Encontros sendo formados.

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capítulo revisado por yknation
[Coddy Allen]



Pânico, medo e desespero tomava conta de meu corpo. Eu já não sabia o que era ilusão da minha mente ou realidade desde o dia na casa de Pâmela. Max me encontrou sentado no chão chorando e soluçando, mas o mais vergonhoso foi ver que seus pais me olhavam com pena enquanto Pami me levava de volta ao quarto. Vergonhoso!

Eu não tinha cara para ir a faculdade, imagina ir na casa de Pâmela, nem se Maria Betânia me obrigasse!

Deixo o coquetel em cima da mesa do bar e me retiro seguindo até o balcão onde pego uma remessa de bebidas para uma mesa que só tinha jogadores de futebol. Sirvo todos o mais rápido possível e quando me viro para me retirar eu vejo ele.

Alto, imponente, corpo grande, cara de mal e a mais pura maldade nos olhos negros como a noite. Ele daria medo em qualquer um, mas eu não sou qualquer um, eu sou um Simon de Alencar Allen, nada me abate!

Sigo até a montanha de músculo.

— Boa noite, no que posso lhe ajudar? – Digo, e coloco o sorriso mais cínico no rosto.

Ele me olha bufando e por um milésimo de segundo eu o ouço rosnar como um cachorro, mas como minha mãe dizia: "quem ladra, não morde".

Seus dentes rangem e ele me olha.

— Quero falar com o gerente. – Sua voz sai grossa e rouca, fazendo-me arrepiar.

Tenso.

— Ele não está nesse momento. – Aperto a bandeja em minha mão e pisco meus olhos.

Ele dá alguns passos em minha direção e estufa o peito. — Olha aqui seu viado, acha que só porque tá no trabalho eu não te arrebento de novo? Vai nessa! – Ele diz, consequentemente me fazendo rir, sádico.

— Olha aqui você, meu senhor! – Aponto o indicador em seu peito — O que eu acho ou deixo de achar não é da sua conta, você – mordo meu lábio inteiro, falando manhosamente. — Me pediu uma informação e eu respondi.

Tô brigando com o fogo? Sim, eu sei, mas eu já sofri demais numa vida e mesmo que ele me mate duvido que alguém sinta minha falta, então, se estamos na chuva é pra se molhar.

Passo a lingua entre os lábios olhando em seu rosto e continuo:

— E não duvido que você me arrebente aqui, mas caso queira me bater com outra coisa, eu to aceitando. – Rio e o vejo fecha os punhos — Passar bem! – mando um beijo e sigo até o balcão.

Tô fodido!


















×&×










[Hallye Bluyd]



Olho os postes de luz que passavam rapidamente e volto a pensar na minha vida, isso tudo eu posso considerar minha culpa. Deixei me cegar por um homem que é o que mais tem no mundo e deixei de ser uma mãe, não dando o apoio necessário ao filho que era meu favorito.

Aquele que me dominou→(Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora