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Sabe aquela coisa doida que as pessoas fazem num momento impulsivo e depois se arrepende? Junhui tinha acabado de sentir isso.

Era para ser só mais uma tarde, entretanto, quando foi na loja por volta das quatro da tarde – querendo apenas comprar pães e voltar para casa porque estava ansioso para terminar seu dorama favorito – deu de cara com Xu Minghao só de regata e calça moletom, bem coisa de filme, limpando as mesas do lugar. O Wen sentiu seu fôlego sumir e só percebeu que tinha o prendido quando o outro chinês perguntou o que desejava.

Céus! Hui nem se quer se importou se estava olhando demais os músculos quase bem definidos do Xu, simplesmente o secou da cabeça aos pés com a boca aberta. Não poderia ser mais óbvio, não é? Porém, não fica só por ai, ah, como ele queria que fosse. O negócio piorou quando sentou-se em uma mesa e pediu outras coisas além de pão.

Sabia que não deveria estar fazendo aquilo, mas a visão do paraíso estava lhe tirando toda a concentração então teve que entrar no modo automático e nele quem mandava era o coração. Ele não costumava ser assim, tão... Fogoso, na verdade nunca tinha sentido aquilo antes, talvez um "Uau! Que bonito!", mas nada que o fizesse querer olhar até cair os olhos.

Mas calma que o negócio vai piorando.

Xu, visivelmente sem graça com a secada que estava recebendo, acabou ficando muito nervoso ao ponto de começar a soar e tremer as mãos, foi nesse momento que Wen percebeu o que estava fazendo e abaixou a cabeça, encarando a tela de bloqueio do celular – que, só para deixar no ar, tinha como lockscreen uma foto do Gong Yoo em Goblin.

Quando Minghao levou seu pedido, mal conseguia olhar em seus olhos de tanta vergonha que estava sentindo. Com o cantos dos olhos Junhui viu o rosto do outro bem vermelho e, de repente, começou a questionar a heterossexualidade do outro. Se ele fosse mesmo hetero estaria de cara feia assim como todos os outros, certo? O melhor seria logo perguntar, mas não tinha nenhuma coragem para realizar tal ato. Então o que faria? Mandaria uma cantada, claro – lê-se essa frase no modo irônico.

Era simples; tinha um guardanapo ali, uma caneta no seu bolso esquerdo – que apenas o ser superior que rege todo o universo sabe como foi parar lá – e uma cantada que leu na internet uma vez e achou genial. Escreveu a cantada no guardanapo com a caneta misteriosa e deixou em cima da mesa depois de pagar, torcendo para que o outro lesse.

Infelizmente Minghao leu, porém não foi só isso, ele leu em voz alta, quando algum parente do mesmo estava no balcão, e como só tinha o Wen de cliente lá, rapidamente a mulher, que parecia ser uma irmã, o olhou de forma assustada.

Foi ali que finalmente se arrependeu.

「Candy Boy」 JUNHAOOnde histórias criam vida. Descubra agora