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Não era oque ele imaginava quando decidiu ir ao hospital fazer a tão esperada visita. Coddy não imaginava que teria que ouvir o médico de seu pai dizer como ele foi guerreiro e blá blá, sem ao menos deixar passar a parte em que quando ele acordou o primeiro nome que ele disse foi o seu. Ironia? Com certeza

Ele queria dizer a Baltzar que não se importava com nada daquilo e deixa claro que só restava ali pra não fica com culpa na consciência. Coisa que a sua mente adorava proporcionar a ele

Coddy solto o fôlego e olhou Baltzar

- sem querer ser rude, mais já sendo. Da pra me leva pra droga da sala? Ou também que fala como ele mija na fralda? - Ele ergueu uma sobrancelha e Baltzar se surpreendeu

Sua fonte dizia que Coddy era doce e educado. Só havia duas explicações para aquilo- ou mentiram sobre ele ou o garoto a sua frente tinha a língua muito afiada

E com certeza, Baltzar alegou que era a segunda opção quando deu um sorriso sem graça para o mais baixo

- desculpa.  Siga-me - Ele volto a por as mãos nos bolsos e seguiu pelo corredor com Coddy logo atrás de si - Ele já deve estar acordado, esse é o horário em que ele toma seus remédios - Baltzar parou em frente a porta do leito e barrou a entrada de Coddy - por favor, não o estresse - disse como um verdadeiro medido preocupado

Coddy somente olhou para a mão em seu peito e revirou os olhos

- pode deixar, vou dar amor e carinho a ele - a maçaneta foi virada e a porta aberta 








×&×


Holter segurava sua xícara com chá fumegante olhou para Halley que andava de um lado para o outro dentro da sala. Ela estava assim dês que tinha acordado e visto no jornal falando sobre o "sobrevivente" Levi Allen e só ela sabia como aquilo tinha mexido com ela. Só em saber que aquele homem estava na mesma cidade que ela é ainda por cima internado no hospital da sua família, ah, ela não sabia como reagir e muito menos como deixar aquela informação chegar aos ouvidos do seu pai e ainda tinha Coddy. Ela tinha errado em voltar e inventa uma mentira daquelas, ela estava numa situação sem volta e naquele momento sua única saida era seu pai

A loira respirou fundo e por fim parou de andar pela sala. Halley se sentou ao lado do pai no sofá de linho branco e o olhou com o mais puro medo. Aquilo lembraria a vez em que a mesma tinha feito uma travessura na escola e seu pai tinha a chamado para "conversa", mais naquele momento nem aquilo a acalmou

- Pai, eu tenho algo pra te falar e talvez. Certeza, isso não te deixará contente, então. Por favor calma - o som da xícara sendo posta na mesa de centro chamou atenção da loira e ela tomou coragem - Levi está na cidade e está no seu hospital

As palavras saíram rápidas de sua boca e choque que trouxe a Holter foi genuinamente estranho. Halley o encarou esperando o momento em que ele surtaria, mais esse momento na veio. Pelo ao contrário

Holter puxou a loira para seus braços e abraçou com força como ele fazia quando a filha tinha medo da chuva ou dos supostos monstros que viviam em baixo da sua cama. Ele simplesmente a abraçou e alisou seus cabelos, tentando tira o máximo de dor e medo que aquele informação poderia trazer a sua filha

Ele beijou seus cabelos e não deixou de alisar seus cabelos e nossa, como Halley se sentia bem com aquilo. Era acolhedor

- eu tô com você no que der e vier minha filha. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes, não dessa vez









×&×



A porta foi fechada atrás de Coddy e a todo momento ele olhava para a cama que estava sendo ocupado pelo pai. Era estranho ele ver o homem depois de cinco anos, a idade tinha vindo pra ele, mas não como algo negativo, afinal ele continuava bonito e parrudo como Coddy sempre o viu.  As únicas mudanças eram a barba agora grande em seu rosto e as faixas e tubos ligados a seu corpo e Deus, aquela imagem mexeu com Coddy

Seu coração ficou mais apertado ao imaginar seu pai sentindo dor, mais seus cérebro mandava a todo segundo as imagens da surra que tinha tomado daquele mesmo homem que seu coração estava falhando por sentir pena dele.  Ele tinha magoa recentida em seu peito e aquilo só inflavama o ódio por seu pai

- Vai ficar até quando aí parado me olhando? Sei que estou horrível- aquela voz grave e rouca trouxe as boas lembranças da sua infância, mais também trouxe os gritos que ele gritava ao chama de aberração

Ele temia que poderia surta a qualquer momento, a indecisão de sentimentos banhava sua alma e a todo momento ele tinha uma nova rota de fuga daquele quarto ( só por precaução)

- Oi - a palavra pai não saiu e ele não quis força enquanto andava até a poltrona em frente a cama

Levi seguia seus passos e sorriu orgulhoso quando viu o homem que o filho havia se tornado. Nada parecido com aqueles viados que andava pela rua em busca de rola. Ele tinha acertado ao dar aquela surra em Coddy, agora ele era homem e poderia ter uma família decente, com mulher e filhos. Seu orgulho

Errado


- Você se tornou um homem bonito - sua voz na era tão forte assim, mais ele tentava - aposto que tem um monte de novinha na sua cola. Fala ai filhão

O modo como ele falava deu enjoos em Coddy, a menção de mulheres ser falada por ele só deu a certeza que Coddy queria. Ele pensa que eu sou hetero. Ele riu. Não uma risada cínica ou baixa, ele  gargalhou como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo. Aquilo era hilario

Foda

Levi o encarava com estranheza, seus sentidos estavam um pouco lerdos pelos remédios mais ele sabia que aquele risada não era algo bom


- não creio - Coddy se levantou - Você acha que eu sou hetero? Ah, meu, Santo, deus. Não! - a risada escapou e Levi balançou a cabeça em descrença - eu não sou hetero e nem vou ser

Aquilo fez a ira de Levi brota, a culpa de não ter batido mais naquele moleque quando pequeno pezou em sua cabeça

- então você ainda e viado?

Aquela pergunta veio como tudo em Coddy, ele sentiu suas armaduras caírem e simplesmente o deu um tapa na cara. Não houve arrependimento ou algo assim, ele se sentiu bem


Ele pôs as mãos no bolso da Calça e sorriu

- Não quero seu mal, ou vou desejar sua morte. Jamais, você ainda e sangue do meu sangue, mais eu só te peço uma coisa. Se me ver na rua, não cruza meu caminho, não me ligue ou muito menos me procure - as palavras saíram duras e frias. Ele estava quebrado - e sim, sou gay, gosto de homem e foda-se sua opinião ou de qualquer outra pessoa, eu me sinto bem e isso que importa. E como isso é tão importante pra você, chame sua filha da próxima.  Ela está na cidade

Ele virou as costas e seguiu em direção a porta


- eu me arrependo de não ter feito sua mãe te te abortado. Aquilo seria melhor que te um filho que gosta de pau no cu


Nenhuma lágrima desceu, sua expressão era a mesma quando ele virou em direção a seu pai

- passar bem



E ele saiu, deixando pra trás uma fase dolorosa da sua vida e só ele mesmo pra se sentir tão em paz naquele momento

Era como ter sua liberdade de volta e quando as portas do elevador se fecharam ele não estava chorando, muito pelo ao contrário. Ele estava rindo

- Alô? Pâmela. Topa ir numa festa fantasia?




[Continua...]

Att quadrupla?

Aquele que me dominou→(Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora