m'enluarava.

tuas curvas, meu labirinto.

perdi-me em meio às curvas de seu corpo. o seu sorrir, me despertando a alegria deleitável sobre a vida. como um remédio de cura breve para o meu coração oco, tu o transbordaste de amor quando mostrava-me a curva linear do sorriso esbelto e branquinho.

e logo após, mostrou-me com medo, a curva de sua cintura. tinha horror aos pequenos riscos esbeltos que desenhavam-te. tu és arte. como a curvatura ideal de um lápis, despejando poesia por toda a sua tez. apenas inspirou-me a querer-te mais. e colorir cada mínimo traço que sua pele recobria. como o pincel invejoso, que iria passar por cada tonalidade que refletia. o branco da neve, o bronzeado de sol, o vermelho carmesim, o arroxeado que meus lábios esfomeados trajavam em busca de alívio na derme de seu pescoço.

amor, seus tons e sabores são únicos. assim como o labirinto que me perdi.

e me perderia diversas vezes, em busca de encontrar-me.

as curvas do seu beiço quando em um ato falho, demonstrava a insegurança. as curvas da sua clavícula não definida. a curva perfeita da sua pele harmônica. tu és arte, repito eu.

até as curvas que detesta, os desenhos que diz serem fora do padrão. o excesso de gordura ou a falta. tu és arte por ser você.

e assim como cada artista tem um jeito único de se expressar, tu tens uma beleza única.

admirar-te-ei para sempre, sendo assim, minha maior inspiração.