de macarrão mas assim como a barra de cereal, o efeito que a fome estava causando em si, fez com que essa fosse uma das melhores coisas que já tinha provado na vida.
Depois de um tempo, os dois pararam de comer, mesmo assim, ficaram encarando os seus próprios pratos, pensando em tudo o que ancontecera. No começo, estavam dentro de uma delegacia agora em Central City. No meio dia estavam fora daquele lugar agora sendo considerados fugitivos. À tarde estavam enfrentando um Null e no final estavam comendo macarrão instantâneo em um acampamento improvisado para terem onde dormir.
- Bem, vamos ficar aqui encarando esses pratos sujos ou vamos falar alguma coisa? – Meyer diz isso tirando o prato da mão de Loggan fazendo- o perder todo o seu pensamento e ficar mais zangado ainda. Meyer quebra os pratos em pedaço para por em uma sacola plástica que tinha pego junto com o macarrão na caixa. – Qual é?! Diga algo! Você não está machucado na boca para não poder falar!
- Não estou, mas você está me deixando com uma dor de cabeça de merda! – Loggan responde deitando-se e virando de costas, ainda com dificuldade. Meyer novamente vai até ele e senta no chão encostando as costas na metade do tronco.
- Sabe, achava que quando permitiu que eu te ajudasse a achar Draiken, estaria também pensando em algum assunto para termos nos finais de noites.
- Como eu já te disse o dia todo! Eu não queria sair daquele lugar, eu não tinha escolha de você me perseguir ou não, e ainda não confio em você!
- É claro que não! – Meyer começa a se irritar. – Alguém que o libertou da prisão, se abriu para você, o ajudou e o carregou até aqui enquanto você estava desmaiado não merece a confiança do senhor Cofre de Adamantium! – Meyer diz essa última parte com um tom de voz igual a de um adolescente. Mesmo sendo aparentemente dez anos mais velho que Loggan. Ele faz uma pausa, relembra o que Loggan dissera mais cedo e se arrepende. – Mas... você já tinha me dito. Suas lembranças sobre isso não foram muito boas. Sei que não posso mudar isso, então... te deixarei em paz, ok? Sem mais Insistências.
- Na verdade... Arh! – Loggan diz se virando de barriga para cima mudando a direção do seu olhar entre Meyer e as estrelas que eram possíveis serem vistas aquela noite. – Eu te juguei mal durante esse tempo todo. Que tal começarmos novamente? Vamos lá! Vamos falar de, ahn... Como você fez tudo isso? Quero dizer, o acampamento a fogueira, o tronco cortado e tudo mais?
Meyer olhando para Loggan, começa a demonstrar um sorriso em seu rosto prestes a contar toda a história. – Quando eu era criança, meu pai ensinara a fazer tudo isso quase que sozinho. Esse era o jeito dele, sempre nos ensinava sem fazermos da primeira vez, na próxima era os seus ensinamentos contra a sua sobrevivência. – Ele continua falando olhando para um lugar fixo e despreocupado como se estivesse vendo um filme de suas memórias dentro de sua mente – Me lembro que ele me ensinou que sempre era bom construir a fogueira longe das barracas, muitos não recomendam mas ele dizia que se alguém tentasse nos roubar, seria mais difícil de sermos achados. – Meyer continuava sua história com uma emoção no coração. – Me lembro que nesse dia, nossa família toda estava lá, durante a tarde ficamos brincando, jogando alguns jogos de tabuleiros e pega-pega... eu adorava essa brincadeira. Não acampamos longe da cidade, sempre esquecíamos coisas em casa e meu pai conseguia ir e voltar até lá sem problemas. A noite, fiz uma fogueira e sentamos todos em volta, cantamos músicas que escolhiam e meu primo, com o violão, assim como o meu tio, com o Ukulele, tocavam a noite inteira. – Meyer para por um momento e começa a chorar – Depois daquela noite. Não me lembro do que aconteceu, mas só sinto que quando tento buscar essa memória ela me faz um mal tão grande.
Depois dessa memória perdida, tudo o que me lembro é de estar em um campo aberto sem ninguém do meu lado. Somente anos depois, pude saber que todos foram levados pela escuridão e que nunca mais poderei vê-los novamente. – Suas mão começam a tremer e suas lágrimas escorrem como um choro de criança. Loggan percebe e com dificuldade de alcançar, põe sua mão no ombro de Meyer.
- Não fique assim. Você não foi o único que perdeu sua família. Entendo perfeitamente como está se sentindo. – Loggan diz para acalmar Meyer.
- Sério? – Meyer pergunta com um tom de voz igual a de uma criança que foi confortada depois de perder um bichinho de estimação. – E qual a sua experiência com isso?
- É... – Loggan gagueja com uma cara de incômodo por ter entrado nesse assunto, seu passado não foi uma dos melhores e lembrar, bem menos. – Uhaaaá – Ele faz um bocejo falso – Eu estou ficando com sono. Então é bom contar isso em um outro dia, tudo bem para você?
- Claro! – Meyer diz ainda enxugando suas lágrimas. – Eu vou me deitar ali e observar as estrelas por algum tempo. Pode dormir aí, quando eu for para a barraca, te acordo para ir junto. – Ele anda até a outra madeira cortada e se deita por lá.
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(Desatualizado) Knights of Light - A Two Pasts Linkeds
Adventure(Descontinuado. Esta é a versão desatualizada da história, pois várias coisas foram alteradas na obra) A escuridão saiu de controle e está se alastrando pelo mundo afora, fazendo uma névoa negra surgir pelas cidade e fazerem elas desaparecer misteri...