Capítulo 1

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O ruim da segunda-feira é a ressacada do dia anterior, ainda estou de olhos fechados e com preguiça de sair da cama

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O ruim da segunda-feira é a ressacada do dia anterior, ainda estou de olhos fechados e com preguiça de sair da cama.

Ver a casa cheia mais uma vez é a certeza que estou no caminho certo.

As lembranças da noite passada vêm como uma avalanche em minha mente. Peguei uma mulher no escritório, troquei seu nome e se não fosse o Henrique me chamando, teria transado com ela mais uma vez. Aquela tatuagem de pimentinha na sua virilha é uma coisa de louco.

Ri da sua cara de fúria quando troquei o seu nome, até agora nem me lembro. Nomes pouco me importam, o conteúdo da parte íntima da mulher que é importante.

Não me acho sacana ou machista, só não aceito ser feito de trouxa mais uma vez.

Todas as mulheres que fiquei até hoje, sabem das condições, aceita quem quer. Não sou de namorar ou ser romântico, sou um puto sem coração.

Duas mulheres têm o meu respeito e o meu coração: minha falecida mãe e a Lurdinha, que cuida de mim até hoje.

Posso estar generalizando, só que ninguém sabe o que eu passei. O meu coração e a minha falta de respeito foram arrancados no dia que a minha mãe faleceu.

A quem diga que mulheres são sexo frágil, discordo disso. Nós homens temos o nosso momento de fragilidade, principalmente quando sofremos por um amor.

Seis anos depois da fatalidade que ocorreu na minha vida, ainda sofro. Choro no silêncio da noite, ainda mais quando a data vai se aproximando.

Guardo todo esse sofrimento comigo. Sinto falta da minha mãe. Ela e o meu pai me incentivaram a ser o que sou hoje, menos no meu outro sonho. Esse só realizei quando cheguei aqui no Rio de Janeiro. Foi a primeira coisa que fiz quando tirei uma semana para colocar a minha cabeça em ordem.

O meu amigo, sócio e empresário Henrique, me ajudou muito. Hoje devo tudo que conquistei na cidade maravilhosa.

Conheci o meu amigo em um barzinho no primeiro final de semana que passei aqui. Foi um dia único, onde destilamos os nossos sofrimentos. Agora somos inseparáveis. Contei para ele o que aconteceu comigo, Henrique prestou atenção em tudo que falei não me julgou nem nada, só levantou um copo para fazer um brinde ao nosso sofrimento, foi a partir desse dia que não nos separamos mais.

Saio dos meus devaneios com uma batida na porta.

- Gael, está na hora. - Lurdinha fala.

- Já estou indo.

- É isso que dá quando chega tarde em casa.

- Não sou mais criança, Lurdinha.

- Não é o que parece.

Levanto da cama rindo da bronca, até hoje sou tratado como se fosse uma criança e às vezes adolescente.

Entro no chuveiro com a ducha fria, necessito que a ressaca vá embora urgente, pois o meu dia vai ser cheio.

No Agito da Vida ( DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now