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O QUARTO está quente, e a cama é tão macia, sinto como se estivesse dormindo em uma nuvem, ou pelo menos como eu imagino que deva ser dormir em uma nuvem

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O QUARTO está quente, e a cama é tão macia, sinto como se estivesse dormindo em uma nuvem, ou pelo menos como eu imagino que deva ser dormir em uma nuvem.

Será que é molhado?

Espera. Eu não tenho cama, eu durmo em um colchão no chão. E eu não tenho um aquecedor, quer dizer, eu tenho um, mas para ser precisa eu tenho a carcaça de um aquecedor, ele nunca funcionou.

Enquanto o preguiçoso do meu cérebro vai lentamente acordando e processando os fatos do dia de ontem e minha estranha localização, meu corpo resolveu agir com pressa.

E como sempre, deu errado.

Não sei porque eu ainda não aprendi que eu não posso fazer nada sem pensar muito antes, sempre acaba em merda. As vezes, literalmente em merda, mas essa não é uma memoria que eu queira lembrar.

Voltando ao desastre de acordar.

Meu pequeno, destrutível e muito delicado corpo se jogou, jogou, para fora das cobertas e em direção ao chão.

Não era a intenção, claramente, eu só queria descobrir onde eu estou, mas eu não sabia que eu estava na ponta, bem na ponta, da cama, e bom o resto é fácil de entender.

- Merda. Isso Daisy, ótima forma de acordar. Legal, agora eu estou falando sozinha.

Respiro fundo e começo a olhar ao redor, é um quarto bonito, bem grande e monocromático, e tem uma varanda.

Uma varanda!

Eu não tenho nem cama. Mas não podemos comparar, Theo, é um delegado. Eu não sou nada.

Theo, ele disse que eu poderia o chamar assim, mas será que não é muito íntimo? Eu deveria falar Theodore, certo? Por agora eu só espero que eu esteja certa e assumir que essa é realmente sua casa.

Faz sentido, é a única opção que faz sentido. É a casa dele, tem que ser.

Me levanto do chão, junto com minha quase nula dignidade, e meus pés agradecem o chão quentinho, olha para minhas roupas e fico feliz a notar que é o mesmo conjunto de ontem. Começo a procurar pelos meus sapatos pelo quarto e não demoro a achar o par de tênis.

Eles estão perfeitamente arrumados em frente a porta, olhando agora eu vejo que o quarto é impecavelmente organizado, não tem nada fora do lugar, e apesar das cores monocromáticas e o excesso de arrumação, ele é confortável, aconchegante até.

E agora tem uma cama toda bagunçada no meio. Largo os sapatos no chão e arrumo a cama, do melhor jeito que posso, checo se o comprimento do lençol é igual dos dois lados e tento ao máximo não deixar nenhuma ruguinha.

Quem dera eu organizasse minha vida como eu arrumei essa cama.

Quando eu finalmente me dou por satisfeita eu calço meus amados tênis pretos e abro a porta do quarto.

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⏰ Última atualização: Jun 05, 2018 ⏰

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