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Espero que gostem!
Desculpem os erros e boa leitura.


- Minha avó tem Alzheimer.


As palavras de Harry se repetiam várias vezes na cabeça de Tomlinson. O homem de olhos azuis se sentia tão idiota. Havia ficado irritado com Harry por algo que ele nem havia motivos, e Harry uma pessoa que trabalhava tanto para ajudar a avó. Ele ficou um bom tempo sem dizer nada, apenas olhando para Harry que parecia triste por estar falando que sua avó era doente.

- Por que não me falou, Harry? - Louis olhou para Harry que agora tinha os olhos cheios de lágrimas que a qualquer momento estariam escorrendo por toda a bochecha do garoto.  - Eu poderia ter te ajudado. Eu posso te ajudar.

- Como? Com o dinheiro de fotógrafo? Louis, muito obrigado mas eu ganho dois salários e tenho a ajudada da minha tia. E eu também não quero seu dinheiro. Eu me viro bem. - Harry já sentia suas lágrimas escorrendo por sua bochecha. - Eu só não queria que soubesse que minha avó está doente, e a qualquer momento ela pode morrer. Louis, eu não quero que minha avó morra. Ela é tudo pra mim. - Harry abaixou a cabeça, não queria que Louis o visse chorando, embora Louis não se importasse.

O homem de olhos azuis se levantou da cadeira e andou até o Harry e beijou a cabeça do outro por cima dos vários cachos. O abraçou da maneira que a posição em que Harry estava sentado permitia. Louis sabia da dor que era saber perder alguém. E o pior que perder alguém, é saber que está perdendo essa pessoa e não poder fazer nada além de olhar e assistir a morte da pessoa que você tanto ama lentamente.

- Está tudo bem. Sua avó está bem, ela não vai morrer. - Louis puxou com delicadeza o rosto de Harry, fazendo com que os olhos verdes, agora levemente vermelhos, olhassem para os olhos azuis de Louis. - Deve ter algum jeito, podemos ajudar ela.

- Não tem, é Alzheimer, uma doença sem cura. Ela mata aos poucos. Mas fazemos de tudo para mantê-la viva. Ela nunca mostrou caso avançado da doença. Isso é por causa dos remédios, por causa das fisioterapias três vezes na semana, alimentos regulares, tudo tem que ser feito perfeitamente avaliado e isso gasta bastante dinheiro. Por isso eu trabalho aqui e na boate. - Harry nem se quer respirou para falar. Suas palavras saíram atropeladas, de tão rápidas que vieram.

- Tudo vai ficar bem. Agora para de chorar porque eu gosto quando seus olhos estão brilhando, mas não pelas lágrimas, e sim por sua alegria. - Louis sorriu, fazendo Harry sorrir também. Tomlinson secou as lágrimas das bochechas de Harry e deixou um beijo na testa do mesmo. - Quer sair hoje?

- Eu não posso. - Harry se levantou e secou melhor as lágrimas. - Prometi a minha avó e minha tia que iria preparar o jantar.

- Você cozinha? - Louis arqueou uma de suas sobrancelhas e assentiu para si mesmo. - Irei te chamar para minha casa um dia desses para preparar algo para mim. Eu não cozinho nada.

- Vai ser uma honra. - Styles se inclinou deixando um beijo no canto dos lábios de Louis. - Mas agora eu tenho que ir. Nos vemos amanhã, talvez. - Harry se afastou e entrou na cozinha do estabelecimento, já que não havia mais nenhum cliente no estabelecimento, e o local já estava fechando.

***

Harry antes de ir para casa, passou primeiro no mercado para comprar alguns alimentos para fazer a janta. Quando chegou em casa naquela terça-feira viu sua avó sentada na varanda junto a sua tia jogando xadrez. Foi até as duas e se sentou em uma das cadeiras desocupadas. Deixou um beijo na bochecha da tia e segurou a mão de sua avó, dando um beijo nas costas da mão da mulher, que parecia tão concentrada.

- Quem está ganhando? - Harry perguntou depois de um certo tempo.

Ele nunca entendeu xadrez, mas era uma das coisas que Morgan precisou aprender para jogar com Mary, tinham que manter o cérebro de Mary funcionando, fazendo com que ela não se esquecesse das coisas. No começo, quando descobriram que a senhora havia Alzheimer foi os piores dias para todos, mas Harry nunca deixou de dar todos os remédios para a mulher. Começou a fazer pesquisas sobre a doença e o que era preciso a ser feito para manter a pessoa viva por mais tempo, e vivesse normalmente como qualquer outra pessoa. Os alimentos dentro da casa havia mudado, a mulher tinha que manter uma refeição com carboidratos, proteínas, vitaminas, frutas e verduras entre outros. Como Harry adorava cozinhar aprendeu a várias as refeições com base a esses tipos de alimentos. Todas as tardes Morgan levava a Mary para dar uma volta no quarteirão e em algumas lojas para que a outra não esquecesse de coisas importantes como por exemplo, chegar em casa ou onde ela mora, caso aconteça algo.

Coffee Shop [CONCLUÍDA] Onde histórias criam vida. Descubra agora